Exortam
as forças de segurança no sentido de evitar o uso desproporcional da força.
As
organizações de mulheres da Guiné-Bissau estão “profundamente” preocupadas com
o agravar da crise política no país.
Num
comunicado, condenam a conduta das forças policiais e dos manifestantes, no
ultimo fim-de-semana, que degenerou em violência.
Para
elas, o incidente espelha a dimensão da tensão política na Guiné-Bissau e
consequente quebra do diálogo entre os protagonistas da crise.
As
organizações das mulheres da Guiné-Bissau exortam, por isso, as forças de
segurança, no sentido de adequar as suas actuações aos imperativos da lei,
evitando o uso desproporcional da força contra o exercício dos direitos de
liberdades fundamentais dos cidadãos.
Por
outro lado, elas apelam o Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados,
organização cívica que tem promovido manifestações contra o Presidente da
Republica, e aos guineenses em geral, a absterem-se “de comportamentos
violentos contra as forças de segurança, capazes de comprometer os valores da
paz e provocar danos incalculáveis na vida e integridade física dos cidadãos”.
Apelam
também ao Ministério Público, a abertura de um inquérito célere e transparente
para o esclarecimento cabal das circunstâncias que rodearam a violência entre
os manifestantes e forças de segurança, e consequente responsabilização
criminal dos infratores.
Á
Comunidade Internacional, as mulheres guineenses alertam no sentido de manter
vigilante e accionar mecanismos, com vista a evitar derrapagens no país.
O
posicionamento das organizações das mulheres da Guiné-Bissau surge numa altura
em que o Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados agendou para o
próximo sábado, dia 3 de junho, mais uma marcha pacifica para exigir o fim da
crise, com a renúncia do Presidente, José Mário Vaz.
E,
noutra frente, o Movimento “O Cidadão”, ligado ao actual poder politico,
convocou, para o mesmo dia a sua manifestação para exigir a abertura das
sessões parlamentares, depois de ter promovido, na semana passada, uma vigília
frente a sede do parlamentar com o mesmo propósito.
Voz
da América
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