Não
é nada, responde a oposição
O
governo classifica de “extremamente preocupante" a situação financeira de
Cabo Verde. A posição foi defendida, hoje, no Parlamento, pelo ministro do
assunto parlamentares no período antes da ordem do dia. Fernando Elísio Freire
justifica a posição do executivo governamental com as dividas encontradas e que
segundo disse não eram de conhecimento público.
Ao
exemplificar, o governante apontou que o Estado de Cabo Verde tem uma dívida de
15 mil milhões de escudos, nunca orçamentados, a particulares, empresas e
outras instituições. 300 mil contos de dívidas da TACV, que tem de assumir
mensalmente, e 2 milhões de contos aos empreiteiros do programa Casas para
Todos.
Por
isso, de acordo com Fernando Elísio Freire, a avaliação económica do país é a
de um país de elevado risco.
“Risco
orçamental, risco da dívida pública e risco de incumprimento. É esta a
realidade, porque estão neste momento muitas contas por saldar que estavam
debaixo do tapete e que estão agora a ser conhecidas”, frisou o ministro dos
Assuntos Parlamentares.
Em
sentido contrario, a líder da bancada parlamentar do PAICV, Janira Hopffer
Almada, entende que há uma falta de sintonia entre o ministro das Finanças e os
relatórios recentemente divulgados.
“Ontem
divulgaram as contas trimestrais que deram conta que o país melhorou 5,8 por
cento no crescimento. Também o país teve conhecimento que Cabo Verde foi
considerado como o segundo melhor, em África, no índice de governação do Banco
Mundial. Portanto, aqui alguma coisa não está bem, porque o ministro das
Finanças diz uma coisa e as instituições dizem outra”, apontou a deputada do
PAICV.
Os
trabalhos na Assembleia Nacional prosseguem esta tarde com o debate da proposta
de lei do governo para revogar a lei que estabelece a realização de concursos
admissão na administração pública e criação da agência de recrutamento de
recursos humanos.
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