O
presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), Paulo Ralha,
defendeu hoje o fim do sigilo fiscal, considerando que esta seria a única forma
de combater a fraude e a evasão fiscal.
"É
importante acabar rapidamente com o sigilo fiscal, que beneficia as grandes
empresas, as multinacionais e os profissionais liberais, pois são estes que
pagam cada vez menos impostos", disse Paulo Ralha numa intervenção
proferida no XIII Congresso da CGTP.
O
presidente do Sindicato salientou que os trabalhadores assalariados "não
têm medo [do fim] do sigilo fiscal, quem tem medo são os administradores das
multinacionais e os advogados, que não declaram todos os seus
rendimentos".
Por
esta razão, Paulo Ralha considerou que os programas de combate à fraude fiscal
nunca serão bem sucedidos enquanto não se acabar com o sigilo fiscal.
O
sindicalista referiu ainda que "Portugal está a ser asfixiado por uma
dívida não pagável".
"Queremos
ser como a Inglaterra, queremos que venha o dinheiro mas não queremos pagar a dívida",
disse, acrescentando que "Portugal não pode deixar-se asfixiar-se pela
dívida quando outros obtêm o perdão da dívida".
O
STI não é filiado na CGTP, mas é prática da Central convidar sindicatos
independentes para participarem nos seus trabalho, alguns deles integram mesmo
o Conselho Nacional, como é o caso do Sindicato dos Trabalhadores Judiciais.
O
XIII Congresso da CGTP que decorre desde sexta-feira em Almada, termina hoje ao
final da tarde com a aprovação do programa de ação para os próximos quatro anos
e a eleição dos corpos sociais".
SMS/RRA//GC
- Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário