quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Portugal. Narciso Miranda. Ex-autarca de Matosinhos condenado a prisão. Pena pode ser suspensa



Decisão foi tomada esta quinta-feira pelo coletivo de juízes do Tribunal de Matosinhos.

O ex-presidente da Câmara Municipal de Matosinhos foi, esta quinta-feira, condenado a dois anos e dez meses de prisão com pena suspensa, avança a TVI24.

Narciso Miranda estava acusado dos crimes de abuso de confiança e falsificação de documentos. Por outras palavras, o ex-autarca usou, em proveito próprio, 37.500 euros, dinheiro proveniente de uma subvenção estatal à sua candidatura à Câmara de Matosinhos, em 2009.

A pena será suspensa na sua execução se o condenado restituir os 37.500 euros que usou indevidamente.

O coletivo de juízes do Tribunal de Matosinhos condenou ainda duas pessoas, ambas ligadas ao setor da construção civil, por prática, em coautoria, do crime de falsificação de documentos. Foram ambos condenados a um ano de prisão, suspensa na sua execução.

A acusação entendia que o ex-autarca teria usado uma fatura falsa de obras num edifício para justificar a despesa.

Durante o decorrer do julgamento, o antigo presidente realçou que a verba foi usada para fazer obras na sede de campanha -- Associação Narciso Miranda-Matosinhos Sempre, que foi inaugurada em cerimónia pública na presença de cerca de 2.000 pessoas.

Em depoimento, alguns sócios da associação vincaram que, antes das obras, não era possível entrar no edifício devido ao seu "estado de degradação".

As intervenções foram "muitas", realçaram, porque "o prédio tinha pombas lá dentro, janelas partidas, um buraco no teto e lixo no quintal".

Por seu lado, os inspetores da Polícia Judiciária (PJ) confirmaram que as buscas feitas à residência de Narciso Miranda tinham como objetivo encontrar uma fatura alusiva a obras, no valor de cerca de 30 mil euros, mas não a descobriram.

A fatura viria a ser encontrada numa empresa de construção civil, local onde a PJ também realizou buscas.

Em janeiro de 2015, Narciso Miranda, enquanto presidente do conselho de administração da Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede Infesta (ASMSMI), em Matosinhos, foi absolvido de adjudicar serviços a empresas de que faziam parte familiares, alguns deles de forma ilegal ou nunca realizados, e simular o roubo de um smartphone para receber um modelo mais recente.

Notícias ao Minuto

Sem comentários:

Mais lidas da semana