A
fundação norte-americana Judicial Watch anunciou, dia 25 de maio, a
liberação de documentos do Departamento de Justiça dos Estados Unidos que comprovam
a persistência do amplo tráfico de armas do regime de Barack Obama que acabam
nas mãos de carteis de narcotraficantes do México a fim de serem capturadas, e
retornarem aos Estados Unidos.
Edu
Montesanti*
O
comércio ilegal de armas praticado pelo regime norte-americano se dá através
doprograma denominado Operação Rápido e Furioso o qual, até
março de 2011, era secreto quando, então, entrou WikiLeaks mais uma
vez em cena para desespero do Império mais terrorista da história, eterno
paradigma das alas reacionárias internacionais.
Os
documentos obtidos por Judicial Watch em 17 de março de 2016,
requeridos junto àAgência de Controle de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e
Explosivos (ATF, em sua sigla em inglês) através da Lei de Acesso à
Informação, revelam que entre dezembro de 2012 e março de 2016, um total
de 94 armas de fogo da Operação Rápido e Furiosoforam recuperadas na
Cidade do México, e 12 em diversos estados mexicanos. Determinados relatórios
mexicanos apontam que tais armas, 82 metralhadoras e 12 pistolas tiveram
ligação a 69 mortes. 20 dessas armas, segundo os documentos, estão
envolvidas em vários assassinatos em massa no México.
De
acordo com Judicial Watch, "as armas traficadas por Rápido e
Furioso estão envolvidas no assassinato do funcionário da fronteira dos
Estados Unidos (Border Patrol) Brian Terry e de centenas de outros inocentes no
México. Relatórios anteriores ligam as armas da Operação de Obama a pelo menos
200 mortes apenas no México".
'WikiLeaks',
Silêncio Conivente da Grande Mídia e Sustentação do Império Moribundo
No
final de março de 2011, WikiLeaks já havia liberado ao
jornal mexicano La Jornada telegramas da "Embaixada"
norte-americana no México, revelando a Operação ilegal, e a hipocrisia dos
oficiais norte-americanos que além de se omitir em relação ao contrabando de
armas por parte do governo dos Estados Unidos ao território mexicano, acabavam
culpando aos homólogos do país vizinho por uma suposta desordem e incompetência
(como, aliás, sempre fazem os norte-americanos e seus lacaios das elites
internacionais: culpar aos latino-americanos pelo que alegam se tratar de
excesso de corrupção, de incompetência e até de "burrice"). Este
cabo é uma evidência da retórica assassina dos Estados Unidos.
Pois
excessiva "esperteza" é algo indiscutível entre os tomadores de
decisão em Washington: os cabos emitidos pela "Missão Diplomática"
dos Estados Unidos no México, liberados por WikiLeaks, revelam
que oficiais mexicanos haviam reclamado, reiteradas vezes junto aos
norte-americanos, que supostas medidas de Washington para controlar o tráfico
de armas eram insuficientes. Após alguns anos, ainda no governo de Felipe Calderón,
desistiram das advertências: eram completamente ignorados.
O
que não é nenhuma surpresa, nada disso virou, jamais, notícia digna sequer de
nota de pé de página na jornalada internacional. Pois os Estados
Unidos, fato cada vez mais evidente na era da informação global em tempo real,
bastante ajudado por WikiLeaks e Edward Snowden que a grande mídia
insiste em fazer de conta que não existem, são os grandes fomentadores da
violência internacional a fim de enfraquecer Estados nacionais e expandir
seu domínio global.
A
sobrevivência do agonizante Império tem se dado através da indústria
armamentista, inundando o globo de armas seja pegando o bonde das criminosas
guerras arranjadas por Tio Sam, seja no tráfico ilegal de armas, e também
através do próprio narcotráfico traçado pela CIA, outra extraordinária fonte de
recursos financeiros à moribunda economia norte-americana, e instrumento de
sustentação das organizações terroristas criadas, financiadas e treinadas por
Washington.
*Pravda.ru
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