sábado, 8 de agosto de 2015

DETIDO CORRESPONDENTE DA VOZ DA AMÉRICA EM LUANDA




Coque Mukuta, que estava a fazer a cobertura da marcha das mães dos activistas reprimida pelas autoridades, foi solto três horas bem longe do local.

O correspondente da VOA em Luanda Coque Mukuta foi detido esta sábado, 8, pela Polícia Nacional enquanto fazia a cobertura da marcha organização pelas mães dos activistas detidos a 20 de Junho acusados de planearem um golpe de Estado em Angola.

Por volta das 13:40, minutos antes do início da marcha, mas solto meia hora mais tarde.
Pouco tempo depois, ele foi outra vez detido pela polícia, que lhe retirou a câmara fotográfica.

A partir de então, ele foi mantido no carro da polícia durante três horas até ser deixado num local bem distante da manifestação, que, entretanto, foi reprimida pelas autoridades.

A marcha protagonizada por cerca de 40 pessoas começou por volta das 14 horas, mas foi reprimida pela política que "usou de alguma agressividade contra as mães", segundo disseram à VOA  testemunhas oculares.

Recorde-se que as mães e parentes dos 15 jovens detidos organizaram o que chamaram de "marca de repúdio" para pedir a libertação dos jovens que integram o autodenominado Movimento Revolucionário.

O Governo da Província de Luanda emitiu um comunicado na quarta-feira a dizer que a marcha não podia acontecer por por violar a lei que impede que protestos sejam realizados a menos de 100 metros de prédios que albergam órgãos de soberania como a Procuradoria Geral da República.

Entretanto, os organizadores encontraram-se com o comandante geral da Polícia Nacional Ambrósio de Lemos, na quinta-feira, e o vice-procurador geral da República Hélder Pita Grós, na sexta-feira, tendo aqueles responsáveis pedido que a marcha fosse suspensa porque iriam fazer tudopara que houvesse um desfecho do caso dentro de uma semana.

As mães e parentes decidiram manter a marcha, como disse à VOA na sexta-feira, 7, Adália Chivonde, mãe do activista Nito Alves.

Ontem, Hélder Pita Grós disse a jornalistas que o processo  está em fase final de investigação, a concluir dentro de "poucos dias".

"Nós deveremos ter o processo concluso dentro de poucos dias, isso sim posso garantir porque é o nosso trabalho. Agora a fase seguinte, só depois disso é que saberemos, se o processo vai para o tribunal, se há matéria de acusação", concluiu o vice-procurador geral da República.

Voz da América

PROIBIÇÃO DE MARCHA NÃO TRAVA MÃES DE ATIVISTAS ANGOLANOS




Depois de autorizar a marcha organizada por familiares dos 15 ativistas, o Governo de Luanda recuou. Apesar da proibição, as mães prometem sair este sábado (08.08) às ruas da capital angolana.

O Governo Provincial de Luanda alega que o trajeto escolhido pelas mães e familiares dos ativistas detidos põe em causa a segurança dos órgãos de soberania. Isto porque o local previsto para o final da marcha é o Palácio da Justiça, edifício que alberga a Procuradoria-Geral da República, o Tribunal Constitucional e o Tribunal Supremo. Os manifestantes marchariam também próximo da Assembleia Nacional e do Ministério da Defesa.

As autoridades dizem estar a cumprir o estabelecido na Lei sobre o Direito de Reunião e das Manifestações, que proíbe protestos em lugares públicos "a menos de 100 metros das sedes dos órgãos de soberania, dos acampamentos e instalações de forças militares e militarizadas, estabelecimentos prisionais e sedes dos partidos políticos".

Processo termina dentro de "poucos dias"

Apesar da proibição, a mãe do ativista Mbanza Hamza garante que vai sair à rua, acompanhada de outros familiares dos 15 detidos.

Esta sexta-feira (07.08), Leonor João e outros familiares dos jovens reuniram-se no Palácio da Justiça com o vice-procurador-geral da República, Helder Pitra Gros, a convite da própria Procuradoria.

João diz que, durante o encontro, houve a tentativa de persuadir os familiares a cancelar a marcha com a promessa que o "processo vai terminar dentro de uma semana".

