Províncias
onde a RENAMO ganhou nas eleições de outubro de 2014 e quer governar a partir
deste mês de março
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Organização
International Crisis Group colocou Moçambique na lista de países ou regiões em
"alerta de risco de conflito", após a situação política e militar se
ter agravado em fevereiro com registo de vários incidentes.
A
organização International Crisis Group colocou Moçambique na lista de países ou
regiões em "alerta de risco de conflito", após a situação política e
militar se ter agravado em fevereiro com registo de vários incidentes.
Segundo
o relatório mensal da International Crisis Group (ICG), com sede em Bruxelas,
Moçambique figura ao lado do Afeganistão, Chade, Somália, Turquia, Venezuela e
Zimbabué, bem como a região da península da Coreia.
As
razões da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), partido que reclama
vitória em seis províncias do centro e norte do país nas eleições de 2015,
prendem-se com a ausência de garantias de segurança para o respetivo líder,
Afonso Dhlakama.
A
8 desse mês, sustenta o ICG, a RENAMO bloqueou estradas na província de Sofala
(litoral/centro), tendo atacado alguns veículos civis, provocando vários mortos
e feridos, o que levou as forças de segurança moçambicanas a retomar as
escoltas armadas ao longo de um troço de cerca de 100 quilómetros da Estrada
Nacional 1, na mesma região.
A organização não-governamental, que promove a prevenção e a resolução de conflitos letais, adianta também que elementos afetos à RENAMO abateram a tiro Manecas da Silva, juiz e secretário da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder) em Sofala.
A organização não-governamental, que promove a prevenção e a resolução de conflitos letais, adianta também que elementos afetos à RENAMO abateram a tiro Manecas da Silva, juiz e secretário da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder) em Sofala.
Refugiados
moçambicanos no vizinho Malawi
Por
outro lado, a organização International Crisis Group destaca ainda as operações
militares para desarmar "militantes" da RENAMO na província de Tete,
que provocaram um êxodo de refugiados para o vizinho Malawi, estimados em cerca
de 6.000, com a existência de vários pedidos para investigar queixas de
alegadas execuções e abusos sexuais por parte das forças de segurança.
As
análises mensais da ICG têm por base as alterações políticas e/ou militares
internas de cada país, não havendo a intenção de fazer comparações com outros
Estados.
O "alerta de risco de conflito" é atribuído a um país onde a violência tem ocorrido e que se espera que continue no mês seguinte. O indicador é definido apenas quando se regista e receia uma nova ou uma significativa escalada de violência.
ICG existe desde 1995
O "alerta de risco de conflito" é atribuído a um país onde a violência tem ocorrido e que se espera que continue no mês seguinte. O indicador é definido apenas quando se regista e receia uma nova ou uma significativa escalada de violência.
ICG existe desde 1995
A
ONG International Crisis Group foi fundada em 1995 por um coletivo de
personalidades que lamenta o fracasso da comunidade internacional em antecipar
e responder eficazmente às tragédias ocorridas no início da década de 1990 na
Somália, Ruanda e Bósnia.
Entre os fundadores contam-se Morton Abramowitz, antigo embaixador dos Estados Unidos na Turquia e Tailândia e, depois, presidente da instituição Legado de Carnegie para a Paz Internacional, e Mark Malloch-Brown, antigo presidente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e, mais tarde, secretário-geral adjunto da ONU e ministro no Reino Unido.
Segundo os fundadores, a ideia foi criar uma nova organização com funcionários altamente profissionais, "agindo como olhos e ouvidos do mundo", para analisar e prevenir conflitos e com poder internacional suficiente para conseguir mobilizar a comunidade internacional nos diferentes processos.
Atualmente, a International Crisis Group é reconhecida como líder mundial de fontes de informação e análises, bem como conselheira de políticas de prevenção e resolução de conflitos letais.
Entre os fundadores contam-se Morton Abramowitz, antigo embaixador dos Estados Unidos na Turquia e Tailândia e, depois, presidente da instituição Legado de Carnegie para a Paz Internacional, e Mark Malloch-Brown, antigo presidente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e, mais tarde, secretário-geral adjunto da ONU e ministro no Reino Unido.
Segundo os fundadores, a ideia foi criar uma nova organização com funcionários altamente profissionais, "agindo como olhos e ouvidos do mundo", para analisar e prevenir conflitos e com poder internacional suficiente para conseguir mobilizar a comunidade internacional nos diferentes processos.
Atualmente, a International Crisis Group é reconhecida como líder mundial de fontes de informação e análises, bem como conselheira de políticas de prevenção e resolução de conflitos letais.
Lusa,
em Deutsche Welle
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