quarta-feira, 22 de junho de 2016

DESEMPREGADOS, OS CRIMINOSOS. ALBUQUERQUE, INCENDIÁRIA IMPUNE. RONALDO, PFFFF…




Mário Motta, Lisboa

Dizem que três é a conta que Deus fez. Só para rimar. O número preferido de Deus parece que é o resultado de 70 vezes 7, igual a 490 – o preferido. Porquê? Esperem aí que o melhor será consultar a bíblia ou telefonar para o padre Caniço… Podem esperar, sentados.

Tudo isto porque são três as pequenas prosas que seguem e dão motivo a esta intromissão pós-refeição, que incluía um litro de vinho a granel que era do maduro corpulento e de graus upa-upa. Que pomada! Hic, para quem quiser.

Três laudas, três acontecimentos diferentes:

1 – O PS deixou preto no branco que quem está desempregado é como um arguido, eventual criminoso ou de facto, que tem de se apresentar quinzenalmente na esquadra mais próxima da sua residência. A “invenção” foi de Bagão Félix (esse “esquerdista”) quando ministro do Trabalho e afins. Era Sócrates PM (era ?). O Bloco queria acabar com a obrigatoriedade que mais parece o cumprimento do pagamento à sociedade pelo crime de estar desempregado, mas o governo de Costa – o tal apoiado pelas esquerdas – disse que não e mais uns blá-blás que nem por sombras justificam porque é que o PS não é de esquerda nem a favor do respeito pelos cidadãos (desempregados) e pela dignidade que está garantida na Constituição da República mas que dá para interpretar como melhor convier aos que a subvertem em benefícios próprios. É por essas e outras que depois saem dos governos e são nomeados para os grandes grupos empresariais e afins, de que já eram peças bem oleadas da engrenagem. Por isso lhes chamamos “eles”. E são. São os que nos dominam e acachapam o mais possível. Só acontece porque há os que assim permitem. E são demasiados os que permitem. Um rebanho rendido, por que sim. E agora, depois de cousa tão evidente e tão simples o Bloco só tem que dar o passo seguinte e deixar o PS com as calças na mão. É que se no mercado de trabalho existissem vagas excedentes para tudo e para todos e os que estão inscritos no desemprego não as aceitassem… Mas não, há mesmo muita falta de empregos. Todos o sabem, parece que exceto o governo… de esquerda (?). Rir é o melhor. Depois de palhaçadas recomenda-se. Faz bem ao fígado.

2 – A propósito do Banif, diz o deputado PS, João Galamba, que Albuquerque "escondeu fumo". Como não há fumo sem fogo agora percebemos a razão de estarmos a arder, enquanto a incendiária Albuquerque está na maior, a ganhar a dois ou três carrinhos como paga dos incêndios causados e ainda é deputada e mais o que for. Uma vedeta que se afirma “limpa”. Tão limpinha que para o provar até devia atirar umas cuequinhas imaculadas às trombas dos que a acham encardida, suja. Porque às senhoras só devemos atirar flores é melhor ficarmos por aqui. Já agora, senhora ex-ministra, aceite do PG uns valentes e viçosos cardos que têm as flores mais lindas que existem no mundo. Cuidado, não diga ai ao picar-se. Não diga mais nada. Não se enterre mais. É que pode ainda ganhar raízes e depois florescer e transformar-se numa flor lindíssima, daquelas que vimos ao engano de atrair nas plantas carnívoras. Albuquerque, incendiária impune. O melhor é rir. Faz bem ao fígado.