Pitra Gros confirmou, entretanto, aos jornalistas que o processo dos 15 detidos está em fase final de investigação e deverá ficar concluído dentro de "poucos dias".

Interrogatórios

Na quinta-feira (06.08), Filomeno Vieira Lopes, do partido extraparlamentar Bloco Democrático, foi interrogado no Serviço de Investigação Criminal (SIC).

Os inspetores tentaram saber se o político da oposição tinha conhecimento de um suposto "Governo de Salvação Nacional", que estava alegadamente a ser orquestrado pelo Movimento Revolucionário e que incluiria o seu nome para assumir a pasta de Ministro dos Petróleos.

Vieira Lopes diz ter respondido que nunca houve contactos nesse sentido.

Para o político, a inclusão do seu nome neste processo, assim como de outras figuras da oposição, estará relacionada com uma vontade superior de "encontrar políticos que pudessem estar por detrás dos revolucionários."

A ativista Laurinda Gouveia, do Movimento Revolucionário, também foi interrogada pelo Serviço de Investigação Criminal.

Gouveia contou à DW África que as autoridades tentaram obter nomes das pessoas ou instituições que têm apoiado financeiramente as ações dos ativistas, perguntando-lhe inclusive "quem pagava o aluguer do sítio" onde os jovens se encontravam.

Nelson Sul D´Angola (Benguela) – Deutsche Wele

JUSTIÇA CHINESA SUSPEITA DE NEGÓCIOS COM PETROLÍFERA SINOPEC EM ANGOLA




A China tornou-se no principal investidor estatal em Angola nos últimos anos. Entre os negócios criticados pela sua opacidade, destacaram-se os protagonizados pelo China International Fund (CIF), do empresário Sam Pa. Agora, segundo a imprensa chinesa, estão sob investigação os negócios deste milionário com a petrolífera estatal Sinopec em Angola.

Na “mira” das autoridades chinesas, que têm em curso uma ofensiva anti-corrupção que já levou à detenção de políticos e empresários influentes, estão 10 mil milhões de dólares de negócios da petrolífera estatal Sinopec em Angola, segundo o site Caixin.

Fonte próxima da Sinopec afirmou ao site que a investigação do Gabinete Nacional de Auditoria chinês foi alargada ao elo entre os investimentos e o empresário Sam Pa. Em causa estão cinco blocos petrolíferos.

A SIEPC, braço da Sinopec para investimentos estrangeiros aplicou 10 mil milhões de dólares na compra de participações nos cinco blocos, entre 2008 e 2015. Segundo o site Caixin, nenhum dos blocos gerou ainda receitas para a petrolífera chinesa. Pelo contrário, as atividades de pesquisa custaram 1,6 mil milhões de dólares.

Três blocos comprados em 2008 tinham reservas estimadas em 2,6 mil milhões de barris. As últimas estimativas indicam que não deverão ter mais de 1,1 mil milhões. A SIEPC terá pago o dobro do que valiam três blocos detidos por Sam Pa.

Pa é parceiro da Sonangol desde 2004, através das joint-ventures China Sonangol International Holdings Limited (CSH) e China Sonangol International Ltd. (CSI). A CSI e uma filial da SIEPC formaram no mesmo ano a Sonangol Sinopec International (SSI).

 A Sinopec viria depois a conseguir a sua primeira participação num bloco em Angola, o produtivo 18, sujo sucesso levou a petrolífera chinesa a reforçar os seus investimentos. Pa terá movido influências junto do então CEO da Sonangol, Manuel Vicente, atual vice-presidente, para que a Royal Dutch Shell, vendesse a participação no bloco aos chineses.

Através da CSI, Pa acabou por entrar no negócio, com financiamento da própria Sinopec. Recebeu ainda comissões da petrolífera e terá beneficiado de despesas de cartão de crédito estimadas em 58 milhões de dólares de Hong Kong, segundo a mesma fonte.

