quinta-feira, 3 de março de 2016

Portugal. É FARTAR MARIA LUÍS VILANAGEM ALBUQUERQUE!



Sem grandes comentários, sobre essa Maria Luís... Basta acrescentar o que já todos sabem: depois “eles” admiram-se de os considerarmos uma sacanagem de primeira água (podre) e que clamemos “É fartar vilanagem!” – neste caso Maria Luís Albuqerque. A promiscuidade desta cambada com o grande capital é de bradar aos canhões, marchar, marchar. Amanhã há mais.

Redação PG

Maria Luís vai trabalhar para empresa que comprou créditos ao Banif

Ex-ministra das Finanças foi contratada pela Arrow Global Limited, empresa que comprou ao Banif créditos de carteiras de Portugal e Espanha em junho e setembro de 2014. Bloco de Esquerda questiona a contratação.

Maria Luís Albuquerque, atualmente deputada do PSD, vai desempenhar funções de diretora não executiva e fará parte do comité de auditoria e risco da Arrow Global, empresa que se dedica à gestão e recuperação de dívidas e que comprou em 2014 carteiras de crédito ao Banif.

No relatório de gestão e contas de 2014, o Banif dizia que em 30 de junho e 30 de setembro desse ano "foram assinados os contratos de compra e venda de créditos compostos pelas carteiras de Portugal e Espanha à Arrow Global Limited e à Arrow Global Luna Limited, respetivamente".

A Arrow Global é uma empresa que se dedica à compra e gestão de dívida, sedeada em Londres. Maria Luís Albuquerque inicia funções na próxima segunda-feira. Não foi ainda possível obter um comentário da ex-ministra das Finanças do Governo de Pedro Passos Coelho. Mas no site da Arrow Global, a nomeação é comentada pelo presidente do conselho de administração da empresa, que destaca a grande experiência de Maria Luís em cargos públicos.

Em Portugal, a Arrow Global comprou, em abril do ano passado, a empresa de gestão de créditos Whitestar e a empresa de serviços de tratamento e aquisição de dívidas Gesphone, pelas quais pagou 56 milhões de euros. No final do ano passado, o grupo britânico tinha 6,8 mil milhões de euros de ativos sob gestão em Portugal.

O Bloco de Esquerda, através de Catarina Martins e Mariana Mortágua, já reagiram à contratação nas redes sociais. Ironizando, remetem a questão para a comissão de inquérito ao Banif: "Maria Luís Albuquerque acaba de ser contratada como diretora pelo grupo Arrow Global, que compra e gere carteiras de dívida de países europeus. Um grupo que teve lucros recorde em 2015, graças a negócios em Portugal e na Holanda. Comprou duas empresas do sector em Portugal, a Whitestar e a Gesphone, que sabemos estarem envolvidas na compra de ativos do Banif".

Anabela Campos – Pedro Lima – Expresso

Esquerda exige esclarecimentos sobre o novo emprego de Maria Luís, Passos em silêncio

Maria Luís Albuquerque foi nomeada administradora não executiva de uma empresa britânica de gestão de dívida que comprou créditos do Banif. A notícia da contratação gerou de imediato uma forte polémica - a esquerda diz que é “inaceitável” e “embaraçoso”. Ex-ministra diz que não há nenhum impedimento legal e acusa os críticos de estarem a fazer aproveitamento político. Passos já foi confrontado com o caso.


GOVERNO NÃO IMPEDE MOÇAMBICANOS DE SEREM INUNDADOS E MORREREM À FOME



Governo no Parlamento fala aos esfomeados mas não diz como evitar que sejam inundados e morram à fome

O Governo, encabeçado pelo Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, esteve no Parlamento, na quarta-feira (02), para mais uma sessão de perguntas em torno da seca, cheias e da crise política entre si e a Renamo. Ouviu-se mais explicações paliativas e sobre as suas acções efémeras, mas não ficou claro de que forma os moçambicanos deixarão de depender ciclicamente da chuva para comer, nem como atenuar/ultrapassar os crónicos efeitos nefastos em cada época chuvosa e tão-pouco esclareceu para que precipício se pretende arrastar o país com a guerra.

As respostas às questões colocadas pelas três bancadas, com a Frelimo a mostrar a sua serventia de costume, foram como "virar o disco" e tocá-lo novamente, pois, pese embora tenha-se desdobrado em explicações, os problemas de fundo ainda persistem sem resposta e não há novidade em tudo o que se disse, pois há décadas que a seca e fome flagelam os moçambicanos. Na verdade, foi mais uma sessão de dirigentes com as barrigas cheias a falarem para o povo sem no entanto dizê-lo como irá tirá-lo da miséria a que está sujeita, em parte pela força da natureza e, também, por incompetência do próprio Executivo, que volta esta quinta-feira (03) à Casa do Povo para as perguntas de insistência.

Moçambique e demais países da África Austral e Oriental são assolados pela seca desde o segundo semestre do ano passado. E segundo Carlos Agostinho, em "caso da prevalência da escassez de chuva até ao final da presente época chuvosa [Março corrente], em que não se venha a registar nenhuma colheita, prevê-se um cenário de insegurança alimentar severa, afetando 1.785.132 pessoas".

"Em caso de ocorrência de um cenário de insegurança alimentar severo, em que o número previsto de pessoas atinja 1.785.132 pessoas, o Governo, sob proposta do Conselho Técnico de Gestão de Calamidades", no qual os "parceiros internacionais têm assento, avaliará e decidirá sobre o tipo de intervenção ou alerta a adotar", disse o governante.

Contudo, estas previsões do Executivo por mais realísticas que sejam não afastam, de forma alguma, a sua incapacidade em relação à adopção de políticas claras no sentido de garantir alimentos para o povo. Há gente pelo vasto Moçambique que não sabe o que é uma refeição por dia.

Aliás, há anos que os mapeamentos do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional sugerem que alguns distritos da província de Maputo, que hoje é considerada uma das mais afectadas pela estiagem e fome, não dispõem de reservas alimentares. O mesmo cenário verifica-se em Gaza, onde as populações de distritos como Chigubo, Chucualacuala e Guijá encontram-se em constante sobrevivência.

