PASSADO,
PRESENTE E FUTURO DE UM PAÍS À BEIRA-MAR ESPOLIADO
A
terminar. Adeus 2015. Ano de excelência para políticos em conluio com a
ditadura dos Mercados, das Agências de Rating, da Banca. Enfim, ano de excelência
para os terroristas e ladrões que presidem, ministram, gerem, manipulam a favor
dos do grande capital global, do capital nacional (por consequência). Ano
excelso em Portugal para aqueles que espoliaram os portugueses até à exaustão e
que em conluio com a máfia financeira sepultaram Portugal e portugueses no lodo
da miséria roubando aos pobres para entregar aos ricos. Sobressaem daqui Cavaco
Silva, Passos Coelho e Paulo Portas como cabecilhas dos roubos perpetrados a
milhões de portugueses. Serão esses que veremos um dia mais ou menos próximo
serem condecorados por um qualquer dos seus cúmplices partidários e ideológicos.
Cerimónia à medida de Marcelo Rebelo de Sousa, a ser eleito presidente da República
em breve, como ditam as sondagens e, principalmente, toda a máquina maquiavélica
de propaganda e promoção (comunicação social) que há anos transporta aquele
sujeito saído das entranhas do salazarismo. Cavaco vai embora de Belém mas
fica. Sai um ex-PIDE fica um doutorado em expedientes avançados e atualizados
do salazarismo que lhe está nas tripas, no coração e na mete. Esse é o odor que
lhe trespassa a pele. Não existe desodorizante que disfarce o pivete. É aos
portugueses eleitores que compete decidir se querem substituir Cavaco Silva por
Cavaco Marcelo Silva Rebelo de Sousa.
Redação PG
Redação PG
2015,
SEQUÊNCIA DE QUATRO ANOS DE COMPLETA DEVASTAÇÃO DO PAÍS
Hélder Semedo, Coimbra
Não
trago aqui a retrospetiva dos acontecimentos mais marcantes em Portugal. O que
lá vai lá vai. Em 2015 fomos roubados com a pomposa classificação de
contribuintes. Os golpes de mão foram de autores já conhecidos, com destaque
para os mais ardilosos responsáveis pelos furtos que geraram desemprego, fome e
miséria: Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, com a cumplicidade de Cavaco Silva
no mais elevado grau de responsabilidades. Aqui também cabe referir outros
altos responsáveis pela miséria causada: os deputados da maioria PSD / CDS.
Os
roubos dos banqueiros, que levaram os bancos à falência foram cobertos pelo
roubo posterior aos contribuintes portugueses. Roubo com a chancela do então
governo. Vimos o festival de debulho durante os quatro anos de vigência desse
governo. Fomos roubados para salvar bancos e banqueiros, senhores da alta
finança, escumalha de colarinhos brancos que tem sido premiada com a impunidade
proporcionada pela justiça portuguesa, que é forte com os fracos e fraca com os
fortes. Fraca ou cúmplice, é igual.
Pela
Europa e pelo resto do mundo também tudo isso aconteceu. Temos assistido a
roubos à escala global. É a globalização. Globalização engendrada com os propósitos
que estão à vista, numa versão de Robin dos Bosques inversa: roubar aos pobres
para dar aos ricos. Referem produtos tóxicos que deram cabo do canastro à
economia global. Referem bolhas imobiliárias. Referem todo o género de
justificações ardilosas, não referem a corrupção, as operações das lavagens de
capital criminosas, capital com origens em tráfico de estupefacientes, de tráfico
de seres humanos, de tráfico de armamento, de medicamentos falseados, de tráfico
de crianças e correlativa pedofilia, etc., etc. Nem falam dos paraísos fiscais
para onde canalizam o produto dos seus crimes económicos. E esses, os
criminosos, estão postados em grandes e globais empresas, em grandes e globais
bancos, em maiores ou menores governos, de maiores ou menores países. A todos
esses crimes a justiça dos países reage quase sempre com impunidade. Em
Portugal também. Aliás, é suposto por grande parte dos cidadãos do mundo que os
setores de justiça estão comprados e comprometidos. Não serão todos os
operadores de justiça, apenas alguns, mas os suficientes para permitirem
proporcionar a impunidades aos maiores criminosos do mundo, aos que atentam
contra a humanidade. Obviamente que Portugal não é exceção. O grande capital
tem as mãos sujas de fuligem dos roubos e de sangue. Em Portugal os políticos
em concluio com o grande capital também estão sujos. As políticas impostas e
seguidas por Passos e Portas são a prova mais que suficiente de que foram
causadores da fome, miséria, violação de direitos fundamentais dos portugueses.