Em 2009, a Sinopec contratou a CSI como consultora para a compra de mais 5 blocos petrolíferos. Desses, até hoje apenas 2 produziram resultados modestos. Os auditores estão agora a avaliar a sobrestimação de reservas e eventuais violação dos procedimentos de tomada de decisão até ao investimento.

O site Caixin, citando fonte ligada à família Pa, refere que o empresário é agora cidadão de Angola e do Reino Unido, usando diversas identidades. Também está ligado a investimentos chineses na Venezuela, Madagáscar e Zimbabué.

África Monitor

Guiné-Bissau. PR encontra-se em Dacar com presidentes do Senegal e Guiné-Conacri




A reunião do Conselho de Estado da Guiné-Bissau foi interrompida para o Presidente da República, José Mário Vaz, se poder encontrar com os chefes de Estado do Senegal e Guiné-Conacri, em Dacar, anunciou fonte do órgão.

Os presidentes dos dois países foram mandatados pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para debater com José Mário Vaz a intenção deste de destituir o Governo da Guiné-Bissau.

A reunião do Conselho de Estado, em que a situação política estava em análise e após a qual era esperada uma decisão de Vaz, deverá continuar "quando o Presidente regressar de Dacar", referiu Vítor Mandinga, membro do Partido da Convergência Democrática (PCD) com assento no órgão.

No entanto, não se sabe ainda quando é que o presidente da Guiné-Bissau regressará da capital do Senegal.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Guiné-Bissau. Sociedade civil apela a que presidente seja árbitro em vez de oposição




O Movimento Ação Cidadão (MAC), organização da sociedade civil da Guiné-Bissau, apelou hoje ao Presidente da República para ser "árbitro" em vez de "oposição" ao Governo.

Numa carta aberta sobre a situação política na Guiné-Bissau, o movimento "convida o Presidente da República a desempenhar o seu papel de árbitro e não de oposição, pois é fundamental que se criem condições favoráveis à preservação e valorização da Democracia e do Estado de Direito".

A carta surge depois de o presidente do Parlamento ter denunciado a intenção do chefe de Estado derrubar o Governo e de o primeiro-ministro ter anunciado que vai lutar contra essa ameaça, considerando não haver justificações plausíveis para uma crise.

Na última noite, o parlamento guineense aprovou por unanimidade uma moção de confiança no Governo, ao mesmo tempo que uma vigília juntou algumas dezenas de pessoas em frente ao Palácio da Presidência pedindo estabilidade.

Diplomatas e outros representantes da comunidade internacional em Bissau desdobram-se em contactos para evitar uma crise política, um ano depois das eleições gerais financiadas pelo exterior e após o golpe de Estado de 2012.

O MAC "condena de forma severa qualquer tentativa manhosa de institucionalizar um regime que não seja aquele que é democraticamente e constitucionalmente aceite para se chegar ao poder e governar".

Ao mesmo tempo, desafia "todos os cidadãos guineenses a não ficarem indiferentes", lançando um apelo para que "participem em massa neste novo 'caminho que se escreve'", refere o documento.

A carta aberta conclui referindo que, "felizmente", não há "uma agressão efetiva ou iminente" ou uma "calamidade política", pelo que "é fundamental o diálogo para que os órgãos de soberania coabitem numa perspetiva construtiva, condição sine qua non para o bem-estar comum e desenvolvimento harmonioso da sociedade".

Lusa, em Notícias ao Minuto

Guiné-Bissau. Presidência considera "calunioso" discurso do primeiro-ministro




A Presidência da República da Guiné-Bissau classifica como "calunioso e ofensivo" o teor da declaração do primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, em que este acusou o Presidente, José Mário Vaz, de pretender derrubar o Governo.

“O teor da referida comunicação, descortês, calunioso e ofensivo para o Chefe de Estado, mais do que demonstrar a existência de uma grave crise política, vem agravar ainda mais o já por si frágil clima de relacionamento entre os dois órgãos de soberania", refere um comunicado da Presidência divulgado na última noite.

O comunicado lamenta que "tenham surgido vozes" a "criar ruído e perturbar ainda mais este processo de extrema delicadeza" e acusa o presidente da Assembleia Nacional Popular (o Parlamento da Guiné-Bissau) de ser "irresponsável pelas suas palavras".