Por sua vez, ao contrário do que tem sido nos anos anteriores, as autoridades meteorológicas antevêem que a queda de chuva "será abaixo do normal e as temperaturas altas irão prevalecer" até ao fim da campanha agrícola 2015/2016. Diante desta situação, o Governo, que refere ter desembolsado 580 milhões de meticais para a monitoria, assistência humanitária, busca e salvamento e pré-posicionamento de meios, espera que se, milagrosamente, a chuva cair até ao fim deste Março haja "alguma colheita" e a insegurança alimentar será moderada, com 396.855 pessoas afectadas.

O que o Executivo tem vindo a propalar de lés a lés em torno da seca e fome não constitui novidade para um país como nosso, onde apesar de a agricultura ser constitucionalmente considerada "a base do desenvolvimento", não alimenta o povo.

Já em 2012, um Relatório de Monitoria da Situação de Segurança Alimentar e Nutricional (RMSSAN), do Ministério da Agricultura, apontava que os distritos mais críticos em termos de insegurança alimentar são Magude, Moamba, Namaacha e Boane (Maputo), Chigubo e Chicualacula (Gaza), Funhalouro, Panda e Mabote (Inhambane), Búzi, Machanga, Muanza, Nhamatanda, Chemba, e Gorongosa (Sofala) e Mutarara, Changara, Cahora Bassa, Chiúta, Moatize e Magoe (Tete). Em suma, em todo o país havia na altura 255.300 estão em situação de insegurança alimentar. Este número tem vindo a aumentar, o que atesta que as acções do Governo não surtem efeitos desejados.

De acordo com aquele documento, os baixos níveis da resiliência dos agregados familiares, devido à pobreza causada por vários factores, tais como a imprevisibilidade dos rendimentos e o esgotamento das reservas alimentares e de outros bens produtivos (...) e seca, provocaram baixos níveis de poder de compra o que limita o acesso económico aos alimentos, especialmente provenientes de mercados.

Para o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), "a situação calamitosa em que se encontra parte das populações das três regiões do país, devido à seca e às cheias, é causada pelo falhanço de 40 anos" de governação da Frelimo, disse Armando Artur, deputado desta formação política.

Não há soluções para acabar com a guerra

Relativamente à tensão político-militar, Carlos Agostinho também não disse nada de revolvo, pelo contrário, deixou um sinal de que mais inocentes continuarão a morrer e mais bens serão destruídos por conta da falta de um entendimento entre as partes em braço-de-ferro. Ele acusou a "Perdiz" de recorrer às armas para chantagear o Estado e a população.

"A posse de armas pela Renamo para chantagear o Estado e a população e forçar a ascensão ao poder por via da força é contrária à convivência democrática num Estado como o nosso. Não faz sentido que a Renamo, volvidos mais de 20 anos, período durante o qual o país já realizou cinco eleições gerais, venha hoje sustentar a legalidade e legitimidade da posse de armas de fogo, com base no Acordo Geral de Paz".

Para a Renamo, "com a sua arrogância e prepotência, a Frelimo destruiu as bases com que o país vinha construindo a sua democracia até à actual situação de crise, com consequências nefastas para a economia do país", afirmou o deputado André Majibire.

Emídio Sambo - @Verdade

International Crisis Group coloca Moçambique em "alerta de risco de conflito"


Províncias onde a RENAMO ganhou nas eleições de outubro de 2014 e quer governar a partir deste mês de março

Organização International Crisis Group colocou Moçambique na lista de países ou regiões em "alerta de risco de conflito", após a situação política e militar se ter agravado em fevereiro com registo de vários incidentes.

A organização International Crisis Group colocou Moçambique na lista de países ou regiões em "alerta de risco de conflito", após a situação política e militar se ter agravado em fevereiro com registo de vários incidentes.

Segundo o relatório mensal da International Crisis Group (ICG), com sede em Bruxelas, Moçambique figura ao lado do Afeganistão, Chade, Somália, Turquia, Venezuela e Zimbabué, bem como a região da península da Coreia.

Para a ICG, os acontecimentos ao longo de fevereiro "justificaram" o agravamento da situação, que começou logo no início do mês, quando a Renamo, oposição, rejeitou conversações com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

As razões da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), partido que reclama vitória em seis províncias do centro e norte do país nas eleições de 2015, prendem-se com a ausência de garantias de segurança para o respetivo líder, Afonso Dhlakama.

A 8 desse mês, sustenta o ICG, a RENAMO bloqueou estradas na província de Sofala (litoral/centro), tendo atacado alguns veículos civis, provocando vários mortos e feridos, o que levou as forças de segurança moçambicanas a retomar as escoltas armadas ao longo de um troço de cerca de 100 quilómetros da Estrada Nacional 1, na mesma região.

A organização não-governamental, que promove a prevenção e a resolução de conflitos letais, adianta também que elementos afetos à RENAMO abateram a tiro Manecas da Silva, juiz e secretário da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder) em Sofala.

Refugiados moçambicanos no vizinho Malawi

Por outro lado, a organização International Crisis Group destaca ainda as operações militares para desarmar "militantes" da RENAMO na província de Tete, que provocaram um êxodo de refugiados para o vizinho Malawi, estimados em cerca de 6.000, com a existência de vários pedidos para investigar queixas de alegadas execuções e abusos sexuais por parte das forças de segurança.

As análises mensais da ICG têm por base as alterações políticas e/ou militares internas de cada país, não havendo a intenção de fazer comparações com outros Estados.

O "alerta de risco de conflito" é atribuído a um país onde a violência tem ocorrido e que se espera que continue no mês seguinte. O indicador é definido apenas quando se regista e receia uma nova ou uma significativa escalada de violência.

ICG existe desde 1995

A ONG International Crisis Group foi fundada em 1995 por um coletivo de personalidades que lamenta o fracasso da comunidade internacional em antecipar e responder eficazmente às tragédias ocorridas no início da década de 1990 na Somália, Ruanda e Bósnia.

Entre os fundadores contam-se Morton Abramowitz, antigo embaixador dos Estados Unidos na Turquia e Tailândia e, depois, presidente da instituição Legado de Carnegie para a Paz Internacional, e Mark Malloch-Brown, antigo presidente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e, mais tarde, secretário-geral adjunto da ONU e ministro no Reino Unido.

Segundo os fundadores, a ideia foi criar uma nova organização com funcionários altamente profissionais, "agindo como olhos e ouvidos do mundo", para analisar e prevenir conflitos e com poder internacional suficiente para conseguir mobilizar a comunidade internacional nos diferentes processos.

