O
Brasil perde apenas para a Finlândia em termos de confiança do público nos
meios de comunicação. Mas, muita calma nesta hora
Tatiana
Carlotti | Carta Maior
Com
direito à bandeirinha esvoaçante em 3D - da Inglaterra não do Brasil, of course
- o Jornal Nacional (JN) bombou os
dados do Digital
News Report 2017 (Relatório de Jornalismo Digital 2017), do Instituto
Reuters para a Universidade de Oxford, na última quinta-feira (29.06). Não à
toa: o levantamento, realizado com 70 mil pessoas em 36 países, mostra que 60%
dos brasileiros confiam nas notícias veiculadas pela mídia.
Sim, é isso mesmo. O Brasil perde apenas para a Finlândia em termos de confiança do público nos meios de comunicação. Mas, muita calma nesta hora. Os dados do estudo silenciados pelo JN são muito mais interessantes. Inclusive, o não-dito sobre a pesquisa diz muito sobre a manipulação da emissora.
Com mapa mundi e locução de Willian Bonner, o JN festejou a proximidade do índice brasileiro com o finlandês, primeiro no ranking com 62% de confiança nas notícias em geral e 69% nas notícias que eles usam. Porém, esqueceu de explicar que a imprensa finlandesa é muito diferente da nossa, embora isso fique claro no estudo.
Ao acessar a integra da pesquisa disponível aqui e clicar em “2017 Report”, selecionando “Analysis by Country”, é possível descobrir que o ambiente de mídia por lá é caracterizado por uma forte imprensa regional e transmissora pública (YLE), um importante jornal nacional (Helsingin Sanomat) e dois tabloides populares que alcançam metade da população online.
O estudo destaca que o país manteve sua posição de público forte e confiável offline e on-line, afirmando que o idioma finlandês e o pequeno mercado vêm protegendo as marcas de notícias nacionais contra a concorrência internacional.
Sim, é isso mesmo. O Brasil perde apenas para a Finlândia em termos de confiança do público nos meios de comunicação. Mas, muita calma nesta hora. Os dados do estudo silenciados pelo JN são muito mais interessantes. Inclusive, o não-dito sobre a pesquisa diz muito sobre a manipulação da emissora.
Com mapa mundi e locução de Willian Bonner, o JN festejou a proximidade do índice brasileiro com o finlandês, primeiro no ranking com 62% de confiança nas notícias em geral e 69% nas notícias que eles usam. Porém, esqueceu de explicar que a imprensa finlandesa é muito diferente da nossa, embora isso fique claro no estudo.
Ao acessar a integra da pesquisa disponível aqui e clicar em “2017 Report”, selecionando “Analysis by Country”, é possível descobrir que o ambiente de mídia por lá é caracterizado por uma forte imprensa regional e transmissora pública (YLE), um importante jornal nacional (Helsingin Sanomat) e dois tabloides populares que alcançam metade da população online.
O estudo destaca que o país manteve sua posição de público forte e confiável offline e on-line, afirmando que o idioma finlandês e o pequeno mercado vêm protegendo as marcas de notícias nacionais contra a concorrência internacional.