3 – Por fim temos o melhor do mundo, o Ronaldo, a treinar nova modalidade: lançador de microfones. O homem não presta, mas insistem em andar a lamber-lhe e acomodar-lhe os tintins e o que mais possa ter. É bom de bola mas isso desvanece-se perante o seu mau caráter, as suas vaidades, os seus vedetismos exacerbados, as suas insensibilidades, as suas frustrações, o seu mau perder perante a idade que não perdoa, nem a falta de forma. Apesar disso é um convencido. Provável e estranho convencido de que é imortal e que vai dar sempre chutos aqui e acolá, até na atmosfera e nas pessoas, e que terá por reconhecimento grandes ovações. O “maior” Ronaldo anda agora a treinar o lançamento de microfones. O vídeo está por aí em barda. Já cansa, mesmo para quem não o vê porque nem precisa, devido a saber muito bem o que a casa gasta, quer dizer: esse Ronaldo de mau caráter. Cada um nasce para o que nasce se não agarrar educação, humildade, humanismo, respeito pelos seus semelhantes, etc. Ronaldo nasceu para dar pontapés nas bolas e driblar – antes melhor que agora. Além disso para muito pouco mais nasceu. Um ídolo (para alguns), que afinal tem pés de barro, como a maioria dos dessa espécie. A responsabilidade é dos que os idolatram… injustificadamente. Estupidamente. Rir? Como podemos rir perante tamanha e reprovável atitude? Um asco a merecer muitos pfffffs. Até faz mal ao fígado.

Pronto. Cá está o final da introdução ou intromissão. Vá de ler o que se segue. Veneno à vista não tem, porque já antes foi servido infernalmente.

PS nega ao Bloco fim de apresentação quinzenal de desempregados

O Governo rejeitou hoje a proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda destinada a acabar com a apresentação quinzenal dos desempregados nos centros de emprego.
"O Governo não está disponível para abdicar de mecanismos de controlo efetivo dos desempregados", afirmou o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, no parlamento.

O governante, que falava numa audição na Comissão parlamentar do Trabalho e da Segurança Social, respondia a uma questão colocada pelo deputado do PS Rui Riso, sobre esta proposta do Bloco apresentada em janeiro e face à qual o Governo ainda não se tinha pronunciado até ao momento.

De acordo com um projeto de lei do Bloco de Esquerda que deu entrada no parlamento em janeiro, os bloquistas propunham acabar com a obrigatoriedade de apresentação quinzenal a que os desempregados estão sujeitos, pedindo uma alteração ao decreto-lei de 2006.

O não cumprimento, injustificado, por duas vezes, da obrigação da apresentação quinzenal nos centros de emprego, nos serviços de Segurança Social da área de residência do beneficiário, ou em outras entidades competentes ou protocoladas, como as Juntas de Freguesia, resulta na anulação da inscrição no serviço de emprego e na perda do direito ao subsídio de desemprego.

Na proposta, os deputados do Bloco de Esquerda qualificavam esta obrigatoriedade de "humilhação inútil", lembrando que os desempregados já estão obrigados a comunicar ao centro de emprego a alteração de residência e o período de ausência do território nacional.

Numa audição em abril, no parlamento, o Ministro do Trabalho, Vieira da Silva, foi questionado sobre a matéria e referiu que a questão seria considerada. Hoje, pela voz de Miguel Cabrita, o Governo assumiu a rejeição à proposta do Bloco.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Albuquerque "escondeu fumo" do caso Banif

Socialista continua a criticar anterior governo por polémica com banco português.

As respostas da Comissão Europeia relativamente às duvidas dos deputados portugueses quanto ao caso Banif continua a merecer destaque na página de Facebook de João Galamba.

Para além de ter acusado o anterior governo de ter feito o "mínimo necessário" em relação ao Banif, o socialista acusa agora a ex-ministra das Finanças de ter escondido o caso.

“A relação de Maria Luís Albuquerque com o sector financeiro português pode ser resumida da seguinte forma: parece que havia fogo, mas MLA [Maria Luís Albuquerque] escondeu o fumo”, escreve.

Andrea Pinto – Notícias ao Minuto

Ronaldo atira microfone ao lago e é notícia em todo o mundo

A poucas horas do jogo decisivo, o internacional português incendiou as redes sociais e tornou-se notícia em todo o mundo.

Cristiano Ronaldo tornou-se notícia, esta manhã, por ter atirado o microfone de um jornalista da CMTV ao lago. O vídeo depressa se tornou notícia em todo o mundo, não fosse CR7 o melhor futebolista do mundo.

A notícia sobre a inusitada atitude do craque português chega mesmo a abrir jornais desportivos, como é o caso dos espanhóis Marca As.

Também o El País noticiou a perda de estribeiras protagonizada por Ronaldo, assim como o The GuardianIrish Times e BT SportLe FigaroMetro NewsFrance TV e 20 Minutes também não ficaram indiferentes, tal como os britânicos Mirror Metro.