O desentendimento saltou para a ribalta na quarta-feira, quando o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, anunciou que "o Governo está em perigo", depois de se ter reunido com o Presidente, José Mário Vaz.

Na quinta-feira, numa declaração ao país, já foi o próprio primeiro-ministro a acusar José Mário Vaz de querer "provocar uma crise para justificar a decisão de destituição do Governo" sem razão plausível e garantiu que ia lutar para manter a estabilidade no país.

Fontes diplomáticas que se reuniram com Vaz disseram à Lusa que há uma possibilidade de o Presidente destituir o Executivo por dificuldades de relacionamento com o primeiro-ministro e por divergências quanto à gestão de fundos e ao elenco governativo, entre outras.

De acordo com o comunicado da Presidência, a decisão será anunciada no final de uma reunião do Conselho de Estado, órgão constitucional de consulta do Presidente.

O encontro começou na tarde de sexta-feira, mas foi interrompido pelas 19:00 (20:00 em Lisboa), quando o Presidente Vaz foi convidado a encontrar-se em Dacar com os presidentes Macky Sall do Senegal e Alpha Condé da Guiné-Conacri, numa tentativa de encontrar soluções, referiu fonte oficial.
Ainda não foi anunciado quando é que o chefe de Estado da Guiné-Bissau regressará ao país.

Ao longo da semana, Vaz realizou auscultações a partidos políticos, organizações da sociedade civil, bem como a outras figuras e entidades do país e exterior e de acordo com as declarações prestadas, ninguém concorda com a ideia de que haja uma crise que justifique a queda do Governo.

Nas ruas, a população destaca as melhorias verificadas no último ano, desde que o Governo eleito tomou posse, no abastecimento de eletricidade, água e pagamento de salários para defender a continuação do clima de estabilidade política.

Na quinta-feira, o Parlamento aprovou por unanimidade uma moção de confiança no Governo e realizou-se uma vigília que juntou 50 a 100 pessoas à porta do Palácio da Presidência que acenderam velas e gritaram palavras de ordem de apoio ao executivo de Domingos Simões Pereira.

Fruto da estabilidade garantida após as eleições de 2014 e dos planos apresentados pelas novas autoridades, a comunidade internacional anunciou em março um pacote de mil milhões de euros de intenções de apoio a projetos de desenvolvimento da Guiné-Bissau, durante uma mesa redonda de doadores, realizada em Bruxelas.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Guiné-Bissau. É AGORA OU NUNCA




O presidente da república deve demitir imediatamente o peão da CPLP, não deve ceder as chantagens e ameaças dos vigaristas e corja da CPLP, se não o fizer agora, não será respeitado e correrá o risco de ser assassinado como Malam Bacai Sanhá, Nino Vieira, Tagme Na Waie etc.

Depois do discurso do mensageiro da desgraça, deu para perceber que acoabitação política com JOMAV é impossível, não adianta tentar reconciliar os dois, sendo assim, o presidente deve ter a coragem e tomar a decisão de o demitir.
 
A máfia da CPLP(chamada de comunidade internacional), está a fazer marketing ao governo de ministros e secretários de estado arguidos, alegando que a queda do mesmo terá repercussões nas ajudas internacionais ao país. Tudo não passa de chantagens, a queda de um governo, é perfeitamente normal na democracia, a título de exemplo, no vizinho Senegal já caíram dois governos desde que o Macky Sall ascendeu a presidência do Senegal.  

Quem tem a legitimidade de ameaçar ou chantagear, é a CEDEAO ou outras instituições menos os mafiosos da CPLP, esta insignificante organização, só sabe perturbar e proteger os assassinos/mafiosos, não quer a paz para o nosso país.

o sucesso da mesa redonda deve-se ao mérito, apoio e trabalho realizado pela CEDEAO junto dos parceiros internacionais , a CPLP não teve protagonismo nenhum em Bruxelas aquando da mesa redonda, ficou com ciúmes da CEDEAO e escondeu-se por baixo da mesa, não contribuiu em termos financeiros, mas quer ser ela(CPLP) a gerir o dinheiro dessa mesa redonda e a executar os projetos.


