O
Tribunal Regional de Bissau exigiu hoje aos 15 deputados expulsos do PAIGC que
acatem as perdas de mandato de que foram alvo e que, juntamente com a oposição,
deixem a Assembleia funcionar.
Dirigindo-se
ao “grupo dos 15” e aos eleitos do Partido da Renovação Social (PRS, oposição),
o juiz Injolano Indi chama-os a “cumprirem integralmente a deliberação da
Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP), criando condições
para o regular funcionamento da Instituição”, refere-se no despacho a que a Lusa
teve acesso.
O
juiz ordena ainda a “absterem-se de quaisquer atos que possam pôr em causa a
integridade física e a vida dos demais deputados da Nação e dos cidadãos e seus
bens”.
A
decisão surge em resposta a uma providência cautelar pedida pelo presidente da
ANP, Cipriano Cassamá, depois de os 15 dissidentes do Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) se terem recusado sair do hemiciclo
no dia 15, quando iam ser substituídos por outros deputados.
Na
altura, com o apoio do PRS, protestaram de forma ruidosa, obrigando à suspensão
da sessão – à qual deram depois continuidade, à revelia da mesa, alegando ter
formado uma nova maioria.
No
pedido de providência cautelar, o presidente da ANP requereu a ajuda do
tribunal para os deputados cumprirem com as decisões.
Cipriano
Cassamá justificou-se com a necessidade de o Parlamento voltar a funcionar
normalmente e com o facto de as perdas de mandato não terem sido contestadas na
justiça. Entretanto, o vice-presidente da ANP, Inácio Correia, anunciou hoje
que o Parlamento deverá reunir-se na quinta-feira de manhã para discussão do
programa de Governo – ponto que tinha ficado em suspenso desde dia 15.
Lusa,
em O Democrata
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