Atualmente, a International Crisis Group é reconhecida como líder mundial de fontes de informação e análises, bem como conselheira de políticas de prevenção e resolução de conflitos letais.

Lusa, em Deutsche Welle

Angola e Moçambique. PILHAGEM DOS BENS DO ESTADO



A Fundação Bertelsmann coloca o governo angolano nas últimas posições entre os 129 países analisados, devido à repressão e à deterioração económica. Conflitos entre Renamo e a Frelimo e desigualdades rebaixam Moçambique.

As avaliações de Angola e Moçambique pioraram no Índice de Transformação Política e Económica da fundação alemã Bertelsmann, que avalia 129 países em desenvolvimento, revela a Deutsche Welle num trabalho de Karina Gomes.

Prisões arbitrárias, torturas e perseguições, aliadas à má governação, arrasam a nota de Angola, levando a que a governação de José Eduardo dos Santos (no poder deste 1979 sem nunca ter sido nominalmente eleito) tenha caído da posição 97, em 2014, para a 102.

A falta de diversificação económica, com foco apenas no petróleo, e a perpetuação do apropriadamente chamado “Sistema dos Santos” no poder impulsionaram o desastre.

“Podemos constatar não só uma perpetuação do sistema que já estava em vigor, mas sobretudo, nos últimos dois anos, ainda uma aceleração da pilhagem dos bens do Estado pelos dirigentes do regime”, explica o antropólogo suíço Jon Schubert, um dos autores do estudo.

“A repressão é violentíssima”

Para o investigador da Universidade de Leipzig, na Alemanha, isso está ligado directamente à fraqueza económica actual do regime: “Com os rendimentos em baixa e a contestação dentro da classe média e do próprio regime, que estão a crescer, temos constatado uma repressão violentíssima, como não vimos desde o fim da guerra.”

Segundo o relatório, o governo de Angola usa o aparelho do Estado para obter lucros pessoais em vez de beneficiar a população. Uma transição política nas eleições gerais de 2017 é urgente, de acordo com a Fundação Bertelsmann. Para Schubert, a mudança deve ser dirigida pelo MPLA, o partido no poder desde 1975.

“Acredito que dentro do partido existam ‘forças vivas’ que percebem que esse sistema de nepotismo é ruinoso ao país, aos próprios interesses económicos da elite e, sobretudo, à estabilidade social”, afirma.

Para o especialista, é de se esperar que haja forças dentro do MPLA que consigam um diálogo com a oposição, os activistas e a sociedade civil para gerir uma transição mais aberta, que não permita ao país entrar “nesse jogo de sucessão dinástica de instalar um dos filhos do Presidente como o próximo Presidente”.

Desigualdades e conflitos em Moçambique

Já Moçambique perdeu quatro postos, ficando na posição 74 no ranking. O relatório aponta que o crescimento económico gerado pela exploração de recursos naturais não reduz a pobreza, pelo contrário, acentua as desigualdades. O desafio do presidente Filipe Nyusi é duplo: gerir as receitas dos recursos naturais de maneira harmoniosa e resolver os conflitos com a Renamo.

“Ele depende de apoio dentro da Frelimo, que é bastante dividido sobre essa questão, para decidir o rumo que o país deve seguir relativamente aos recursos naturais e às receitas. Acho que havia de encontrar um compromisso com a ajuda de mediadores externos”, opina Schubert.

O documento da Fundação Bertelsmann também diz que Nyusi deve aumentar a transparência para evitar a evasão de investidores e continuar a atrair doadores internacionais, que estão a perder a paciência. Há, no entanto, um fio de esperança.

“Como houve uma renovação e agora há uma nova geração dentro da Frelimo isso talvez pode abrir novas portas e impulsionar novas soluções para esses desafios”, analisa o investigador.

O Índice Bertelsmann 2016 cobre o período entre Fevereiro de 2013 e Janeiro de 2015. O estudo constatou um retrocesso na democracia e economia na maioria dos países avaliados, além de um aumento da influência da religião sobre instituições estatais.

Dos 129 países analisados, apenas a seis foi atribuída a boa qualidade de governação. Entre eles, estão Taiwan, em primeiro lugar, Chechénia, Uruguai e Polónia. Já a Síria, Eritreia e Somália são os últimos no ranking.

Folha 8

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Angola. MANUEL VICENTE NEGA PAGAMENTO A PROCURADOR PORTUGUÊS



O vice-presidente angolano, Manuel Vicente, diz-se "completamente alheio à contratação" de Orlando Figueira e a "qualquer pagamento" de que o magistrado terá beneficiado. E está disponível para ajudar na investigação.

Cerca de duas semanas depois de ter vindo a público o seu suposto envolvimento em factos relacionados com a investigação da "Operação Fizz", conduzida pelas autoridades judiciárias portuguesas e que levou à detenção e prisão preventiva do antigo procurador Orlando Figueira, o antigo presidente da petrolífera estatal angolana Sonangol reagiu às notícias.

"Sou completamente alheio, nomeadamente, à contratação de um magistrado do Ministério Público português para funções no sector privado, bem como a qualquer pagamento de que se diz ter beneficiado, conforme relatos da comunicação social, alegadamente por uma sociedade com a qual eu não tinha nenhuma espécie de relação, e que não era nem nunca foi subsidiária da Sonangol", afirma Manuel Vicente, em comunicado divulgado quarta-feira (02.03) pela agência de notícias Lusa.

Sublinhando que o seu envolvimento na investigação "não tem, pois, qualquer fundamento", alega que as notícias "não correspondem à verdade" e "atentam gravemente" contra o seu bom nome, honra, imagem e reputação".

O atual vice-presidente de Angola diz também estar "totalmente disponível para o esclarecimento dos factos", de modo a "pôr termo a qualquer tipo de suspeições".

"Simples averiguação"

Orlando Figueira foi responsável, entre outros, pelos processos "BES Angola" e pelo "Caso Banif", relacionado com capitais angolanos, tendo arquivado este último. O magistrado terá recebido 200 mil euros, em janeiro de 2012, no dia em que arquivou um inquérito-crime sobre Manuel Vicente, entre outros arguidos.

Outro dos arguidos é o advogado Paulo Amaral Blanco, que representou Manuel Vicente na compra de um apartamento no edifício Estoril Sol, em Cascais, nos arredores da capital portuguesa, Lisboa, em 2012, e cujo escritório foi alvo de buscas.