As imagens continuarão a dar que falar ao longo do dia. Mais logo, pelas 17 horas, Portugal entra em campo para defrontar a seleção húngara num jogo a contar para a fase de grupos do Euro’2016.

Goreti Pera – Notícias ao Minuto

Portugal. LIGADOS À MÁQUINA



João Quadros – Jornal de Notícias, opinião

Hoje é o dia do tudo ou nada. Tal como Fernando Santos, estou pelo tudo e não quero nada com o nada. Anteontem, o nosso selecionador nacional garantiu que Ronaldo vai marcar no próximo jogo (o de hoje) e que "vamos chegar à final, e vamos ganhar." O nosso míster tem um discurso parecido com o da taróloga da SIC, esperemos que o fim não seja o mesmo. Neste jogo do tudo ou nada, apesar das "promessas" de conquista do Euro 2016, na realidade, poucos portugueses esperam que Portugal regresse a casa a 11 de julho, mas também não passa pela cabeça a ninguém que possa regressar já amanhã.

Se aqui escrevi que Portugal era favorito perante a Islândia e a Áustria, e aconteceu o que sabemos, desta vez não arrisco e opto por dizer que não somos. Quero regressar à minha posição confortável de "underdog". Olho para a Hungria como se fosse a seleção mais poderosa do universo. Uma espécie de Mannschaft, com Eva Carneiro como médica e treinada por Jorge Jesus. É assim que me sinto confortável. Eu nasci em 1964 e sou do tempo em que os portugueses torciam pelo Brasil no Mundial, porque nós nunca lá íamos. Resumindo, é com a fúria de um "underdog" que desejo que esta noite o sortido de Fernando Santos vença o onze húngaro. Temos de acreditar que os nossos vão ser bravos e dar tudo em campo e que os húngaros vão relaxar um bocadinho porque fizeram contas e, se calhar, não lhes dá jeito vencer o grupo.

Não vou negar que estou assustado com a possibilidade de a seleção de todos nós poder ser eliminada. Se Portugal for eliminado, é o fim das minhas crónicas neste distinto jornal. Nunca perdoarei a Fernando Santos ter de cortar no lavagante ao pequeno-almoço. Infelizmente, as notícias que nos vão chegando não são as melhores. Causou-me alguma perplexidade saber que o selecionador nacional assinou a petição contra a eutanásia. Será que Fernando Santos está a pensar que, depois de hoje, vai haver um súbito aumento de portugueses com um desejo profundo de falecer?! Será por isso que ele ainda não desligou a máquina ao Moutinho?! Seja como for, esta posição pessoal do nosso míster em relação à eutanásia faz todo o sentido. Como selecionador nacional, vê-se bem que ele tem esta obsessão de deixar as pessoas a sofrer horrores até ao fim. Vamos Portugal!

SELEÇÃO RONALDO… QUANTO MAIS ALTO SE SONHA MAIOR É O TRAMBOLHÃO



Expresso Curto com a cafeína servida por Cristina Peres, senhora jornalista lá do burgo Bilderberg e o mais que lhes convier. Nem por isso lhes cai as paredes na lama. Urge ter no final do mês aquilo com que se compram as batatas e pagam os colégios privados – os tais que teimam em verem os otários dos contribuintes portugueses, na totalidade, a contribuírem para os seus luxos, taras e manias. Enquanto esses contribuintes pagam impostos a torto e a direito e vêem os seus magros ordenados ainda mais magros, famintos. Uns no luxo, outros no lixo. Moralidades à moda dos Bilderberg. Pois.

A seguir, quando lá chegar, este Curto, abre com o Brexit. Disso estamos todos nós fartos. Os britânicos querem sair da pseudo União, que se diz europeia. Saiam. Têm toda a razão. As elites que comandam a tal UE são tudo menos eleitos democraticamente e quando o são ocultam que estão ao serviço de interesses que não se destinam a liberdades, direitos e garantias dos cidadãos europeus – só de alguns de que são mainatos.

Blá, blá, UE. Blá, blá, UE. Pois. Isto vai acabar tudo à porrada numa guerra fratricida, infelizmente. É o que querem os todo-poderosos comandados pelas políticas de enormes interesses do capitalismo enfermo, putrefacto mas dominante. O governo mundial, a ditadura mundial… O que faz falta é avisar a malta.

