O Fórum TSF está hoje a abordar a
entrada de animais em estabelecimentos comerciais, diploma aprovado por
unanimidade na Assembleia da República e que aguarda promulgação do presidente
da República. Para notar: 86 por cento contra o diploma 12 por cento a favor e
2 por cento sem opinião, na votação de ouvintes que responderam ao inquérito no
site da TSF. Podemos prever que vai manter-se assim, com estes números, visto
estar quase a terminar o programa.
“Quanto mais conheço as pessoas
mais gosto dos animais”, dizem os humanos. Acontece que gostar dos animais de
estimação – é esses que estamos a abordar – não significa que tenhamos de “levar”
com animais de estimação. Nos estabelecimentos, muito menos em estabelecimentos
de restauração. Nem cães, nem gatos, nem cobras, nem iguanas, nem lagartixas
devem ter permissão legal para partilhar o espaço de terceiros a não ser em via
pública. E mesmo assim já acontece uma verdadeira desgraça por via dos passeios
nas ruas estarem cheios de caca de cão. Alguns desses presentes já
espalmilhados no empedrado. O que significa que pisamos os “presentes” à mínima
distração… Obviamente que a culpa não é dos animais mas sim de quem os passeia,
que não apanham os cocós (às vezes verdadeiros troncos). E os municípios nada
fazem. Multas não vimos, pela infração de conspurcarem zona pública. O perigo
para a saúde pública é evidente em todos estes aspetos, quer nos
estabelecimentos comerciais, quer na via
pública. As leis encontram sempre infratores e se a impunidade é regra (como no
caso das fezes caninas pelos passeios) era bom que o legislador pensasse melhor
nesta problemática. Gostar de animais não corresponde a não lhes dar liberdade.
Curiosamente os “amantes” dos animais de estimação prendem-nos com trelas (os
que prendem)… Ah, mas gostam tanto deles. E ali andam, uns a passear os animais,
outros a serem passeados pelos animais, que os puxam e quase arrastam atrás das
trelas.
O respeito pelas pessoas e pelos
animais é algo que deve ser intrínseco a quem for racional para viver em
sociedade. Não se pode exigir que um cão, um gato ou outro tenham o mesmo
comportamento, considerando a sua limitada ou relevante irracionalidade. Com
estas celeumas ressalta daqui um ponto muito importante. Quem quiser
misturar-se com animais que o faça, não têm é o direito de levar os outros seus
pares a isso. Por forma nenhuma.
É interessante este talibanismo
dos “amigos” dos animais. Costuma-se dizer, com razão em imensos aspetos: “cada
macaco no seu galho”. É isso mesmo.
A seguir, a entrada na página da
TSF sobre o tema. Um fórum que mostrou na perfeição que gostar dos animais não
significa que todos tenhamos de conviver da mesma forma com eles. Uns “misturam-se”
com eles e outros não querem. A nossa liberdade termina onde começa a liberdade
dos outros. Democraticamente resolve-se isso por maioria. Parece que esse é o
caso neste assunto que devia de ser de lana caprina e não ocupar tanto os
parlamentares, o legislador.
FS | PG | Foto Google
Fórum TSF: Concorda com a entrada
de animais de estimação nos restaurantes?
Que méritos e defeitos encontra
nesta lei? A saúde pública pode ficar em causa, como alerta a AHRESP? Faz
sentido que a lei não identifique claramente que tipo de animais pode entrar
nos restaurantes?
TSF
ACORDO ORTOGRÁFICO
O acordo ortográfico é um aborto. Como todas as vertentes nessa condição é um acordo morto. O acordo foi aprovado em Portugal pela chamada porta do cavalo. O resultado foi a adulteração da língua portuguesa. Há de facto reforma a fazer, mas nunca levar a língua portuguesa para a aventura à mercê do português falado e escrito no Brasil, por exemplo. Isso é o que acontece mais neste acordo de aborto. Talvez porque assim interessa mais ao negócio do ramo brasileiro.
O acordo ortográfico é um aborto. Como todas as vertentes nessa condição é um acordo morto. O acordo foi aprovado em Portugal pela chamada porta do cavalo. O resultado foi a adulteração da língua portuguesa. Há de facto reforma a fazer, mas nunca levar a língua portuguesa para a aventura à mercê do português falado e escrito no Brasil, por exemplo. Isso é o que acontece mais neste acordo de aborto. Talvez porque assim interessa mais ao negócio do ramo brasileiro.
Países lusófonos não aprovaram,
Angola por exemplo. Outros há. Recomenda-se que a liberdade de escrita e de expressão
seja livre nos países lusófonos como ainda hoje acaba por ser pelos que ignoram
o dito acordo. Existirem vários modos de utilizar a língua portuguesa é
enriquecedor. Mais do que a uniformização pretendida com este aborto de acordo.
Porque não podem existir outras expressões da língua portuguesa? Ou de origem brasileira, angolana,
guineense, moçambicana, timorense, etc.? O importante é entendermo-nos,
comunicarmos em português e seus derivados em cada país. A Portugal cumpre o
dever de manter com rigor o português, berço e também razão da nacionalidade. Isto,
claro está, com algumas reformas justificáveis. Não mais que isso.
Acabe-se com acordo ortográfico
em que alguns dos países lusófonos nem sequer o aprovaram, nem aderiram.
Para uns, por exemplo, com
sonoridade, o cágado é mesmo o cágado, para outros é o cagado. O acordo cheira
mesmo muito mals. E no Brasil o fato é um acontecimento, enquanto em Portugal
serve para nos vestirmos, aperaltarmo-nos, sendo o acontecimento um facto. E
por aí adiante. O recomendável é vestirmos a língua Pátria, de Camões e de
outros ilustres portugueses, com a racionalidade e decência que merece.
FS | PG
PCP propõe suspensão do Acordo
Ortográfico, uma "saída airosa" de Portugal
A proposta do PCP é discutida
esta quarta-feira no Parlamento a par de uma petição com mais de 20 mil
assinaturas.
O PCP quer que Portugal suspenda
o Acordo Ortográfico de 1990. A deputada Ana Mesquita argumenta que outros
países ainda não aplicaram o documento e aponta um processo mal conduzido pelo
Governo.
Esta quarta-feira é apresentado
um projeto de resolução que recomenda o recesso do Acordo Ortográfico, com um
período de transição e também a realização de um balanço e uma nova negociação
das bases e termos de um eventual futuro acordo.
Ana Mesquita considera que esta
seria "uma saída airosa para o governo".
"Será preferível, em vez de
continuarmos com remendos e reformas de reformas que depois já não têm nada a
ver com o acordo ortográfico original, este projeto de resolução dá uma
ferramenta ao governo, de certa maneira uma saída airosa para toda esta
situação que foi criada, e partirmos para opção de futuro mais equilibrada e
mais justa em relação à política da língua portuguesa".
Em discussão vai estar também uma
petição com mais de 20 mil assinaturas que defende a desvinculação de Portugal
do Acordo Ortográfico e que tem como subscritores figuras como António Bagão
Félix, António Barreto, António Lobo Antunes, Camané, Carlos do Carmo, Eduardo
Lourenço, Irene Pimentel, Isabel Pires de Lima, Jorge Palma, Júlio Isidro,
Júlio Machado Vaz, Manuel Alegre, Pedro Mexia, Rui Veloso ou Sérgio Godinho e
instituições como a Sociedade Portuguesa de Autores, a Associação Nacional de
Professores de Português e a Associação Portuguesa de Tradutores.
TSF | Foto: Sara
Matos/Global Imagens
Sem comentários:
Enviar um comentário