Relativamente ao processo arquivado pelo ex-procurador, Manuel Vicente afirma que se tratou de uma "simples averiguação de origem de fundos", relativos à compra de um imóvel. "Confiei a minha representação a um advogado, o qual apresentou comprovação cabal da origem lícita dos fundos, com o que o processo não poderia deixar de ter sido arquivado". Comprovação que, se necessário, "poderá ser renovada", acrescenta.

O Conselho Superior do Ministério Público decidiu, entretanto, instaurar um inquérito para apurar se há factos que determinem a abertura de um processo disciplinar a Orlando Figueira, por proposta da procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal.

Lusa, em Deutsche Welle

MANUEL VICENTE EXCLUÍDO DA SUCESSÃO PRESIDENCIAL EM ANGOLA?



O jornalista Alexandre Neto duvida que a investigação ao vice-presidente angolano por alegada corrupção de um procurador português tenha abalado a presidência. E questiona se Vicente alguma vez terá sido o preferido.

O presidente do Instituto de Comunicação Social de África Austral em Angola (MISA-Angola), Alexandre Neto Solombe, relativiza a notícia avançada pelo semanário português Expresso, que escreveu que o caso em Portugal poderia afastar definitivamente o vice-presidente angolano da corrida à sucessão do Presidente José Eduardo dos Santos.

O ex-procurador português Orlando Figueira, que está neste momento em prisão preventiva, terá recebido 200 mil euros, em janeiro de 2012, no dia em que arquivou um inquérito-crime sobre Manuel Vicente, entre outros arguidos. Outro dos arguidos é o advogado Paulo Amaral Blanco, que representou Manuel Vicente na compra de um apartamento no edifício Estoril Sol, em 2012, e cujo escritório foi alvo de buscas.

O semanário português diz que as críticas suscitadas pelo caso teriam agastado José Eduardo dos Santos, que terá pedido uma investigação aos negócios de Manuel Vicente relativos ao tempo em que liderou os destinos da Sonangol, a petrolífera estatal angolana. Alexandre Solombe afirma que a informação avançada pela publicação é algo inédito. Porém, não acredita que o regime angolano tenha ficado abalado com a notícia.

"Fazendo parte de uma hierarquia de direção política do país, e nas condições em que Angola se encontra presentemente, completamente embebida num manto de corrupção, tenho dúvidas que acontecimentos como este abalem a presidência da República", declarou à DW África, sublinhando que a imagem que existe de Angola é uma "imagem de corrupção generalizada que o país está a viver".

Proteger imagem de JES

Para o presidente do MISA-Angola, a informação de que o Presidente terá pedido uma investigação contra Manuel Vicente faz parte de uma táctica dos serviços secretos de Angola para desviar as atenções e, desta forma, proteger a imagem de José Eduardo dos Santos de mais um escândalo envolvendo um dos seus braços direitos.

"Pode fazer parte da estratégia passar a informação de que o Presidente da República esteve alheio a este acontecimento e, como tal, está efetivamente abalado", explica."Os serviços secretos muitas vezes funcionam com este propósito: procurar imacular a imagem do Presidente da República".

Alexandre Solombe alega qualquer investigação a Manuel Vicente não deve deixar de fora Isabel dos Santos e outras figuras do círculo presidencial. "Seria a primeira figura de proa a cair nas malhas da investigação e desde logo orientadas pelo Presidente da República", afirma.

O jornalista lembra que o próprio Presidente declarou tolerância zero à corrupção, mas "não fez nada" até ao momento. "Angola é um país embebido em grandes escândalos, com o envolvimento da própria filha [Isabel dos Santos], que não consegue justificar como se enriquece em 12 anos. Não há nada que justifique que a filha do Presidente tenha a riqueza que ostenta", critica.

Quanto à informação avançada pelo semanário português de que a investigação poderá servir de pretexto para afastar definitivamente o vice-presidente angolano do processo de sucessão presidencial, o presidente do MISA-Angola questiona: "Será que Manuel Vicente alguma vez esteve no plano número um na sucessão do Presidente da República, com todos os movimentos periféricos dos filhos – e da filha em particular?".

Nelson Sul d'Angola (Benguela) – Deutsche Welle

Guiné Equatorial aceita receber peritos da ONU para avaliar direitos humanos



A Guiné Equatorial aceita receber peritos das Nações Unidas para uma avaliação da situação dos direitos humanos no país, anunciou hoje em Genebra o terceiro vice-primeiro-ministro.

Alfonso Nsue Mokuy, responsável pelo setor dos Direitos Humanos e que discursava em Genebra perante o Conselho de Direitos Humanos (CDH), garantiu que os peritos poderão "realizar o seu trabalho de forma independente sem travões, nem riscos de represálias".

A disponibilidade vem na sequência de idêntica disposição feita em 2015 às Nações Unidas para que envie peritos e ajude as autoridades de Malabo a criar um gabinete técnico de apoio ao Governo no domínio dos direitos humanos.

"Acusaram-nos de incumprimentos e estamos a demonstrar a vontade do Governo", disse à agência Lusa.

Segundo Alfonso Nsue Mokuy, dois consultores do Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD) estão atualmente a trabalhar com o Governo, mas o executivo de Malabo pediu a vinda de mais peritos.

A Guiné Equatorial foi admitida na CPLP em julho de 2014, após a entrada em vigor de uma moratória da aplicação da pena morte, mas a falta de segurança na região impede a abolição total da pena capital, salientou.

"Quando a segurança voltar à região, o nosso Governo pode chegar à abolição total da pena de morte", disse à Lusa.

Na sua intervenção no CDH, o dirigente equato-guineense declarou que o seu Governo "melhorou a política e atitude relativamente à liberdade de informação" e destacou que Estado não exerce qualquer censura, nem vigilância nem represálias, contra jornalistas.

Segundo o vice-primeiro ministro, a liberdade de reunião e de expressão estão garantidos, bem como o acesso de todos à Internet.

O atual regime da Guiné Equatorial, liderado há 36 anos por Teodoro Obiang, é acusado por várias organizações da sociedade civil de constantes violações dos direitos humanos e perseguição a políticos da oposição.

A próxima eleição presidencial, em que Obiang será candidato à reeleição, deverá realizar-se em junho próximo.

