Carlos
Costa deu uma entrevista ao Expresso. Diz que não se demite por causa de um “pequeno
incidente”. Autêntico salafrário, descarado, sem-vergonha, é o mínimo como se
pode classificar este banqueiro ao serviço dos banqueiros em prejuízo de
Portugal e dos portugueses. O “pequeno incidente” referido por Carlos Costa
envolve muitos milhares de milhões que são os portugueses a pagar com língua de
palmo e meio.
Portugal
tem estado entregue a uma verdadeira máfia. Uns dizem que é uma máfia
cavaquista, outros que não… mas que é máfia. Cavaco teceu ontem elogios aos
empresários e homenageou-os, considerando-os “heróis” da recuperação económica.
De outro tempo, de outro modo, Al Capone também considerava os da sua clique “heróis”,
havia aqueles que lucidamente os consideravam ladrões e assassinos, no mínimo. São
visões diferentes. Uns vêem a realidade e outros criam a sua própria realidade –
para eles e seu bando. Ou será a sua máfia?
“E
assim vai Portugal, uns vão bem e outros (muito) mal”, diz a canção e o que vimos por aí. Carlos Costa vai
bem na vida e considera pequenos incidentes o roubo de milhares de milhões. Fica de
pedra e cal no Banco de Portugal ao serviço dos banqueiros e restante corja que queiram causar
mais “pequenos incidentes” de milhares de milhões?
Cavaco termina a nefasta presidência da República que exerceu em 9 de Março próximo.
Faltam menos de duas semanas. Uf! Mas nem por sombras pensemos que Portugal vai
livrar-se dele, das suas congeminações… e do seu bando. Além disso Cavaco, como
outros vai continuar a mamar sofregamente na teta do Orçamento, do Estado, do
povo que trabalha por salários de miséria enquanto ele recebe de reformas e
mordomias mais de 500 vezes por mês a
reforma da maioria dos portugueses. É imoral, é insustentável. É um roubo. Dos
tais roubos a que aquele bando de salafrários chama “pequenos incidentes”. Então
não é?!!
Carlos Costa leva para "pequeno incidente" o facto de o PM o ter convidado a demitir-se - já que o PM não pode fazê-lo. Só que a urgente necessidade de o Banco de Portugal e o país se ver livre de Carlos Costa lhe está inerente. Não é só pelo caso do BES/Novo Banco que urge Carlos Costa demitir-se (se tivesse vergonha e alguma decência), é por tudo. É pelo seu mau desempenho no superior interesse do país. Quem sabe se não pela cumplicidade com banqueiros criminosos, como Salgado e afins. Seria uma questão, ou várias questões, a investigar.
Redação
PG / MM
"Pequeno
incidente" não é razão para demissão
O
governador do Banco de Portugal diz que seria curioso demitir-se por "um
pequeno incidente". É assim que Carlos Costa classifica as críticas do
primeiro-ministro à sua atuação no caso BES.
Numa
entrevista ao semanário Expresso, Carlos Costa diz que não se demite porque tem
um projeto e um grande desafio e "é muito importante que esta instituição
mantenha o seu papel na resposta a esse desafio e na concretização desse
projeto, sabendo que isso vai levar tempo, e muito do que hoje se avalia sobre
esta instituição há de ser visto quando o tempo permitir".
Quanto
à polémica com António Costa o Governador do Banco de Portugal diz que
"está encerrada" a partir do momento em que o primeiro-ministro disse
que não estava em causa a independência do Banco Central.
"As
Relações entre o Banco de Portugal, o Ministério das Finanças e a Presidência
do Conselho de Ministros têm sido de cooperação empenhada e leal", diz
Carlos Costa, que sublinha, "empenhada e leal da nossa parte como
salvaguarda da nossa independência e autonomia. E a única coisa que deve ter
acontecido foi uma falta de informação acerca de uma reunião que já estava agendada".
Carlos
Costa lembra que já trabalhou com quatro ministros das finanças e três
primeiros-ministro.
E,
se os partidos que agora apoiam o governo não o compreendem e o criticam então
Carlos Costa lembra que há muitas pessoas a decidir dentro do Banco de Portugal,
ele é apenas "a cabeça visível". Ele é apenas "um entre 1700
colaboradores da instituição".
Sobre
a questão dos lesados do BES, Carlos Costa não fecha a porta a uma solução para
o papel comercial mas tem que ser dentro do quadro legal que existe. E deixa um
recado: é a CMVM que tem a supervisão dos produtos e "pode reverter a
operação".
Em
relação à manutenção do Novo Banco na esfera pública, Carlos Costa deixa isso
para uma decisão do Governo, já que ele diz ser "um mero executante das
politicas definidas". Mas, adianta, que o impacto da venda do Novo Banco
não vai ter custos para os contribuintes vai, isso sim "custar aos
bancos".
José
Milheiro - TSF
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