@Verdade
| editorial
O
que se está a passar em Moçambique é sem dúvidas uma amostra grátis da falta de
respeito, sensibilidade e compaixão para com o sacrificado povo moçambicano.
Desde que, há anos, o Governo da Frelimo pendurou-se no poder tem vindo alegre
e sistematicamente a empurrar os moçambicanos para o vale da desgraça. Estes
são obrigados a sobreviver à essa violência e didatura absoluta. E o mais
dramático é que a população é forçada a ouvir zombar mascarada de
aconselhamento através dos órgãos de informação.
Numa
intervenção que soou a insultos ao povo, o Primeiro-Ministro afirmou que se
deve aumentar a produção para que todos os moçambicanos possam andar de
viaturas de marca Mercedes-Benz. Carlos de Rosário respondia, assim, a
inquietação de centenas de moçambicanos em relação as viaturas adquiridas para
os deputados da Comissão Permanente da Assembleia da República. Este pensamento
do Primeiro-Ministro é revelador da falta de bom senso, para além da sua
ignorância aguda. É sabido que o senhor do Rosário anda em Mercedes, mas desde
que lhe foi confiado o cargo de Primeiro-Ministro nunca se viu um resultado
sequer do seu trabalho, senão sistemáticas ao povo. Pelo contrário, em tempo de
crise que o país atravessa, o Primeiro-Ministro tem-se limitado a viajar de um
lado para outro, esbanjando os cofres do Estado.
Quem
também perdeu a oportunidade de ficar calado é o ministro dos Transportes e
Comunicações, Carlos Mesquita. O ministro, no cúmulo da sua incompetência no
sector que dirige, sugeriu que os autocarros avariados das empresas públicas de
transporte de Maputo e Matola fosse transformados em salas de aula com vista a
reduzir o número de alunos que estudam ao relento. O senhor Mesquita devia se
preocupar com a situação de falta de transportes que tira o sono a centenas de
moçambicanos, ao invés de vir com soluções estupidificantes.
Estas
são algumas situações que nos deixam revoltados com o Governo de turno e
perante isso não temos mais alternativas. Ou exigimos mudança ou façamos ela
acontecer. A mais do que necessária mudança política não resultará de qualquer
caridadezinha política e, muito menos, cairá do céu. Portanto, só os
moçambicanos podem mudar esse inferno em que vivemos criado pela Frelimo.
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