Diário Digital com Lusa

Portugal. TEODORA, A DELEGADA RESPONSÁVEL PELOS PAPÕES DA DIREITA?



Teodora Cardoso, na foto (garanto que não é de museu), disse hoje aos jornalistas que “Reestruturar dívida só com "política orçamental responsável". Oh lá-lá! O FMI, a Lagarde, ainda há umas semanas disse que Portugal devia ter reestruturado a dívida (no governo de Passos), muitos outros a falar economês dizem o mesmo, e vem a Teodora pôr as cabeças de pessoas suscetíveis a andar à nora e a fazer o frete ao Cavaco e aos Passos, falando de responsabilidade e o que mais vem à trouxa do seu objetivo ou pensamento. 

Ela lá sabe as linhas com que se coze. Mas então por que outros da sua sabedoria em economês dizem que já deviam ter reestruturado a dívida? São todos de esquerda, os safados(as). A Lagarde é de esquerda? Não. Ou será que a Teodora é de direita e defende as suas cores, as cores da seita que nos pôs na miséria e a passar fome? Não se entende. Claro que a economia não é uma ciência exata. Os números são uma coisa lixada. Mas são os portugueses da classe média, da pobreza e da miséria que eles lixam e mais ninguém. Todos os outros safam-se. E ainda mais se pertencerem à seita laranja ou azul, do Passos ou do Portas-Cristas.

É público que há os que estão escamados com a Teodora doutora e dizem cobras e lagartos sem peias. É evidente que certa comunicação social (demasiada) pega no dito da Teodora para erguer os papões que são obra da direita ressabiada e dramatizante.

E então lê-se assim no Facebook, por exemplo: “A Teodora ajuda o pedrocas!! Mesmo trenga....mesmo com um falar que parece bêbeda... ou mal dormida... E os MERDIA obrigatoriamente fazem reportagem e debatem!!! E perguntam a este e aquela… de direita!!! NÃO PERGUNTAM A ALGUÉM DE ESQUERDA!!!! Esses não podem ser tidos nem achados.”

São caldinhos envenenados à la droite, para português temer.

Teodora usa o termo “responsável”. Mais precisamente que a reestruturação só com “política orçamental responsável”. Afinal não é suposto que quem governa seja “responsável”? Ou só governos de direita é que são “responsáveis”?

Será a doutora Teodora Cardoso a delegada responsável pelos papões da direita? Parece.

A Teodora doutora anda à nora que nem moura perdida no deserto para que a direita foi empurrada. Vai daí usa os papões. Ai, que medo!

Redação PG / CT

Reestruturar dívida? Só com "política orçamental responsável"

A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP) alertou hoje para os riscos de uma reestruturação da dívida pública, considerando que tal só é possível se Portugal tiver uma política orçamental responsável.

"Reestruturar a dívida é, evidentemente, não só possível, mas acontecerá se nós tivermos uma política orçamental responsável. O grande risco de falar em reestruturação da dívida é pôr a restruturação da dívida como forma e razão para resolver o problema do Orçamento", afirmou Teodora Cardoso aos jornalistas.

A presidente do CFP, que foi ouvida esta manhã no parlamento no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), não afastou um cenário de reestruturação da dívida no quadro de melhores condições de financiamento, mas rejeitou um segundo cenário, de "repúdio da dívida".

"Se estamos a falar de melhores condições de financiamento, juros mais baixos, prazos mais alargados, menor suscetibilidade às flutuações de mercado, isso é a reestruturação da dívida que advém de uma política que gere credibilidade. Pode acontecer nalguns casos, e nalguns casos já foi feito", disse.

Mas algo completamente diferente é "o repúdio da dívida", ou seja, "não queremos pagar a dívida e vamos querer negociar com os credores que só queremos pagar uma parte da dívida ou que queremos um corte de juros de um determinado montante. Isso aí, a ser feito sem haver uma política por trás que convença os credores de que estamos a corrigir as coisas, em vez de resolver os problemas, agrava-os".

Quanto ao segundo cenário, a responsável comentou: "Não estou a ver que seja credível, é melhor não chegarmos lá".

"Irmos dizer que queremos renegociar porque não queremos ou não podemos pagar juros significa que queremos utilizar o montante que pagamos em juros para financiar outras despesas sem alterar o resto, isto não é credível para os mercados e dá mau resultado", avisou.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal. VAGA DE EMIGRAÇÃO PORTUGUESA TEVE “EFEITOS DEVASTADORES”



O ministro dos Negócios Estrangeiros condenou hoje no parlamento a atitude do anterior Governo perante os emigrantes, que acusou de quase os empurrar "para fora do país", afirmando que tenta "contrariar os efeitos devastadores" deste discurso.

"O grande mal que se fez à emigração nos últimos anos foi o efeito de discurso, foi a atitude que se teve. A ideia de que era possível partir os portugueses em duas categorias, entre os que tinham medo e ficavam, e aqueles que se aventuravam e saíam da zona de conforto ou lá como se dizia", disse Augusto Santos Silva no parlamento, durante o debate na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2016.

"Em certos aspetos foi próximo de qualquer coisa como empurrá-los para fora", considerou, em resposta a deputados do PCP e Bloco de Esquerda, que condenaram as políticas do anterior Governo.

O executivo PSD/CDS-PP passou a ideia de que "o país não era uma pátria e que as pessoas tinham de encontrar outras pátrias", o que "inflige um dano moral e simbólico que é muito mais forte que todos os cortes que se fez, alguns deles todos somos capazes de compreender", disse Santos Silva.

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que nas suas deslocações externas, bem como nas dos seus secretários de Estado, há sempre um "momento de contacto com as comunidades", que devem estar no centro da política externa portuguesa.

"Mais do que emigrantes, são portugueses espalhados por esse mundo, em mobilidade, pelas mais diversas razões, mas todos eles fazem Portugal. Estou a tentar contrariar os efeitos que me pareceram devastadores de um discurso que nos chegou a dividir em dois", declarou.

Na sua intervenção inicial sobre a proposta de Orçamento para 2016 - no total de 374,4 milhões de euros, menos seis milhões que no ano passado -, o governante pediu a compreensão dos deputados para a necessidade de realizar um "pequeno aumento com despesas de pessoal", na ordem dos três milhões de euros.

