Mário Motta, Lisboa
SAÍDA
DO EURO
O
PCP aprovou ontem na reunião do Comité Central a existência de um
aprofundamento da crise estrutural do capitalismo e a recuperação da soberania
monetária de Portugal. A saída do Euro está ao rubro na discussão.
Jerónimo
de Sousa esclareceu que "Abre-se agora uma terceira fase de preparação do
congresso [entre 2 e 4 de dezembro em Almada], em que os militantes são
chamados a pronunciar-se sobre o texto e a eleger os delegados ao
congresso". Pode ler na TSF.
Ficamos
à espera. É certo e sabido que Portugal no Euro só está para perder e sem a mínima
possibilidade de inverter a situação. O Euro serve a Alemanha e países mais
fortes (grosso modo) à custa da dependência e controlos castradores da economia
dos outros países, os mais fracos – na Europa de Leste e nos países do sul. Urge
que Portugal possua moeda própria, o Escudo.
É
FARTAR VILANAGEM
Em
título, também na TSF, pode ficar a saber que, segundo o PS: "É
possível que as nossas previsões não se venham a confirmar". E mais: “Carlos
César acredita, no entanto, que o "ritmo de crescimento da economia vai
aumentar".O líder parlamentar socialista elogia Marcelo e desafia o PSD a
garantir votos para que haja presidente do CES.”
Sabemos
que a chamada “geringonça” vai andando devagar, devagarinho e parada. As
dificuldades para as populações mais carenciadas continuam gritantes. As parcas migalhas que
foram distribuídas não chegam para superar a ínfima parte dos “cortes”
impostos pelo governo neoliberal-fascista de Passos, Portas e Cavaco.
César
admite que nem todas as previsões se venham a confirmar, o que significa que os
mais carenciados, os mais fragilizados podem esperar nada ou, talvez, mais
algumas migalhas. O regabofe dos ricos cada vez mais ricos e os pobres (miseráveis)
cada vez mais pobres (miseráveis) vai prosseguir. Costa, o seu governo, está a
fazer que anda mas não anda. Enquanto os partidos de esquerda que o apoiam
parlamentarmente vão ficando pacientemente à espera e na esperança que a “maquina” avance e a
justiça social e as outras justiças inerentes ao Estado de Direito passem a ser uma realidade. A chantagem e os
pauzinhos na engrenagem dispostos pela UE, pelo PSD e pelo CDS, pela globalização, são flagrantes… E Costa não dá o devido murro na mesa. Assim não vamos lá. Andamos a serrar presunto e pouco mais.
Para
complicar (e muito) as medidas que seriam melhores para a maioria dos
portugueses existe um exército muito ativo de jornalistas e fabricantes de
opinião que são uma imensa mole de vendidos a umas quantas vantagens e avenças
que lhes são proporcionadas pelos grandes grupos do capital. A manipulação e a
intoxicação são o pão nosso de cada dia, a alienação é usada pelos portugueses
(por imensos europeus) como bóia de salvação para sobreviverem neste caos
imposto pelo neoliberalismo-fascista, sustentado, em Portugal, por Passos e
quejandos da espécie dos vende-pátrias em prol da exploração dos povos e da
instalação da miséria.
Até
por isso a saída do Euro é imperiosa. A saída é certa. Mas quando? Quanto mais
depressa melhor, com conta peso e medida.
Também
é certo e sabido que um dia a revolta dos europeus ocorrerá. Provavelmente irão
entregar-se nos braços do populismo, do fascismo. Isso não é o que interessa
aos portugueses. Para os que esbulham os povos a máxima é “enquanto o pau vai e
vem folgam as costas” e isso reflete-se no aumento das suas fortunas
depositadas em odres a transbordar com o produto dos roubos e desumanidades.
Nada
mais certo: É fartar vilanagem!
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