sábado, 27 de fevereiro de 2016

Portugal. MILHARES DE MILHÕES SÃO “PEQUENO INCIDENTE” PARA CARLOS COSTA


Carlos Costa deu uma entrevista ao Expresso. Diz que não se demite por causa de um “pequeno incidente”. Autêntico salafrário, descarado, sem-vergonha, é o mínimo como se pode classificar este banqueiro ao serviço dos banqueiros em prejuízo de Portugal e dos portugueses. O “pequeno incidente” referido por Carlos Costa envolve muitos milhares de milhões que são os portugueses a pagar com língua de palmo e meio.

Portugal tem estado entregue a uma verdadeira máfia. Uns dizem que é uma máfia cavaquista, outros que não… mas que é máfia. Cavaco teceu ontem elogios aos empresários e homenageou-os, considerando-os “heróis” da recuperação económica. De outro tempo, de outro modo, Al Capone também considerava os da sua clique “heróis”, havia aqueles que lucidamente os consideravam ladrões e assassinos, no mínimo. São visões diferentes. Uns vêem a realidade e outros criam a sua própria realidade – para eles e seu bando. Ou será a sua máfia?

“E assim vai Portugal, uns vão bem e outros (muito) mal”, diz a canção e o que vimos por aí. Carlos Costa vai bem na vida e considera pequenos incidentes o roubo de milhares de milhões. Fica de pedra e cal no Banco de Portugal ao serviço dos banqueiros e restante corja que queiram causar mais “pequenos incidentes” de milhares de milhões?

Cavaco termina a nefasta presidência da República que exerceu em 9 de Março próximo. Faltam menos de duas semanas. Uf! Mas nem por sombras pensemos que Portugal vai livrar-se dele, das suas congeminações… e do seu bando. Além disso Cavaco, como outros vai continuar a mamar sofregamente na teta do Orçamento, do Estado, do povo que trabalha por salários de miséria enquanto ele recebe de reformas e mordomias mais de 500 vezes por mês  a reforma da maioria dos portugueses. É imoral, é insustentável. É um roubo. Dos tais roubos a que aquele bando de salafrários chama “pequenos incidentes”. Então não é?!!

Carlos Costa leva para "pequeno incidente" o facto de o PM o ter convidado a demitir-se - já que o PM não pode fazê-lo. Só que a urgente necessidade de o Banco de Portugal e o país se ver livre de Carlos Costa lhe está inerente. Não é só pelo caso do BES/Novo Banco que urge Carlos Costa demitir-se (se tivesse vergonha e alguma decência), é por tudo. É pelo seu mau desempenho no superior interesse do país. Quem sabe se não pela cumplicidade com banqueiros criminosos, como Salgado e afins. Seria uma questão, ou  várias questões, a investigar.

Redação PG / MM

"Pequeno incidente" não é razão para demissão

O governador do Banco de Portugal diz que seria curioso demitir-se por "um pequeno incidente". É assim que Carlos Costa classifica as críticas do primeiro-ministro à sua atuação no caso BES.

Numa entrevista ao semanário Expresso, Carlos Costa diz que não se demite porque tem um projeto e um grande desafio e "é muito importante que esta instituição mantenha o seu papel na resposta a esse desafio e na concretização desse projeto, sabendo que isso vai levar tempo, e muito do que hoje se avalia sobre esta instituição há de ser visto quando o tempo permitir".

Quanto à polémica com António Costa o Governador do Banco de Portugal diz que "está encerrada" a partir do momento em que o primeiro-ministro disse que não estava em causa a independência do Banco Central.

"As Relações entre o Banco de Portugal, o Ministério das Finanças e a Presidência do Conselho de Ministros têm sido de cooperação empenhada e leal", diz Carlos Costa, que sublinha, "empenhada e leal da nossa parte como salvaguarda da nossa independência e autonomia. E a única coisa que deve ter acontecido foi uma falta de informação acerca de uma reunião que já estava agendada".

Carlos Costa lembra que já trabalhou com quatro ministros das finanças e três primeiros-ministro.

E, se os partidos que agora apoiam o governo não o compreendem e o criticam então Carlos Costa lembra que há muitas pessoas a decidir dentro do Banco de Portugal, ele é apenas "a cabeça visível". Ele é apenas "um entre 1700 colaboradores da instituição".

Sobre a questão dos lesados do BES, Carlos Costa não fecha a porta a uma solução para o papel comercial mas tem que ser dentro do quadro legal que existe. E deixa um recado: é a CMVM que tem a supervisão dos produtos e "pode reverter a operação".

Em relação à manutenção do Novo Banco na esfera pública, Carlos Costa deixa isso para uma decisão do Governo, já que ele diz ser "um mero executante das politicas definidas". Mas, adianta, que o impacto da venda do Novo Banco não vai ter custos para os contribuintes vai, isso sim "custar aos bancos".

José Milheiro - TSF

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