ONU CONSIDERA SITUAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU “BASTANTE INQUIETANTE”




A situação na Guiné-Bissau é "bastante inquietante", disse ontem o representante das Nações Unidas no país, Miguel Trovoada, face à iminência de o Presidente da República destituir o Governo.

"Há da minha parte sempre um sentimento de que, no último momento, ainda poderá ser encontrada uma via para ultrapassar a situação que, neste momento, é bastante inquietante", referiu.

Trovoada falava à saída de um encontro da comunidade internacional com o Presidente da Republica, José Mário Vaz, e em que, apesar dos apelos ao diálogo, este deixou pouca margem de manobra.

"Saio muito apreensivo. Não se pode prever o que poderá acontecer nos próximos tempos", acrescentou.

O representante da ONU referiu que a situação "pode pôr em causa a contribuição maciça que estava prevista para a Guiné-Bissau" por parte da comunidade internacional - que em março anunciou intenções de investimento da ordem de mil milhões de euros.

"Mas também reconhecemos que as autoridades deste país são autoridades legítimas, eleitas. Elas é que detêm a legitimidade para resolver os problemas do país", concluiu.

Apesar dos apoios generalizados ao Governo liderado por Domingo Simões Pereira, dentro e fora do país, o Presidente tem alegado a necessidade de o derrubar por ter dificuldades de relacionamento com o primeiro-ministro, por estar afastado da gestão de fundos e ter dúvidas em relação a alguns governantes e políticas, segundo referiram à Lusa diplomatas e representantes das diferentes forças que Vaz tem auscultado.

Numa declaração ao país, na quinta-feira, o primeiro-ministro transmitiu a ideia de que fez tudo o que era possível para se aproximar das pretensões do chefe de Estado, mas concluiu que Vaz tem "uma intenção deliberada de provocar uma crise para justificar a decisão de destituição do Governo".

Para esta tarde está agendada uma reunião do Conselho de Estado da Guiné-Bissau em que o assunto estará em discussão.

Lusa, em Sapo

Timor-Leste. CORPO DE MAUK MORUK CHEGA A DÍLI, SEGURANÇA REFORÇADA




Díli, 08 ago (Lusa) - O corpo de Mauk Moruk, líder do Conselho da Revolução Maubere (CRM), morto hoje em confrontos com forças de segurança timorenses, foi helitransportado para Díli, sob medidas de vigilância, com reforço policial.

Mauk Moruk foi morto numa troca de tiros entre elementos do CRM e efetivos policiais e das forças armadas timorenses, tendo fonte policial dito à Lusa que há informações "não totalmente confirmadas" sobre uma terceira vítima mortal.

"Os confrontos ocorreram cerca das 17:00 [09:00 de Lisboa] a sul de Baucau. Posso confirmar que Mauk Moruk e o seu braço direito (Sunardy) foram abatidos", disse à agência Lusa fonte sénior da Polícia Nacional de Timor-Leste.

"Os corpos foram helitransportados para Díli", disse à Lusa confirmou a chegada do helicóptero a Díli cerca das 19:35 locais (11:35 em Lisboa).

Segundo explicou a mesma fonte, as forças policiais decidiram aumentar preventivamente as patrulhas em Díli e em alguns distritos, nomeadamente em Baucau, "apesar de não haver qualquer ameaça concreta" ou "risco adicional".

A troca de tiros de hoje ocorreu próximo a uma zona onde na quarta-feira já tinha havido confrontos entre apoiantes do Mauk Moruk, um dos quais morreu, e efetivos das forças armadas e da polícia, dos quais dois ficaram feridos.

Fonte do executivo disse à Lusa que a vítima mortal de 4ª feira é irmão de Sunardy, uma das vítimas de hoje e que o próprio Mauk Moruk terá ficado ferido na perna.

"Não conseguiu escapar, subiu a montanha e ficou cercado. As forças tiveram sempre ordem de não o matar porque o objetivo da operação não era esse. Mas ele tinha mais armas do que se pensava", afirmou a fonte.

Desconhece-se o detalhe exato das circunstâncias em que as mortes ocorreram.