E o europeu de futebol aqui tão perto mas tão longe. Perto por via das transmissões televisivas e no blá, blá constante. Longe por a seleção de Portugal parir um rato quando afinal se julgava que seria uma montanha. Acontece aos melhores e aos piores. Principalmente quando as vedetas dominam mas já não dão meia para a caixa por falta de estarem em forma ou de não entregarem o lugar aos mais novos – àqueles que até comem a relva para vencerem.

Ronaldo. Ah, pois é. É bom de bola… Mas nem sempre. Agora está nessa. Quanto mais alto se sobe em sonhos e perspetivas… maior pode ser o trambolhão. Pim. Ai.

E o resto é conversa, com cafeína. Do Expresso. Obrigado tio Balsemão, bom dia. Longa boa vida. Para nos tramarmos estamos cá nós, a maioria. Mas que rica democracia!

Vá, maioria, vamos lá a esfarrapar-nos para receber uma merda pelo trabalho que rende balúrdios aos que pouco ou nada fazem mas fazem de conta que fazem. Fazer, fazem. Roubam-nos!

Mesmo assim, apesar desta porca miséria: tenham um bom dia!

Mário Motta / PG

Bom dia, este é o seu Expresso Curto 

Cristina Peres – Expresso

O Brexit faria do Reino Unido a mais odiada das nações

Quem o diz é o historiador britânico Antony Beevor num artigo publicado ontem no Guardian no qual defende que as falhas da União Europeia não justificam a sua desintegração. A verdade é que “o espectro da rotura assombra a Europa”, como admitiu o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o admite Beevor.

Interrupção para ligar ao jogo hoje das 17h no qual Fernando Santos afirma uma fé inabalável na vitória de Portugal. É o que escreve a nossa enviada Mariana Cabral: mesmo sem André Gomes e Raphaël Guerreiro, Portugal vencerá a Hungria. Consulte o site euro2016.expresso.pt e ficará a saber tudo com (um)a (das) melhor(es) cobertura(s) do Europeu de França. Entretanto, veja aqui o vídeo de motivação que Fernando Gomes usou com os jogadores da nossa seleção.

De volta ao Brexit, saberemos já amanhã se haverá futuro ou não para esta União desenhada para aproximar os cidadãos europeus e encontrar uma nova forma de viver em conjunto depois de guerras que se sucederam a guerras. Beevor não entra em contradição com o que disse em entrevista ao Expresso em março do ano passado (leia aqui) a propósito das eleições gerais no Reino Unido. Foi antes de se saber que a hipótese de referendar a permanência do país na UE avançada por um David Cameron quando estava empenhado em neutralizar o nacionalismo rampante do Ukip e em suster os conservadores mais radicais acabaria por lhe rebentar nas mãos ao obter a maioria absoluta a 7 de maio. Beevor sublinhava em 2015 a “incrível” vontade dos britânicos em permanecer na UE e advertia para o efeito perverso - esse sim! - do excesso de controlo de Bruxelas.

Consulte aqui o balanço do derradeiro debate televisivo de ontem à noite na BBC. O primeiro-ministro David Cameron critica o facto de o debate se ter fechado questão da imigração e apelou à oportunidade de o eleitorado mostrar que o Reino Unido é a democracia multi-étnica de maior sucesso. Boris Johnson, líder do pró-Brexit, disse que esta quinta-feira poderia ser o “dia da independência” do país. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, fez um apelo comovido à permanência na UE pedindo aos ingleses que não façam “a escolha errada”. A última sondagem da YouGov para o Times apurava 39% dos votos para a saída, 34% para ficar com 17% de indecisos…

Fique a conhecer aqui neste artigo da CNN o impacto com que os Estados Unidos contam da possível saída do Reino Unido da União. Contém um “guia não-britânico para o Brexit”, ou seja, um Q&A sobre as consequências diretas e indiretas na América, incluindo o que pensam os candidatos que lideram a corrida à Casa Branca.

Leia aqui como é que a imprensa britânica toma partido na votação reportado para o Expresso a partir de Londres: Quando os media dão orientação de voto.

