O
Movimento para Democracia quer Cabo Verde no top 15 a nível mundial do Índice
da Corrupção da Heritage Foundation. O vice-presidente do maior partido da
oposição, Olavo Correia, reagia ontem às antenas da RCV ao último relatório
divulgado esta terça-feira, 2 de Fevereiro, por esta instituição que mede a
liberdade económica mundial e que classificou o nosso país na 57ª posição e o
considera “moderadamente livre”.
Para
o MpD, a localização de Cabo Verde neste índice mostra que as medidas adoptadas
pelo Governo não surtiram efeito. Olavo Correia acredita que Cabo Verde tem
todas as condições para equiparar-se a países como Maurícias, que ocupa a 15ª
posição é “totalmente livre”. “Temos de querer estar na mesma posição das
Maurícias. Temos todas as condições para formatar a nossa posição e criar uma
estrutura económica e jurídica para atingirmos o top 15 a nível mundial”,
assevera.
Este
dirigente ventoinha defende que este é um desafio e que, para chegarmos lá,
temos de centrar o nosso olhar no futuro. Esta é aliás, afirma, a abordagem do
MpD. “Temos todas as condições para chegar lá. Não queremos ser um país
moderadamente livre. Queremos ser um país totalmente livre. O nosso programa de
governação aponta neste sentido”, realça o vice-presidente do MpD, lembrando
que nos últimos quatro anos Cabo Verde melhorou apenas três posições a nível
mundial.
Para
melhorar o seu score e atingir objectivos mais ambiciosos, defende que o
Governo tem de acompanhar o grau de exigência em relação à aquilo que acontece
no mundo. “Temos de ter um sistema judicial eficiente e célere na resposta às
demandas dos cidadãos, empresas e investidores, impor limites ao endividamento
e às alterações oficiais, reforçar a abertura do mercado e reduzir o peso do
Estado na economia. Também despartidarizar a máquina pública e garantir uma
separação efectiva entre o Governo, o Estado, a Administração Pública e a
sociedade civil e avançar para um estado de burocracia zero”, enumera.
O
facto do relatório do Heritage Foundation considerar que Cabo Verde regista um
baixo nível de corrupção, em comparação com outros países africanos também não
satisfaz o MpD. Olavo Correia defende que só quando o Estado criar as condições
para que todos possam ter acesso aos arquivos correntes da máquina pública e
também para evitar o nepotismo, o país dará um salto em matéria de combate a
corrupção.
A
Semana
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