Mauk Moruk estava a ser perseguido pela polícia e pelas forças armadas de Timor-Leste desde março e, nas últimas semanas, a polémica em torno da operação, de nome código Hanita, tinha aumentado, tanto pelo seu custo, como pela falta de êxito até ao momento.

Agio Pereira, ministro de Estado e porta-voz do Governo, disse à Lusa que "a operação conjunta concluiu uma das suas principais fases", lamentando que "o objeto da operação tenha sido abatido por força de circunstâncias operacionais no terreno, absolutamente fora do seu controlo".

Questionado sobre receios de potenciais incidentes na sequência da morte de Mauk Moruk, o porta-voz do executivo timorense disse que o Governo "continua a cumprir a sua responsabilidade principal de garantir toda a segurança e harmonia na comunidade".

Está "absolutamente certo de que isto será alcançado, sem dificuldades de grande escala".

ASP // PJA

MAUK MORUK. NÃO SE METAM COM DEUS, NEM COM O DIABO… NEM COM XANANA




Mais um. A seguir a Alfredo Reinado e ao aparato que foi o seu assassinato, na casa de José Ramos Horta, foi agora a vez de Mauk Moruk ser assassinado pelas forças do regime timorense. Há anos, quando do assassinato de Alfredo Reinado, foi tentado o assassinato de José Ramos Horta, que era então presidente da República timorense, agora foi assassinado Mauk Moruk e o seu lugar-tenente, o número dois, como é especificado no despacho da Lusa. Lusa que pôs sempre muito pouco na escrita sobre Mauk Moruk. Talvez por a Lusa estar nas ex-colónias portuguesas como agência diplomática que faz notícias à medida dessa função em vez de seguir o cumprimento natural de Agência de notícias, formando e informando. Coisas… Coisas que vão para além de os seus profissionais poderem exercer a sua função profissional… Provavelmente até frequentaram um curso sobre diplomacia… E estão nessa. Duro, para quem devia estar a cumprir a sua profissão de jornalista. Eles é que sabem, eles são quem têm a carteira, eles, provavelmente, são quem mais sofre por estarem condicionados a notícias com conta, peso e medida.

Pergunte-se: mas quem era Mauk Moruk? Pois. Boa pergunta. É que a Lusa, desde Timor-Leste, sempre divulgou muito pouco, quase nada, sobre este ex-guerrilheiro que regressou a Timor-Leste há relativamente pouco tempo para fazer cair o regime de Xanana Gusmão. O Gusmão corrupto e desleal para com a revolução maubere. O Gusmão que derrubou o governo eleito da Fretilin – quando era presidente da República – para se fazer senhor e dono do país. O Gusmão, senhor e dono dos destinos de Timor-Leste e dos timorenses que, com a falsidade e hipocrisia que o caracteriza, dá voltas e reviravoltas mantendo-se no poder que dita os destinos da nação da meia-ilha que é habitada por um povo excecional, que nunca será bem divulgado nos canhenhos das penas ou teclados alfanuméricos que os descrevem. Aliás, tentam descrevê-los. Isto porque só os timorenses, ao longo dos anos, serão capazes de se descrever a eles próprios. Não um ou mais estrangeiros que se proponham ser protagonistas da tarefa. 

A história dos timorenses e de Timor-Leste está por escrever. E assim continuará. Até que um timorense, ou vários, tenham a capacidade de reunir o que já foi escrito com verdade (pouco) e complete o que falta escrever, o que falta transmitir sobre os grandes valores daquela gente que tem passado as passas do Algarve, de Jakarta, de Camberra e de Washington. Um dia acontecerá. Pena que eu não esteja então vivo… para ler, gostar e criticar (se fosse o caso). Certo é que, então, levarei no coração o meu Timor-Leste. Irei feliz e agradecido por ter convivido com um povo tão importante na história da humanidade. Isso é coisa pessoal. Que aqui, agora, transmito por saber que a vida me escapa entre os dias que me restam e não posso deixar de emitir neste Inverno último da vida a sacralidade da minha admiração ao dizer: obrigado, meus queridos irmãos timorenses, obrigado por me terem deixado conhecer-vos e ensinado a amar-vos. A vós e a essa terra, mar e montanhas. A esse céu que talvez me convide a habitá-lo quando chegar a minha hora. Obrigado.

