sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Arbitragem da ONU exige que Suécia e Reino Unido indemnizem Julian Assange



O grupo de trabalho da ONU que concluiu que o fundador do WikiLeaks Julian Assange se encontra detido ilegalmente na embaixada do Equador em Londres exigiu hoje à Suécia e ao Reino Unido que o indemnizem.

"O fundador do WikiLeaks Julien Assange foi arbitrariamente detido pela Suécia e pelo Reino Unido desde a sua prisão, em Londres, a 07 de dezembro de 2010", indicou o grupo de trabalho da ONU, em comunicado.

Os cinco especialistas independentes que integram o grupo apelaram às "autoridades suecas e britânicas" para colocarem um ponto final na detenção e respeitarem o seu direito a ser indemnizado.

O Governo britânico rejeitou hoje "categoricamente" a decisão do grupo que classificou de "detenção arbitrária" o confinamento de Julian Assange ao espaço da embaixada do Equador em Londres, disse um porta-voz.

"Isso [decisão do grupo de trabalho da ONU] não muda nada. Nós rejeitamos categoricamente a afirmação de que Julian Assange é vítima de uma detenção arbitrária", indicou um porta-voz do executivo britânico, em comunicado.

O Reino Unido já comunicou às Nações Unidas que irá contestar formalmente a decisão do grupo de trabalho, acrescentou o mesmo porta-voz.

O grupo de trabalho da ONU sobre detenção arbitrária determinou na quinta-feira que a reclusão do fundador do WikiLeaks Julian Assange na embaixada do Equador em Londres representa uma detenção ilegal, segundo anunciou a diplomacia sueca.

Assange, 44 anos, encontra-se recluso na embaixada do Equador desde 2012, quando esse país lhe concedeu asilo, após um longo processo legal no Reino Unido, que terminou com a decisão da sua entrega às autoridades da Suécia, onde é suspeito de crimes sexuais.

O fundador do portal WikiLeaks disse na quinta-feira esperar ser tratado como um homem livre se o grupo de trabalho das Nações Unidas decidisse em seu favor.

RCP (JPS/PAL) // JPS - Lusa

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