Os
setores que asseguravam bens sociais justos, como a saúde, a habitação, os
transportes, a educação, o emprego, vieram sendo destruição por via de uma
alegada liberalização que roça o fascismo e não é mais nem menos que a ditadura
do grande capital imposta a milhões de seres humanos. A democracia já foi.
Extinguiu-se no ato da votação após campanhas manipulatórias pejadas de
mentirosos, de vigaristas, de ardis como aqueles que Passos e Portas aplicaram
e, ainda hoje aplicam com os maiores descaramentos. A tudo isso, a esse quadro
de tenebrosos seres humanos e políticos soma-se Cavaco Silva e os ministros de
um governo de quatro anos que cometeu crimes nas urgências dos hospitais
matando velhos e novos, numa estatística que está por fazer e que deverá chegar
a centenas de vítimas desses crimes por via dos cortes financeiros e de
recursos que devem ser garante do Serviço Nacional de Saúde. Nesse capítulo um
ministro sobresaiu, o da Saúde. Paulo Macedo, também conhecido pelo Doutor
Morte, teve vários troféus pela mortandade conseguida devido ao setor da saúde
quase destruído. Ainda agora, que já não é ministro, que o governo de Passos já
se foi, a saúde continua a matar nas urgências pelas causas conhecidas: os
cortes deliberados a qualquer preço. Preço que tem custado muitas vidas.
Quantas? A estimativa é de algumas centenas. Talvez se venha a saber com maior
exatidão.
Este
foi o 2015, sequência de quatro anos da
fase de completa devastação do país por uma seita que sempre encontrou apoio
num pseudo presidente da República e num grupo maioritário de deputados que defenderam
interesses de cores e razões traidoras e devastadoras do país e dos
portugueses. Este ano que agora finda foi o culminar dessas políticas de
devassa de direitos constitucionais, até algumas vezes desrespeitados por
Cavaco Silva, presidente do descalabro e do descrédito da instituição que devia
honrar, a República.
Temos
novo governo, dito das esquerdas. Duvido. O Bloco Central está vivo, somente
hibernado. O Arco da Governação continua a existir, está somente envolvido numa
grande e ardilosa trapaça. A tal iremos assistir com Costa em PM e o PS no
governo. A austeridade continua. Os roubos aos portugueses também, com o aval
de Costa e do PS. Vide caso do Banif, mais do mesmo. (HS / PG)
ASSIS
ASCO E COMPANHIA, OS PENDURAS QUE ADERIRAM AO PS POR TACHO
Mário Motta, Lisboa
Para
terminar o ano em beleza e perceber um pouco da chafarica que vai no Partido
Socialista temos a oportunidade, mais uma, de analisar um pendura que nada tem
de comum com o referido partido mas ali se alapou e ascendeu a deputado do
parlamento em Portugal e em seguida no parlamento europeu. Assis mostra que não
é socialista, diz-se democrático mas sem convicção, nas práticas e declarações é
um natural sujeito de direita sem vergonha, continuando a ser um mistério as
razões porque aderiu ao Partido Socialista e não ao CDS ou ao PSD. Tal mistério
só se desvanece quando lembramos que o sujeito se filiou no PS à procura de
tacho, sendo ali, no PS, que a existia melhor oportunidade de saltar lá para
dentro (do tacho).
