Pode
ser e pode não ser. PSP na ONU… apesar de irregularidades no processo. Está
fora de questão a competência do responsável da segurança de Cavaco Silva mas é
certo que se existem irregularidades no processo que o leva a uma missão da ONU
podemos admitir que as irregularidades se devem a cunha de Cavaco. De Cavaco
devemos de desconfiar sempre, diz-nos a experiência de décadas. Só que sobra
para a PSP, e é pena. A transparência do processo é quase nula, digam o que
disserem. Casmurro, se Cavaco quer muito… Já sabemos como é.
O problema é que
Cavaco acaba por salpicar os que o rodeiam com a sua opacidade, como neste
caso. Esclarecimentos devidos? Pois. Os do costume. É como na sisa da casa no
Algarve que Cavaco devia pagar e não pagou… mas pagou. Explicou e ficámos ainda
mais duvidosos. Até disseram que se enterrou mais ainda. É como quase tudo…
Olhemos aquele caso da PIDE e de pertencer colaborativamente à organização
fascista de Salazar-Caetano. Nunca esclareceu devidamente… Chamam-lhe tabus. É
do “feitio” dele. Pois. Só que com os cargos que tem desempenhado devia deixar
tudo muito bem esclarecido, e não deixa. Mesmo que tenhamos muito boa vontade
em acreditar ficamos sempre na dúvida.
O
caso do responsável da PSP que irá para a ONU iliba o PSP e a PSP do ónus
gerado pelos salpicos de Cavaco. Mas é mau, apesar de não ser importante. É que
parece haver qualquer coisa de cunhas, de teimosias, quase que de abusos de
poder por via de influências…
Boa
viagem e bom trabalho para o PSP premiado. Lamentem-se os salpicos. O PSP
merecia melhor, pela certa. Esqueçam o caso, provavelmente é só mais uma cavaquisse.
E essas cavaquisses vão continuar quando sair de Belém. A cunha é uma instituição
para Cavaco? É o que se retira das décadas de experiência. Tráfico de influências,
dizem. Pode até fazê-lo numa boa. Neste caso será certamente um reconhecimento.
Mas está mal. Nada melhor que a transparência e ausência de irregularidades. Pois.
Feitios à antigamente. Conho!
Redação
PG / MM
PSP
confirma: Responsável por segurança de Cavaco nas Nações Unidas
A
Polícia de Segurança Pública confirmou a nomeação do intendente José Figueira
para uma missão internacional das Nações Unidas, após um pedido de
disponibilização do agente feito pelo organismo, revelou à Lusa o porta-voz da
PSP.
"A
PSP confirma a nomeação do intendente José Figueira para uma missão
internacional da ONU, após a receção de um pedido de disponibilização para o
oficial em questão a integrar. Considerando que o oficial em causa reunia o
perfil adequado para incorporar a missão daquele organismo internacional, a PSP
emitiu parecer favorável", avançou Paulo Ornelas Flor à agência Lusa.
A
edição de hoje do jornal i revela que o intendente José Figueira -- que foi
responsável pela segurança de Cavaco Silva - foi escolhido para uma missão na
República Centro-Africana, tendo o seu nome sido aceite pela Direção Nacional
da PSP, mesmo depois de posições internas e da tutela que terão apontado
irregularidades no processo.
De
acordo com o jornal, a requisição do intendente, que aconteceu um mês antes das
eleições presidenciais, foi feita por um oficial da PSP destacado nessa missão
e preparada de forma a não poder ser designado outro elemento da PSP para
aquele lugar.
Ainda
segundo a noticia do i, ao contrário do que acontece nos restantes processos --
em que os candidatos são submetidos a provas de várias matérias -- o nome de
José Figueira foi sugerido pelo superintendente da PSP Luis Carrilho,
atualmente Police Commissioner daquela missão internacional.
Fonte
oficial do Ministério da Administração Interna avançou à Lusa que quarta-feira
foi pedido com caráter de urgência à secretaria-geral mais explicações sobre o
assunto em questão, escusando-se a mais comentários sobre a situação.
Contatado
pela Lusa, o presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP),
Mário Andrade, disse não detetar "qualquer imposição ou entrave" na
designação pela Direção Nacional da PSP daquele oficial, reconhecendo, no
entanto, que talvez devesse ter havido um concurso interno e não um método
aleatório da Direção Nacional.
"Não
vejo qualquer imposição ou qualquer entrave a ser este ou outro [oficial].
Alguém o indicou, ele não foi por iniciativa própria. Se indicou, foi porque
acharia que tinha as qualidades necessárias para aquela missão", explicou
Mário Andrade, acrescentando que "é sempre um reconhecimento alguém da PSP
ter sido nomeado".
Já
Paulo Rodrigues, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP),
considerou à Lusa que, a ter existido "alegadamente algo que não foi
completamente legal", a situação tem de ser corrigida.
"Para
qualquer concurso ou designação para determinado lugar, normalmente é definido
um conjunto de critérios e a pessoa tem de se sujeitar não só à classificação
do resultado desses critérios para ser nomeada para determinado lugar ou cargo.
Se algo correu mal, o processo deverá ser iniciado o mais breve possível",
frisou Paulo Rodrigues.
No
entanto, o sindicalista avançou não estranhar a situação, alertando para
"injustiças internas na PSP", com "imparcialidades na escolha de
pessoas, na definição de cargos" que têm vindo a ocorrer desde há vários
anos.
Por
outro lado, Paulo Rodrigues manifestou a sua satisfação por a ministra da
Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, querer rever o processo em
questão, lembrando, porém, que a mesma responsável terá de ver outros processos
mais antigos, justificando que na PSP "têm sido praticadas internamente
muitas injustiças, que têm de terminar".
"Este
é mais um processo que indica que as coisas não estão a correr bem e é
importante que todos os processos devem ser legais, justos e completamente
imparciais", sublinhou.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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