O ministro justificou esta necessidade com a existência de "casos dramáticos" no funcionamento da rede consular e diplomática, em que "a sangria de pessoal foi enorme".

A este propósito, o deputado socialista Paulo Pisco saudou "o virar da página da austeridade" e lembrou que, nos últimos anos, saíram perto de mil efetivos do ministério dos Negócios Estrangeiros, entre os quais cerca de 500 funcionários consulares, 200 professores do ensino de português no estrangeiro e 40 diplomatas.

Quanto ao reforço dos serviços consulares, o governante anunciou, em resposta à deputada comunista Carla Cruz, que "com este Governo, não haverá externalização dos atos consulares", e adiantou que as permanências consulares, iniciadas pelo anterior executivo, serão continuadas.

Questionado pelo deputado Pedro Filipe Soares (Bloco de Esquerda) sobre "a hecatombe" do BES, que "trouxe um problema gravíssimo" para muitos emigrantes, Santos Silva respondeu que "uma das razões que levou o Governo a decidir pela resolução do Banif foi também impedir que emigrantes na Venezuela perdessem, de um momento para o outro, o equivalente pelo menos a 200 milhões de euros em poupanças que confiaram a instituições bancárias em que acreditavam".

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal. COELHO DEPUTADO, CONTESTATÁRIO E SEMINU, FAZ PARAR ASSEMBLEIA



É Coelho Bravo que não usa de hipocrisia para DAR ARES DE PARECER O QUE NÃO É. Ele é assim como o vêem e está tudo dito. É Coelho e uma espinha aguçada na garganta dos hipócritas que enxameiam a política de Portugal. 

Não, não é Passos Coelho – esse é um farsante e disso já não restam dúvidas. É Coelho, deputado pelo PTP na Assembleia Regional da Madeira. José Manuel Coelho, de seu nome.

O homem despiu-se no parlamento madeirense. Fê-lo em protesto. Já vão saber por que motivo agiu daquele modo - na notícia que se segue.

Caso raro. Talvez inédito. Mas aquele Coelho já fez umas quantas. Sai do formulário dos da seita que controla a Madeira… E o povo gosta daquele controlo. Com Jardim ou sem Jardim. Masoquistas? Deus o diga e lhes abra os olhos.

Redação PG / CT

Deputado despe roupa durante plenário da Assembleia da Madeira

Os trabalhos do plenário da Assembleia da Madeira foram hoje suspensos depois de o único deputado do PTP, José Manuel Coelho, se ter despido em plena sessão, em protesto pelo facto de os seus vencimentos estarem penhorados

No final de uma intervenção na qual defendia uma proposta sobre "segurança, recuperação e construção de reservatórios de armazenamento da água de rega", o deputado criticou a "justiça podre na Madeira".

"Estou a ser perseguido pela maioria do PSD", declarou, classificando os juízes e magistrados do Ministério Público (MP) na região de serem o "braço armado" da maioria social-democrata e de "corruptos".

José Manuel Coelho, protestando pelo facto ter o seu vencimento penhorado, acabou por despir a roupa e os sapatos, entregando-os ao presidente do parlamento, José Tranquada Gomes, ficando apenas com 'boxers' e chapéu.

O presidente da ALM suspendeu os trabalhos e instou os deputados a abandonarem a sala do plenário.

José Manuel Coelho recusou inicialmente deixar a sala, mas acabou por se deslocar ao café do parlamento, em 'boxers' e chapéu.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal. GOVERNO DE COSTA DÁ BOFETÃO COM LUVA ROSA A CAVACO SILVA



Soi dizer-se bofetada com luva branca mas o termo hoje ficará mais condicente com luva rosa (PS) e a bofetada, pelo seu simbolismo e mostra democrática. É um verdadeiro bofetão. Quem o levou foi Cavaco Silva, ainda PR por mais cinco dias e pouco, quase seis.

Costa convidou Cavaco a presidir ao Conselho de Ministros. Upa lá-lá! O inquilino desastroso de Belém, mais parecido com um rei nu e infecto, levou o bofetão e amochou, fazendo de conta que não era nada com o Cavaco arrogante, mesquinho, casmurro, ressabiado, saudoso de fazer imperar uma direita à moda salazar-cavaquista, lá foi presidir e arrecadar uma lição de democracia e de saúde relacional entre poderes institucionais. Toma que já levaste. Embrulha e manda para o teu casarão chiquérrimo na Aldeia da Coelha. O tal que tinha enganos e endrominados avulso na questão da sisa e sabe-se lá o que mais. Rabos de palha à Cavaco. Como aquele das aplicações oferecidas pelo amigo vígaro do BPN, Oliveira Costa. E Dias Loureiro? Hem? Quem foi que mandou parar com o processo na justiça? Fica para a história que se há-de saber quase tim-tim por tim-tim.

E agora a notícia do bofetão. Ora aprende que afinal de sã convivência, transparência e democracia nada sabes, ó morcão – como dizem as gentes no saudável norte de Portugal.

Redção PG / CT

Prestes a deixar Presidência, Cavaco preside a Conselho de Ministros

Com alguns minutos de atraso, o Presidente da República chegou hoje ao Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, para presidir à reunião do Conselho de Ministros, um dos últimos atos públicos que terá enquanto chefe de Estado.

Quando o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, saiu do carro para cumprimentar o primeiro-ministro, já todos os ministros de António Costa estavam alinhados a alguns metros de distância.

Um a um, foram cumprimentados pelo chefe de Estado, que depois tirou uma foto com todo o elenco governativo.

Além dos ministros, estão também presentes neste Conselho de Ministros especial a secretária de Estado Adjunta do primeiro-ministro, Mariana Vieira da Silva, o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Miguel Prata Roque, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, e o secretário de Estado das Pescas, José Apolinário.

A seguir à fotografia, ministros e secretários de Estado dirigiram-se para o interior do edifício, deixando Cavaco Silva e António Costa alguns minutos a sós, tempo que aproveitaram para ver o mar e trocar algumas palavras.

Esta é a primeira vez desde que chegou à Presidência da República que Cavaco Silva irá presidir à reunião do Conselho de Ministros, a convite do primeiro-ministro.

O mar, uma das questões mais 'acarinhadas' por Cavaco Silva na Presidência da República, será o tema exclusivo desta reunião, estando prevista a aprovação de alguns diplomas.

