Raul
Diniz, opinião
Os
militantes do MPLA não têm outra saída senão a de responsabilizar a gestão de
42 como reprovada. Não existe outra saída que ajude amenizar a situação em que
JES e o MPLA relegaram o povo a situação deplorável de miséria. A que ter
coragem e deliberar que o PR é inegavelmente corrupto, em seguida
responsabiliza-lo como um gestor promiscuo e deploravelmente incompetente. A
demanda da corrupção é insanável, e extremamente perigosa por ter havido
vontade reprimível em tempo útil.
Sua
excelência o povo, nunca foi dado nem achado, sequer foi alguma vez ouvido pelo
regime e muito menos pelo PR. Existe em Angola um regime criado a imagem da
figura sinistra do ditador infame, que não mede esforços para reprimir o
cidadão com medo de ser desafiado a melhorar a gestão da coisa publica.
Senhores
empoderados do regime, entendam de uma vez por todas que, não existe democracia
sem politica, nem há politica sem debate, sendo assim, não pode haver debate
sem opinião. Isso só para reafirmar que não existe verdade politica na campanha
eleitoral do meu partido, no MPLA, existe isto sim um exagerado seguidismo dos
bajús em busca de benesses. Para agravar ainda mais a situação, não existe no
MPLA uma liderança forte e carismática. Por outro lado, o debate politico
pereceu, e no seu lugar foi activada a endemia da mentira do herói vivo JES,
qual Gangula… até presidente emérito tentaram enfiar-nos goela dentro, mas
dessa vez de vergonha em vergonha desconseguir nos obrigar a engolir mais essa.
O
país esta em campanha eleitoral, mas pelos vistos o único partido que em 42
anos governa o país, não trouxe nada de inovador, até agora nada de importância
relevante foi dito na campanha de João Lourenço.
A
começar pela inexistência de afrontoso debate publico-politico, onde as partes
se defrontem para esclarecer o eleitor proporcionando-o a escolher livremente
quem deseja que o represente e administre a coisa publica.
Todo
esforço do regime é o de fugir a todo custo do debate frontal com os seus
adversários políticos, a isso se chama vergonhosamente de arrogância, a fuga ao
debate visa tão-somente blindar a fraude posta já em marcha com a clara e
vergonhosa conivência de um conhecido líder da oposição. Hoje só a UNITA tem
condições claras de dizer não a fraude, e ainda a de negar-se a engolir mais um
sapo desta vez chamado João Lourenço, o aprendiz de feiticeiro. A UNITA terá de
que dizer ao regime, desta vez não, além de reagir frontalmente em conformidade
sem medo.
O
MPLA conseguiu até enganar muitos cidadãos por um longo tempo com aldrabices a
mistura, no caso de Angola duram já 42 anos seguidos de mentiras enganosas
esfaceladas. Porém não é possível enganar todos sempre e eternamente. Um dia o
povo iria despertar, e esse dia chegou. É verificável a olhos nus, que hoje a
indignação do povo se generalizou, o povo reclama hoje em voz alta, sem medo
das ameaças do que foi no passado bicho papão JES/MPLA.
A
imprensa do estado supercontrolada de perto pelo MPLA, tem por natureza, a
ingrata missão de difundir a mentira e sobretudo tentar confundir o pacato
cidadão desinformado. Porem, a habitual barulheira propagandística dos meios de
comunicação ao serviço da ditadura tem apenas o pendor de favorecer o candidato
do MPLA. Esses meios de (des)informação não interagem positivamente em
favor da maioria dos angolanos, ela se traduz numa informação desprezível, e
por isso depreciável e também inviável, porque se tornaram um modelo apodrecido
e envelhecido, essa comunicação possui uma retórica auditiva inócua.
Pessoalmente
prefiro o barulho de uma imprensa barulhenta, mas, livre de qualquer tipo de
mordaça, aceito mais facilmente a estreiteza dos caminhos pouco ortodoxos da
extrapolação publicista da expectante imprensa fatalista, a uma imprensa
silenciada pela frieza de tesouradas esquemáticas da censura sórdida, impostas
pelo controlo inebriante do regime déspota amedrontado.
Não
cabe ao estado controlar a liberdade de expressão, nenhuma democracia deixa os
seus cidadãos propositadamente desinformados, é indecoroso que o estado
delimite as fronteiras da liberdade de expressão. Ao contrario disso, cabe ao
estado sim proteger e promover a liberdade de expressão, e, ainda garantir esse
direito constitucional ao cidadão. Malandros respeitem sem imposições a vontade
de sua excelência o povo.
Reafirmo
minha divergência politica com José Eduardo dos Santos, e clarifico o meu
pensamento, quando me refiro a necessidade de se rediscutir Angola. Angola
estará sem um futuro se continuarmos com essa farsante democracia a um só
tempo, não temos um sistema politico viável sustentável e coeso. No ponto de
vista do meu partido MPLA, o povo somente é soberano no ato da votação, após
votação a soberania é transferida para cidade alta e ponto final. Isso tem um
nome, chama-se sabedoria saloia.
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