OUTRAS NOTÍCIAS

Dezoito anos de pena para Jean-Pierre Bemba, 53 anos, sentenciou ontem o Tribunal Penal Internacional (TPI), condenando assim o dirigente de mais alto nível desde que foi fundado em 2002 como “tribunal de último recurso”. O ex-vice-presidente da República Democrática do Congo e chefe de milícia responde assim pelas violações, crimes e pilhagem cometidas pelas suas tropas na República Centro-Africana entre 2002-2003. Esta pena do TPI foi a primeira a reconhecer a violação como arma de guerra e a empregar a doutrina da responsabilidade de comando. Quer dizer que os líderes passam a ser responsabilizados pelos crimes dos seus subordinados. Um ponto de viragem para milhares de mulheres e crianças que foram vítimas da campanha orquestrada de Bemba.

Os 28 deliberaram prolongar por mais seis meses as sanções à Rússia, insistindo deste modo na pressão ao país por causa do conflito que mantém no leste da Ucrânia. A deliberação dos responsáveis pela diplomacia europeia foi tomada por unanimidade (obrigatório) e permitirá aferir melhor até 31 de janeiro de 2017 em que termos Moscovo está ou não a cumprir o tratado assinado em Minsk para terminar o conflito naquela região ucraniana.

A luta continua ainda que longe de estar ganha: é o que prova mais esta derrota sofrida por Barack Obama na tentativa de encerrar a prisão de Guantánamo, uma das bandeiras mais importantes da campanha eleitoral de há oito anos que continua por hastear. O Departamento da Justiça norte-americano opôs-se a mais uma proposta do Presidente, como aqui conta a Reuters. Em três meses, a procuradora-geral Loretta Lynch interveio duas vezes para bloquear as propostas da administração Obama argumentando com a violação dos procedimentos e regras da justiça criminal.

Protestos nos arredores de Pretória estão a marcar a pré campanha para as eleições regionais de agosto. O Governo divulgou ontem à tarde um comunicado em que apela à calma. Manifestantes atiraram pedras aos carros-patrulha da polícia chamada a intervir na área de Tshwane. Na origem dos tumultos está o candidato escolhido pelo ANC (Congresso Nacional Africano) para Tshwane, Thoko Didiza, que substituirá o atual mayor Kgosientsho Ramokgopa. A liderança de Jacob Zuma é mais uma vez posta à prova desde que a tensão não para de aumentar esta semana, conta o sul-africano Mail&Guardian. Leia aqui a análise do The Economist sobre anecessidade de a África do Sul encontrar uma oposição de fôlego ao ANC.

Por cá, Ricardo Félix Mourinho esteve reunido com os parceiros do Governo no Parlamento para explicar o plano de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. A Helena Pereira e a Cristina Figueiredo contam o que o Expresso confirmousobre as reuniões e as explicações para os quatro mil milhões de euros de capitalização. Entretanto ficou a saber-se hoje pela Antena 1, que o plano para a CGD já está pronto e poderá até chegar aos cinco mil milhões de euros implicando a dispensa de 2500 trabalhadores.

Marcelo Rebelo de Sousa mandou fazer uma auditoria às contas da presidência e o Expresso foi ver em que é que o Presidente gasta dinheiro. Descobriu que o dinheiro previsto para deslocações e estadas em 2016 chega ais 154 mil euros. As comunicações consomem 600 mil euros, mas são as remunerações que levam a maior fatia das despesas. Leia aqui os pormenores.

Oi a um passo da falência leva CMVM a suspender as ações da Pharol.A administração da operadora brasileira Oi, a braços com uma divida de 65 mil milhões de reais, está sob pedido de proteção judicial de credores. A Anabela Campos explica aqui como é cada vez mais incerto o futuro da Oi, empresa com a qual a Portugal Telecom (PT) se fundiu em 2014 para criar o maior operador de telecomunicações de língua portuguesa.

Fernando Pinto, que agora lidera a TAP com outros três elementos sucedendo a Humberto Pedrosa, reclama prémios de gestão suspensos desde 2009 argumentando com a sua contratualização com o Estado. Apesar de o presidente executivo ainda não ter discutido o assunto com o Governo, declarou aos jornalistas que o faria. Verifique aqui no Económico.