Mauk... E, a seguir, quem mais?

Mauk Moruk tinha o destino traçado. Atreveu-se a meter-se com o regime de Xanana Gusmão, da “Caixa”… Xanana disse, daquele opositor, que ele “era maluco”. A páginas tantas, também o disse, há anos atrás, de Alfredo Reinado, seu opositor. Antes seu colaborador no golpe de Estado que derrubou Mari Alkatiri e o fez fechar-se em casa, rodeado de segurança privada e de confiança (camaradas)… Não fosse o representante de Deus e do Diabo naquela meia-ilha decidir “despachar” Alkatiri. Foi tentado com Taur Matan Ruak… Mas não resultou, felizmente. Afinal, quer Alkatiri, quer Taur, já se esqueceram disso tudo. Agora até partilham um pouquinho dos poderes em Timor-Leste. Pergunte-se: quando é que os timorenses poderão ser donos dos seus próprios destinos? Quando é que os corruptos, os ladrões, os assassinos, o representante Deus e do Diabo ali (Xanana Gusmão) ocuparão o lugar natural de quem comete crimes de lesa-Pátria? O julgamento, a condenação, a prisão. Quando?

Mauk Moruk tinha o seu destino traçado ao meter-se com o Deus e Diabo timorense, Xanana Gusmão. Não era maluco, mas era baralhado, sem uma estratégia traçada e convenientemente divulgada. Merecedora de aprovação pelos timorenses. Moruk, em dado passo, quando guerrilheiro pela libertação do país, traiu o seu país e o seu povo, indo para o lado dos assassinos e ocupantes indonésios. Mas também Xanana, de outro modo, o fez. Que se saiba, Xanana não diz dele próprio que é maluco. Aliás, é tão são que continua a governar numa sombra que só não o vê quem não quer ver. Nem por acaso tem no seu parceiro, agora ministro das polícias e de muito mais que isso, Longuinhos Monteiro, o fiel servidor. Servidor que contaminou e destruiu provas do assassinato de Alfredo Reinado e do seu lugar-tenente, número dois… Isso são contas de outro rosário? Não. São contas do mesmo rosário. O rosário manuseado por Xanana Gusmão.

Basta. Chega. Paz a Mauk Moruk, o Maubere Tuba Rai Metin. Morreu a merecer o respeito dos timorenses seus irmãos. Abanou Xanana e o seu poder. A tal ponto que ele abdicou de ser primeiro-ministro oficial para passar a ser primeiro-ministro na sombra, com a cumplicidade de Mari Alkatiri e de Taur Matan Ruak. Rui Araújo, agora PM oficial, nem é para aqui chamado.

Não matem, julguem e prendam. Os corruptos, os ladrões do povo timorense, Xanana Gusmão e todos aqueles que devem o que falta ao povo anónimo mas muito amado pelos que o admiram, que até o veneram, porque merece.

Leia-se a Lusa, sobre o fim de Mauk Moruk. Quem se seguirá? Longa vida a Xanana Gusmão, na prisão. Porque merece. Julguem-no e assim acontecerá, com justiça.


Líder de grupo ilegal timorense morto por forças de segurança

Díli, 8 ago (Lusa) - O líder do Conselho da Revolução Maubere (CRM), Mauk Moruk, e o seu número dois foram hoje mortos numa troca de tiros com efetivos das forças de segurança timorenses que os perseguiam desde março, confirmou fonte policial.

"Os confrontos ocorreram cerca das 17:00 [09:00 de Lisboa] a sul de Baucau. Posso confirmar que Mauk Moruk e o seu braço direto foram abatidos", disse à agência Lusa fonte sénior da Polícia Nacional de Timor-Leste.

A troca de tiros ocorreu próximo a uma zona onde na quarta-feira já tinha havido confrontos entre apoiantes do Mauk Moruk, um dos quais morreu, e efetivos das forças armadas e da polícia, dos quais dois ficaram feridos.

ASP // PJA

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