No final da reunião, o Presidente da República e o primeiro-ministro farão uma declaração à comunicação social.

De acordo com o artigo 133 da Constituição, faz parte das competências do Presidente da República "presidir ao Conselho de Ministros, quando o primeiro-ministro lho solicitar", sendo esta a primeira vez que tal acontece nos mandatos de Cavaco Silva.

Este será um dos últimos atos públicos de Cavaco Silva, que termina o seu mandato a 09 de março, com a posse do futuro chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.

Lusa, em Notícias ao Minuto

FOI UM AR QUE LHES DEU. É UM AR QUE LHE VAI DAR



Ricardo Marques, que hoje serve o Expresso Curto, anda cheio de ar. Ar p’rá ki, ar p’rá li… e até voa. Com tanto ar lembramos infalivelmente o governo tão à moda do Expresso e do Bilderberg, o governo Cavaco-Passos-Portas. Esse governo da alta finança e dos debulhadores já foi. Feneceu. Foi um ar que lhe deu. Passos e Portas arrancaram para a oposição. Portas disse que coiso e aquilo, ai kisto não dá pica… Bruuum, vou até àquele país da droga-mor snifar outros ares. Lá está: ar, ares.

É um ar que lhe vai dar, Cavaco. “Adeus ó vaitembora. Ainda aí estás a mamar à conta dos que passam fome e dos outros que empobreceram até ao tutano?” Estão tantos a perguntar. Ainda faltam 6 dias para o artista sair porta fora. Tantos! “Vai e não voltes”, dizem milhões.

Cavaco não deixa saudades, deixa é bolor e cheiro a nhanha lá pelo Palácio de Belém. Nestes últimos quatro anos fez daquilo uma chafarica. Mas qual palácio qual o quê! Marcelo, agora em novo (novo é o que estamos para ver) PR vai ter que mandar limpar tudinho e desinfetar a chafarica que passará então a regressar a ser palácio… de Belém, onde trabalhará um Presidente da República (esperamos) e não um tipinho que se perdeu a contribuir para o debulho dos portugueses com a seita da direita da sua perdição. Que amor. Que saudades de voltar a colaborar com a PIDE.

Vai-se a raça mastim da direita ressabiada ao serviço dos da alta-finança e da alta desumanidade. Vai-se o ar comprimido, o ar a fossa. Regressa o ar livre. Ah! Assim até se respira como deve ser. Que alívio.

Adeus. Temos de ir comprar ambientadores. Nestes últimos dias de Cavaco em Belém anda por aí um cheirete. Está podre! Até dizem que vão fechar as escolas das redondezas. Coitadas das crianças, que na presidência do sujeito até iam para a escola sem comer… Não havia! Velhacos!

Até amanhã. Se quiserem. Vão ao ar, do Expresso Curto.

Redação PG / MM

Bom dia, este é o seu Expresso Curto

Ricardo Marques – Expresso

Uma palavra simples

Ar. Não há palavra mais simples. Mas nessa simplicidade cabe um mar de histórias.

Ar pode ser apenas o ar que está por todo o lado, pode ser o ar lá em cima, onde voam os aviões, e pode ser o ar que por vezes nos falta.

Ar é também o símbolo químico do argón - elemento gasoso, inerte e não metálico - descoberto em 1894 pelo físico inglês John William Strutt. Onze anos antes de chegar ao Ar, Strutt, que tem o seu nome em crateras na Lua e em Marte, avançara uma outra ideia, a do voo perpétuo. Inspirado pelos pelicanos, que graças ao modo como aproveitavam o vento conseguiam permanecer no ar sem bater as asas, admitiu a hipótese de o mesmo poder ser feito com um aparelho construído pelo homem. Um avião que nunca aterraria.

Lembrei-me de tudo isto, de Strutt e do Ar e dos pelicanos, por causa de um bocado de metal encontrado há dias numa língua de areia ao largo de Vilanculos, em Moçambique, pelo capitão de um barco contratado por um advogado americano que anda há meses, por conta própria, à procura de um avião que levantou voo e desapareceu no ar. Presumivelmente no mar.

Lembrei-me, também por isso, do primeiro parágrafo de umanotícia que escrevi para o Expresso em Março de 2015.

"Há um ano escreveu-se neste jornal que a história do voo MH370 não tinha meio nem fim. Apenas um início, e era algo como isto: um avião com 239 pessoas a bordo deixou Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim às 00h41 de 8 de março de 2014. Vinte e seis minutos depois, o ACAR (sistema de comunicação que transmite dados sobre a aeronave) foi desligado manualmente e uma voz no cockpit comunicou para terra. "Tudo bem. Boa noite." Passam outros quinze minutos até o sistema que transmite a localização e altitude deixar de emitir. Os radares militares conseguem captar o Boeing 777 às 02h15 e um satélite apanhou-o às 08h11. O silêncio que se seguiu dura até hoje"

Sim, já passaram dois anos desde o último sinal do voo MH370. Foi a 8 de março de 2014. E é aqui que nos falta ar.

Há ainda um longo caminho pela frente: é preciso saber se o tal pedaço de metal pertence ao voo MH370; se for o caso, é preciso perceber como chegou ali; se houver uma explicação, é preciso fazer o caminho de volta; se nada nem ninguém se perder entretanto, é preciso procurar outra vez no fundo do mar. Tudo porque é preciso saber como pode desaparecer um Boeing 777 num planeta tecnologicamente tão avançado como aquele em que vivemos hoje.

Pode ver a entrevista do jornalista da CNN Richard Quest, ele próprio autor de um livro sobre o assunto, a Blaine Alan Gibson, o advogado americano que encontrou a peça.

Este é um assunto que não sairá do ar nos próximos dias.

OUTRAS NOTÍCIAS

Na Régua, o hospital vai fechar porque foi encontrada legionela na água. Os doentes são transferidos hoje.

Voltemos por Moçambique, onde a tensão entre a Frelimo e a Renamo está atingir níveis que parecem de um outro tempo. Tem pouco mais de uma semana esta denúncia da Humans Right Watch, que fala de milhares de pessoas em fuga devido a alegados abusos das Forças Armadas na província de Tete. Haverá mais de seis mil refugiados moçambicanos no Malawi. O deputado José Ribeiro e Castro, do CDS, falou ontem do assunto e a União Europeia também já o fez.