A Comissão Europeia critica a inação de Portugal no caso Banif. Como escreve o Público, Bruxelas distribui responsabilidades pelo Governo anterior, o Banco de Portugal e a gestão do banco para concluir que a gestão do banco contrastou com a de outros bancos portugueses.

Já agora, fique a saber que o preço das casas deu um salto de 6,9% nos últimos três meses, o maior desde 2010. O preço das casas em Portugal sobe há dez meses consecutivos, como aqui pode ler no Económico. O número de casas vendidas está também a recuperar. Segundo o CM, vendem-se 327 a cada dia. E, claro, é cada vez mais caro viver em Lisboa.

FRASES

“Em tempos de finanças apertadas, a presidência terá de dar o exemplo”, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República a propósito da auditoria às contas da presidência

“Teríamos de vê-lo como uma chamada à realidade e um aviso para não continuarmos o business as usual”, Wolfgang Schäuble,ministro alemão das Finanças à revista Spiegel caso os britânicos votem a favor da saída da UE ou apenas uma escassa minoria de votos os mantenha entre os 28

“Porque é que eu não hei de acreditar?”, Fernando Santos, selecionador nacional a propósito da vitória de Portugal à Hungria no jogo de hoje

“Tudo deveria ter sido feito antes. A venda do banco em Malta deveria ter sido feita antes, a da Açoreana deveria ter sido feita hoje, o próprio Banif também”, Mário Centeno, ministro das Finanças

“Eu escolho resolver a crise dos refugiados com a UE”, Sadiq Khan,mayor de Londres no último debate transmitido ontem em direto pela BBC

O QUE ANDO A LER

Tudo o que (me) esclareça sobre a complexidade e multiplicidade das consequências daquilo que pode ser já a partir de amanhã, quinta 23 de junho, o acontecimento do ano. Escolha o Reino Unido sair ou não da UE, a Europa (e como tal, o mundo) não voltará a ser a mesma. Mais comentário sobre jogo sujo, menos raciocinado esclarecido, mais oportunismo ou revelação de caráter subterrâneo, recomendo este long read que a revista E do Expresso publicou no sábado passado, um trabalho esclarecedor de Filipe Ribeiro Meneses: Brexit: que Europa é esta?.

Outro long read, este na Aljazeera, leva Kenan Malik a argumentar em “Beyond the Brexit debate” que nem a saída nem a permanência terá as consequências radiciais que se têm previsto. O terceiro long read que li e sugiro foi publicado ontem no Guardian e é dedicado à eurofobia britânica. Geoffrey Wheatcroft diz que os britânicos estão muito mais à procura da sua própria identidade do que a fugir à Europa.

Na segunda-feira, foi a vez de Alan Posener adiantar consequências da saída dos britânicos da UE nos vizinhos europeus. O Brexit, diz em “German nacionalism can only be contained by a united Europe ”, Posener esclarece como o Brexit poderia fortalecer a direita xenófoba da Alternativa para a Alemanha (AfD), transformando-a num perigo para Berlim.

Na sequência da famosa capa que a revista alemã “Der Spiegel” com 23 páginas em língua inglesa em que titulou “Please don’t leave! / Bitte geht nicht! - Why Germany needs the British”, Jenny Hill explica a preocupação dos alemães pela hipotética saída dos britânicos neste artigo divulgado na BBC: “Prospect of Brexit bemuses and worries Germany”.

O “Spiegel Online Internacional” (em inglês) explica como é que a posição de liderança dos britânicos nos mercados financeiros mundiais pode ser posta em causa com o Brexit.Leia aqui “Betting the Banks: Will Brexit Be End of Party for London?”. E aqui fica uma entrevista com o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, onde ele declara que “Out is out”, anunciando o fim do “business as usual” caso os eleitores do Reino Unido escolham sair da UE. É um trabalho da revista “Spiegel”deste mês.

Ricardo Costa chama ao referendo “inevitável e importante”, leia aqui porquê.

E pronto, terminado o café, acompanhe o Expresso Online ao longo do dia até à hora do Expresso Diário, minutos antes das 18h. Passe bem a que poderá ser a última quarta-feira a 28. Bom jogo com temperaturas acima dos 30ºC!

Mais lidas da semana