As sondagens continuam a
demonstrar a ineficácia dos permanentes esforços da comunicação social, das
direitas parlamentares e do selfieman para demolirem o apreço com que
o eleitorado vai reconhecendo os esforços do governo para propiciar melhor
qualidade de vida à maioria da população.
Ao anunciar os resultados do estudo
da Eurosondagem Rodrigo Guedes de Carvalho exultava por dissociar o PS da
maioria absoluta, mas convenhamos, que essa pressentida satisfação não terá
grande fundamento. Salvo se alguma grande catástrofe vier a virar do avesso o
atual contentamento dos portugueses com a solução política encontrada neste
quadro parlamentar, tudo aponta para a forte possibilidade de os 33,9% que as
direitas hoje valem em conjunto ainda mais se apouquem. Porque é o próprio Rui
Rio a reconhecer a turbulência interna, que a sua vitória suscitou, morrmente
no forte apego à irrisória sinecura, que Hugo Soares não quer largar.
Haverá, porém, outro lado por onde se deverá combater as pretensões do ex-autarca do Porto: são os seus mais próximos apaniguados a considerarem fundamental o abandono da lógica redistributiva ao discutirem-se os investimentos para o pós 20/20. Tudo o que lhes possa cheirar a maior justiça na distribuição de rendimentos será o equivalente ao sulfuroso Demo. O tal por que tantos deles suspiram...
Publicado por jorge rocha em Ventos Semeados, 19.01.2018
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