Mudemos de assunto, sem mudar a latitude nem a longitude. A Visão está hoje nas bancas com a história dos Rebelo de Sousa. Na capa, uma fotografia em que Baltazar Rebelo de Sousa, Governador de Moçambique e o homem que assinou a certidão de óbito de Salazar, abraça os três filhos: António, fundador da JSD, Pedro, advogado, e Marcelo, o Presidente da República eleito que toma posse no dia 9.Hoje é lançado o livro "Afectos", uma viagem fotográfica da campanha presidencial. São 180 fotografias e uma história que está resumida aqui.

O ainda Presidente da República, a navegar os últimos dias do mandato, preside hoje à reunião do Conselho de Ministros no Forte de São Julião da Barra. Cavaco Silva foi convidado por António Costa para o encontro, dedicado ao mar.

Já que falamos de Presidentes e de presidenciais, fique a saber que foi a 3 de março de 1931, há precisamente 85 anos, que o Congresso adotou "The Star-Spangled Banner" como hino nacional dos EUA. A letra foi escrita em 1814 e é mais longa do que possamos imaginar – por regra canta-se apenas a primeira parte, que acaba, como as outras três, com o famoso "Oh, say, does that star-spangled banner yet wave/ O'er the land of the free and the home of the brave?".

Na última parte está uma outra frase bem americana, "In God is our trust", e por causa de Donald Trump haverá muita gente por estes dias a rezar para que alguma coisa mude até às presidenciais de novembro. O The New York Times preparou um guia indispensável para os próximos meses e o Ricardo Lourenço, correspondente do Expresso nos EUA, faz aqui o balanço da louca superterça-feira.

A incerteza é como o ar, parece estar por todo o lado. Aqui ao lado, em Espanha, a novela arrasta-se sem fim à vista.Parece que todos estão de acordo quanto à impossibilidade de chegarem a qualquer acordo. Análise no El Pais, no El Mundo e o resumo do debate em cinco pinturas no El Espanol.

É para esperar sentado e até dá tempo de fumar um cigarro, o que nos leva ao fumo que ainda paira sobre o Orçamento do Estado de Portugal.

De Angola chegou ontem um comunicado presidencial sobre um dos incêndios do momento na Justiça portuguesa. Começa assim o artigo do Micael Pereira e do Rui Gustavo: « O vice-presidente de Angola quebrou o silêncio. E escreveu um comunicado enviado à redação do Expresso pelas 19h30. Manuel Vicente começa por negar ter corrompido o ex-procurador Orlando Figueira, que está preso preventivamente. "Sou completamente alheio à contratação de um magistrado do MP português para funções no sector privado", "bem como a qualquer pagamento de que se diz ter beneficiado". »

Fresca é também a declaração de Pedro Santana Lopes, recém-reconduzido no cargo de Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. “Não vislumbro quando será e se alguma vez voltará essa intervenção na vida politica ativa”, afirmou em entrevista à Renascença. A dúvida não é eterna, mas já tem onze anos, desde o congresso do PSD de 2005, em Pombal. Foi o dia da frase mais célebre: "Não me despeço. Não vou estar por aqui, mas vou andar por aí." E anda.

Braga e Porto são as duas equipas no caminho para a final da Taça de Portugal, que se disputa a 22 de maio. Antes, porém, encontram-se este domingo, em jogo da 25.ª jornada da Primeira Liga.

Na véspera, há um Sporting-Benfica e promete ser escaldante. Em menos de três minutos, o Pedro Candeias explica-lhe as contas e os números do derby. Este 2:59 é viciante e é um excelente pontapé de saída....O árbitro será Artur Soares Dias.

Na Nova Zelândia já começou a votação para mudar a bandeira nacional. E, por falar em coisas estranhas, sabe quantos polícias são precisos para avariar o elevador de um hotel e deixá-lo parado entre dois pisos? Dezasseis, como se viu há uns dias em Detroit. Mas ninguém se aleijou.

Estes são os títulos dos jornais de hoje:

Correio da Manhã: "Padrasto suspeito de morte por trocos"

Público: "Cientista portuguesa suspensa de funções por manipulação de dados"

Jornal de Notícias: "Segurança Social volta a ter lista negra de dívidas"

Diário de Notícias: "Inatel promoveu 450 funcionários à pressa"

I: "Tap é a quinta pior companhia do mundo"

FRASES

"Se pensam que me intimidam desenganem-se", João Soares, ministro da Cultura

"A ascensão de Donald Trump é idêntica à de Hitler na Alemanha", Anne Taylor, presidente do American Club de Lisboa

"As pessoas sabem que não tenho a mania de ser um sempre em pé", Pedro Passos Coelho, presidente do PSD

O QUE ANDO A LER 

Dois artigos e um livro

O desporto nos EUA é um jogo à parte. Quando era miúdo e jogávamos basquetebol na rua, todos queriam ser como o Michael Jordan, o Magic Johnson ou o David Robinson (tirando um amigo meu que queria mesmo era ser como o Clyde Drexer, um tipo de bigodinho que jogava nos Portland...) Eram os dias do um contra um, dos grandes duelos que acabavam de forma espetacular perto do cesto – os instantes do tudo ou nada, do maior afundanço das nossas vidas ou de um 'abafo' humilhante e do qual levávamos semanas a recuperar. O jogo está diferente, e decide-se cada vez mais longe da tabela. O The New York Times foi espreitar as estatísticas de Stephen Curry, a caminho de se tornar uma lenda da linha de três pontos, e descreve a mudança em curso na NBA.

Na The New Yorker está a história de um milionário improvável: um miúdo que aos 16 anos trabalhava como intérprete para as forças especiais americanas no Afeganistão e que nos anos seguintes ganhou milhões de dólares (parte dos quais, segundo as autoridades americanas, graças a subornos). Começa assim:"America’s war in Afghanistan, which is now in its fifteenth year, presents a mystery: how could so much money, power, and good will have achieved so little?"

O livro chama-se "Alentejo Prometido", escreveu-o o Henrique Raposo e, por causa do autor e da obra, anda muita gente a mandar-se ao Ar. Acabarão por aterrar. Aterraremos todos. Porque só os pelicanos, que têm asas e nunca se enfurecem, podem voar para sempre.

Amanhã estará cá o Martim Silva para lhe desejar um bom fim de semana.

Até lá, tenha um bom dia.

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