O
fim do ano 2015 em beleza tem que ver com a entrevista de Assis ao Público e referida
no semanário Sol. Sol que destaca: “Em tempo de balanços, Francisco Assis
arrisca uma previsão sobre a queda do Governo de Costa e não poupa nos elogios
a Passos Coelho e à bancada parlamentar do CDS.”
E
mais: “António Costa, para ter sucesso, terá de ter condições para escolher o
tema e o momento da crise política anunciadora do seu fim. É aí que tudo se vai
jogar e tal poderá suceder muito mais cedo do que antevê a maioria dos
especialistas”, escreve Assis no Público”
É
legitimo que Assis faça as declarações que muito bem entender. Cabe-nos aceitar
democraticamente que o faça, assim como também é legítimo que o critiquemos. O
quie não se compreende é que um deputado socialista elogie carrascos dos
direitos, liberdades e garantias constitucionais que esbulharam os portugueses
e os votaram à fome, ao desemprego, à miséria e até à morte. Ao admirar Passos
e Portas, o PSD e o CDS, Assis assume-se um dos deles e não um socialista, e não
um militante PS de facto. Porque aderiu ao PS em vez de ter aderir enquanto
militante ao CDS ou ao PSD? Só pode ter sido por uma questão de oportunidade na
obtenção de um tacho, de uma forma de vida fácil e nababa à custa dos
contribuintes. Pelos vistos no PS a ascenção foi mais rápida que se aderisse ao
CDS ou ao PSD. Outros há no PS que usaram os mesmos expedientes que Assis.
Os
Assis, os Sousa Pinto e mais do bando - Sousa Pinto que já tem a sua dose
opinativa aqui no PG (SOUSA
PINTO, DEPUTADO E SOCIALISTAZINHO PORTUGUÊS EM PROL DA DEMOCRACIAZINHA)
compõe a facção dos socialistazinhos em prol da democraciazinha. E está tudo
dito. Por eles o PS jamais vingará naquilo que declara ser e fazer. Mal alguém
no PS dá um passo para a esquerda a alcateia socialistazinha faz o trabalho do
CDS e do PSD, da direita ressabiada. Tão ressabiada como os Assis e os Sérgios.
Que
não hajam ilusões. O PS é um partido de pleno direito mas possui por definição
um esse enganador, é socialista só por esse esse (S), por essa letra, e não na
realidade. O PS é um partido a ver se se safa num eterno arco da governação, num
eterno arco da corrupção, numa eterna política de ilusão para os portugueses. Afinal
pouca diferença existe entre o PS e o PSD ou o CDS. O PS não é um partido político
de esquerda.
Desiludam-se.
O arco da governação está em funções. Temos mais do mesmo, independentemente de
muitos no Partido Socialista querem e tudo fazerem para que as políticas tenham
a componente possível de esquerda e que dignifiquem o PS.
A
perspetiva é quase uma certeza: 2016 vai ser um ano de tormentos para os
portugueses. Também vai ser um ano de tormentos para António Costa, ao querer convencer os portugueses que está a governar à esquerda quando na realidade
governa à direita, tal qual os cânones do arco da governação. Temos a evidência
do caso Banif, do apoio do PSD ao PS no parlamento, temos os aumentos de preços
de bens essenciais, temos cortes a manterem-se no pessoal da administração (por
exemplo) temos aumentos irrisórios aos pensionistas, de pura desconsideração à
dignidade de quem tudo deu a este país durante a vida, etc.
Grande parte dos atuais políticos são de uma geração pendura, parasitária, que se revê em ascos como Assis, por isso os promove… e os profissionais da comunicação social também têm as suas responsabilidades nisso. A geração do 25 de Abril é para abater. Essa é a imagem que passa. Abater os velhos que deram seguimento à luta dos seus antecessores pela democracia e pela liberdade. Que suportaram durante 13 anos uma guerra colonial injusta e se rebelaram. Que numa manhã de Abril conquistaram os direitos de cidadania republicana numa sociedade livre que se pretendia justa, com o usufruto natural dos direitos humanos reconhecidos a toda a humanidade na carta das Nações Unidas - de que Portugal é signatário.
