quarta-feira, 6 de abril de 2016

GUERRA EM CABINDA SOBE DE INTENSIDADE



A FLEC/FAC, afirma, em comunicado enviado à Redacção do Folha 8, “que o 14° aniversário da paz que a Angola festeja sumptuosamente não se refere ao território de Cabinda”.

“O governo angolano quer fazer acreditar que há paz efectiva em Cabinda, mas realmente a paz não existe em Cabinda, e o presidente angolano José Eduardo dos Santos, impõe injustamente a guerra em Cabinda”, diz a FLEC no comunicado assinado pelo seu porta-voz, Jean-Claude Nzita.

A situação em Cabinda, segundo a FLEC, “permanece muito preocupante e muito tensa desde o início do mês de Fevereiro de 2016”, registando-se “violentos combates e confrontação permanente entre as Forças Armadas Cabindesas (FLEC-FAC) e os militares angolanos (FAA) quase todas as semana e mais de 45 soldados angolanos encontram a morte.”

Alertando que “a situação em Cabinda agrava-se cada vez mais e a população civil vai sofrer uma verdadeira catástrofe”, a FLEC diz que “o governo de Angola continua a manipular e enganar a opinião internacional com uma propaganda enganosa sobre a paz e a cessação das hostilidades em Cabinda.”

“Luanda continua a estender um número crescente do efectivo militar por toda a parte, todas regiões e sobretudo no centro e o norte de Cabinda, nomeadamente: Buco-Zau, Miconje, Inhuca, Dinge e Necuto, Belize, Luadi e Ncutu onde há uma grande e forte concentração dos soldados angolanos. As aldeias são destruídas completamente, o exército angolano multiplica os massacres e as detenções arbitrárias de pessoas inocentes”, acusa a FLEC.

Neste contexto político e militar, “a direcção da FLEC/FAC teme uma guerra generalizada em Cabinda que poderá abraçar a sub região. Alertamos a comunidade internacional, em especial os Estados Unidos da América, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Portugal no sentido de envidar todos os esforços a fim de fazer pressão junto do governo angolano a aceitar sentar-se em redor de uma mesa com os principais responsáveis cabindeses da FLEC para negociar pacificamente a paz definitiva pra território de Cabinda”, conclui a FLEC/FAC.

Folha 8

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