O
autoproclamado Estado Islâmico ameaça Espanha e refere Portugal num vídeo em
que lembra o desejo de reconquistar a Península Ibérica. "Pagareis
caro" ter expulsado os muçulmanos.
Um
vídeo difundido pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI), que mostra a execução
de cinco pessoas, no Iraque, mostra um terrorista a proferir uma ameaça à
Península Ibérica.
"Juro
que pagareis um preço muito alto e que o vosso final será muito doloroso. Se
Deus quiser, recuperaremos Al Andalus", nome dado à Península Ibérica
pelos conquistadores islâmicos, no século VIII.
Cidades
que, ainda hoje têm uma forte marca muçulmana, são referidas no vídeo.
"Nenhum muçulmano pode esquecer Córdova, Toledo e Játiva [em Valência]. Há
muitos muçulmanos fieis que juram recuperar Al Andalus", diz um militante
do EI. No vídeo, de cerca de oito minutos, garante que a "Península
Ibérica jamais será esquecida".
O
jiadista, de traços físicos ocidentais, fala em francês. "Al Andalus tem
paciência. Não eras espanhola nem portuguesa, mas sim muçulmana", ouve-se
no vídeo, filmado nos escombros de um edifício em Ninev, no norte do Iraque,
aparentemente derrubado pelos ataques aéreos da coligação internacional.
"Vocês,
os infiéis, achavam que acabavam com o Estado Islâmico com ataques aéreos, mas
estão espantados e assustados com a força do califado", diz o jiadista,
repetindo a ameaça de intensificação dos ataques terroristas.
"O
que está para vir fará esquecer os ataques de 11 de setembro (de 2001, EUA) e
de Paris (13 de novembro de 2015)", diz o terrorista, citado pela imprensa
espanhola. "Vocês atacaram-nos no passado e agora somos nós que vos
atacamos", acrescenta.
Esta
não é a primeira vez que o EI cita Península Ibérica entre os objetivos. Em
novembro, após os ataques de Paris, um vídeo dos terroristas de Abu Bakr al
Bagdadi ameaçava Espanha. "Queremos conquistar Paris, antes de Roma e a
Península Ibérica".
Há
cerca de uma semana, o EI difundiu um vídeo em que mostrava os autores dos
atentados de Paris, que causaram 130 mortos, a executar prisioneiros na Síria. Entre os algozes está o lusodescendente Ismael Omar Mostefai.
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