Grande parte dos atuais políticos são de uma geração pendura, parasitária, que se revê em ascos como Assis, por isso os promove… e os profissionais da comunicação social também têm as suas responsabilidades nisso. A geração do 25 de Abril é para abater. Essa é a imagem que passa. Abater os velhos que deram seguimento à luta dos seus antecessores pela democracia e pela liberdade. Que suportaram durante 13 anos uma guerra colonial injusta e se rebelaram. Que numa manhã de Abril conquistaram os direitos de cidadania republicana numa sociedade livre que se pretendia justa, com o usufruto natural dos direitos humanos reconhecidos a toda a humanidade na carta das Nações Unidas - de que Portugal é signatário.
Atente,
2016 não vai ser ano pêra doce. Vai haver muito atropelo aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e, consequentemente,
muita luta pela frente. Como é costume dizer-se: mais do mesmo.
Lusofonia - Timor-Leste
Beatriz Gambôa, Díli
Pouco falta em Portugal e por todo o ocidente para darem as boas-vindas ao novo ano, por aqui, em Timor-Leste, já o fizemos há cerca de 9 horas. Houve muita folia, dormir pouco e ver que nos esperava uma manhã radiosa. Feliz ano novo!
Não me alongarei como o fizeram os meus companheiros anteriores desta postagem coletiva. Chega um novo ano e o optimismo paira nos ares. Timor-Leste está em paz, socialmente verificam-se melhorias, porém, ainda são poucos os que delas beneficiam. Cabe ao novo governo ampliá-las e acreditamos que o novo governo terá a necessária sensibilidade para o fazer.
Em 2017 é ano de eleições. O resultado é uma incógnita mas a perspetiva reside num partido político que, segundo apontam os rumores, está a ser construído à medida do atual Presidente da República, Taur Matan Ruak. Confiamos nele, oxalá isso aconteça e ele venha a ser chefe do futuro governo a partir do ano que vem.
Como vêem deixo aqui plasmado o meu optimismo. A vida deve ser condimentada com muita esperança e fé. É o que aqui fazemos em Timor-Leste. É o que desejo para os meus irmãos portugueses, para quem a vida não tem sido nada fácil durante estes últimos anos. Melhores dias virão.
Feliz ano novo, meus irmãos dos países da lusofonia!
Lusofonia - Timor-Leste
2016 JÁ CHEGOU ÀS TERRAS DO SOL NASCENTE, SOMOS SEMPRE OS PRIMEIROS A DAR AS BOAS-VINDAS AO NOVO ANO
Beatriz Gambôa, Díli
Pouco falta em Portugal e por todo o ocidente para darem as boas-vindas ao novo ano, por aqui, em Timor-Leste, já o fizemos há cerca de 9 horas. Houve muita folia, dormir pouco e ver que nos esperava uma manhã radiosa. Feliz ano novo!
Não me alongarei como o fizeram os meus companheiros anteriores desta postagem coletiva. Chega um novo ano e o optimismo paira nos ares. Timor-Leste está em paz, socialmente verificam-se melhorias, porém, ainda são poucos os que delas beneficiam. Cabe ao novo governo ampliá-las e acreditamos que o novo governo terá a necessária sensibilidade para o fazer.
Em 2017 é ano de eleições. O resultado é uma incógnita mas a perspetiva reside num partido político que, segundo apontam os rumores, está a ser construído à medida do atual Presidente da República, Taur Matan Ruak. Confiamos nele, oxalá isso aconteça e ele venha a ser chefe do futuro governo a partir do ano que vem.
Como vêem deixo aqui plasmado o meu optimismo. A vida deve ser condimentada com muita esperança e fé. É o que aqui fazemos em Timor-Leste. É o que desejo para os meus irmãos portugueses, para quem a vida não tem sido nada fácil durante estes últimos anos. Melhores dias virão.
Feliz ano novo, meus irmãos dos países da lusofonia!
- Texto em edição e atualização progressiva, trabalhado por alguns autores do coletivo PG
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