A
deputada do PSD e ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque pediu hoje à
subcomissão de ética que avalie se existe alguma incompatibilidade entre a sua
contratação pela Arrow Global com os atuais e antigos cargos políticos.
"Solicito
à subcomissão de ética a avaliação da situação em causa, manifestando desde já
a minha total disponibilidade e interesse em prestar junto dessa Subcomissão
todos os esclarecimentos entendidos como pertinentes", lê-se na carta de
Maria Luís Albuquerque enviada hoje ao presidente da subcomissão de Ética, Luís
Marques Guedes, a que a Lusa teve acesso.
No
documento, a ex-ministra das Finanças reafirma que "a situação em nada configura
impedimento ou incompatibilidade com as funções que desempenhei e
desempenho", como já havia afirmado em comunicado na quinta-feira.
Entretanto,
o PS disse que vai pedir a apreciação do assunto pela subcomissão de ética do
parlamento, à semelhança do PCP, enquanto o BE prometeu dedicar atenção ao
facto durante a comissão parlamentar de inquérito ao processo de venda do
Banif.
Maria
Luís Albuquerque esclarece ainda que as funções que vai desempenhar na Arrow
Global são "de natureza estritamente não executiva, e centradas numa
avaliação dos quadros macroeconómico e regulatório europeus para enquadramento
das decisões estratégicas que a empresa venha a tomar no futuro".
Mais,
ressalva, que não terá "qualquer ligação a outras empresas do grupo, que
são, de resto, entidades juridicamente independentes da Arrow Global plc",
que, acrescenta, está cotada no mercado britânico e sujeita ao controlo e
escrutínio das entidades reguladoras daquele país.
Num
comunicado publicado na sua página oficial na quinta-feira, o grupo Arrow
Global informou que indicou Maria Luís Albuquerque como diretora não executiva
com efeitos a 07 de março e que a agora deputada vai integrar o comité de risco
e auditoria.
JNM
(SP/HPG)// SMA - Lusa
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