quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Tribunal de Bissau exige aos 15 deputados expulsos do PAIGC que acatem perdas do mandato



O Tribunal Regional de Bissau exigiu hoje aos 15 deputados expulsos do PAIGC que acatem as perdas de mandato de que foram alvo e que, juntamente com a oposição, deixem a Assembleia funcionar.

Dirigindo-se ao “grupo dos 15” e aos eleitos do Partido da Renovação Social (PRS, oposição), o juiz Injolano Indi chama-os a “cumprirem integralmente a deliberação da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP), criando condições para o regular funcionamento da Instituição”, refere-se no despacho a que a Lusa teve acesso.

O juiz ordena ainda a “absterem-se de quaisquer atos que possam pôr em causa a integridade física e a vida dos demais deputados da Nação e dos cidadãos e seus bens”.

A decisão surge em resposta a uma providência cautelar pedida pelo presidente da ANP, Cipriano Cassamá, depois de os 15 dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) se terem recusado sair do hemiciclo no dia 15, quando iam ser substituídos por outros deputados.

Na altura, com o apoio do PRS, protestaram de forma ruidosa, obrigando à suspensão da sessão – à qual deram depois continuidade, à revelia da mesa, alegando ter formado uma nova maioria.

No pedido de providência cautelar, o presidente da ANP requereu a ajuda do tribunal para os deputados cumprirem com as decisões.

Cipriano Cassamá justificou-se com a necessidade de o Parlamento voltar a funcionar normalmente e com o facto de as perdas de mandato não terem sido contestadas na justiça. Entretanto, o vice-presidente da ANP, Inácio Correia, anunciou hoje que o Parlamento deverá reunir-se na quinta-feira de manhã para discussão do programa de Governo – ponto que tinha ficado em suspenso desde dia 15.

Lusa, em O Democrata

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