Bom dia. A seguir vai ter a
possibilidade de ler no PG o Curto do Expresso, com um pouco de cafeína, qb. Rui
Gustavo é quem serve, sem traumas, editor, que é, de sociedade, lá pelo burgo
do tio Balsemão, a que chamam Impresa, com SIC e muito mais nas ilhargas. Avancemos.
Hoje estamos à porta do Entrudo,
amanhã é para os foliões, os mascarados, os momos, e outros estafermos do género.
Alguns desses retirados da política, da Assembleia da República – onde passam
as legislaturas maquilhados e mascarados de cidadãos exemplares, ativos, republicanos
e democráticos, quando na realidade não são nada disso mas o contrário. No
dizer de muitos plebeus são uns grandes beneficiários das defesas dos lobies,
do capital selvagem, estulto, desumano, antidemocrático, golpista, radicalmente
neoliberal, neoesclavagista, e o que mais for de pior para as populações, de Portugal e do
mundo. Já dizia Albino Forjaz de Sampaio que “mascarado é o político que diz
aquilo que não sente, para enganar a gente”. Seguem também, tais mascarados, um
dos ensinamentos de “O
Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry- Porto Editora”: cativam para
enganar. No seu cativar é que está o lucro (deles), o engodo e o nosso engano. Por
isso os plebeus os epitetam de fdp’s. Não todos mas alguns, bastantes – mesmo que
fossem só dois. Na realidade são muitos mais e pior ainda aqueles que se alapam
nas suas ilhargas e os compram. Umas “putas”, diria o meu avô por entre aquele seu bigode
farto e semelhante ao de Estaline. Carnaval é todo o ano. Estamos a ver e
sentir que sim.
Que amanhã, terça-feira do dito Carnaval,
não é feriado reconhecido oficialmente mas que haverá “tolerância de ponto”. Sabe-se
que inúmeras empresas dispensam os empregados… Mas não é feriado obrigatório. E
este governo de Costa vai nessa. Um não feriado em que talvez a maioria não
trabalhe. Dá jeito aos patrões que não dispensam os seus empregados. É que se
fosse feriado oficial teriam de pagar um pouco mais aos que nesse dia têm de
trabalhar. Negócios com a cumplicidade dos políticos das decisões. Ou é feriado
ou não é. De vez. Assim é que devia de ser. Já no tempo salazarista não era
feriado… E continua. Estamos no salazarismo da moda, naquele em que o governo
de Passos se inspirou para destinar portugueses à fome e à morte por suicídio ou
por falta de tratamentos adequados na velhice? Quem disso sabe melhor, sobre a
bagunça nos hospitais, é o Dr. Morte, que atualmente é o grande patrão da Caixa
Geral de Depósitos. Esse tal Paulo Macedo, batizado de dr. Morte justamente, na
máscara que trazia de ministro da saúde de Passos e do neoliberalismo que nos pôs
à míngua.
Certo é que muitas máscaras já caíram,
desses e de outros. É igualmente certo que esses mascarados são quase todos
iguais no conteúdo e às vezes até na forma. Por isso se diz que com tais
avantesmas quem se lixa é o mexilhão. Esses tais de “marisco” são a maioria.
Eu, tu, nós, vós. Milhões. Pois é, mas se até a democracia está mascarada à
moda e interesses deles… Democracia sem máscaras é que não. Nada como
democracia com máscara, para se governarem. Pois.
Sigam para o Curto, porque aqui a
cegada acabou. Mascarem-se de divertidos e muito felizes, como é costume. Gozem
o Carnaval… todo o ano.
MM | PG
Rui Gustavo | Expresso
Bom dia. Hoje é
segunda-feira, véspera de Carnaval. Uma ponte antes da tolerância de
ponto já decretada pelo Governo e em vigor na esmagadora maioria das
empresas. E tal como em todos os anos, está frio (ao menos não chove), há
desfiles de Carnaval com bailarinas em pele de galinha, crianças de férias
mascaradas de Elsa ou Batman com casaco impermeável por cima, locais
públicos fechados e Justiça a meio gás.
Há dois juízes desembargadores suspeitos de corrupção detidos pela PJ? Sim, mas só na quarta-feira, depois da ponte e do ponto, saberão quais as medidas de coação que lhes serão aplicadas. A ex-diretora do DCIAP diz no julgamento do procurador Orlando Figueira que “não é normal” que documentos oficiais sejam destruídos ou que desapareçam e deixa no ar suspeitas contra um outro procurador? Sim, mas só na quarta-feira de cinzas irá continuar a depor. Porque hoje é ponte.
No Parlamento, a casa da democracia, não há plenário nem comissões. Só “trabalho de gabinete”. O que não é uma grande diferença em relação às segundas-feiras normais, normalmente dedicadas aos “contactos com eleitores”.
Na Autoeuropa não há ponte mas também não há trabalho. Faltam peças para a linha de produção e o sindicato argumenta que a decisão da administração de obrigar os trabalhadores a trabalhar ao sábado foi precipitada.
O Governo, a julgar pelas manchetes de hoje, aproveitou a ponte para mostrar serviço. Segundo o Público, “vai propor a criação de três novos impostos europeus”. As taxas, ou taxinhas, serão aplicadas às “plataformas digitais, empresas poluentes e transações financeiras internacionais”. Segundo o diário, a posição portuguesa já foi transmitida por António Costa à Comissão Europeia e será formalmente transmitida na reunião do conselho europeu de 23 de fevereiro. Portugal junta-se assim à posição de Jean-Claude Juncker, que defende o aumento da participação dos Estados-membros de 1% para 1,2%.
De acordo com o Correio da Manhã, o mesmo Governo “apresenta hoje em Bruxelas estratégia nacional para o lítio”. Trata-se de um mineral presente nas baterias dos telemóveis e carros elétricos e o jornal garante: “Portugal rico em novo petróleo”. Em setembro do ano passado o discreto ministro da Economia, Caldeira Cabral, tinha revelado que o Governo estava a preparar um plano para a extracção do lítio que previa a criação de uma indústria associada à sua exploração. Em janeiro deste ano, O Governo tinha aprovado em Conselho de Ministros as "linhas de orientação estratégica quanto à valorização do potencial de minerais de lítio em Portugal".
Em 2012, quando o Governo do PSD aboliu feriados a bem da recuperação económica e da felicidade da troika, o economista Luís Bento calculou em 37 milhões de euros o custo para o Estado de cada feriado e argumentou que era importante acabar com as pontes e as tolerâncias de ponto por causa dos “atrasos” que provocavam na vida das empresas. Mas a abolição dos feriados foi abolida, voltaram as pontes e a recuperação económica.
A vida é demasiado séria para a passarmos a trabalhar e hoje temos 37 milhões de razões (mais coisa menos coisa) para aproveitar bem o dia. Se gosta de Carnaval, há desfiles em Loures, Loulé, Estarreja e Torres Vedras. No Brasil, caso possa viajar, o pré-carnaval, já começou a 8 de fevereiro e prolonga-se, pelo menos, até dia 14. Lá é verão e não há pele de galinha.
Há dois juízes desembargadores suspeitos de corrupção detidos pela PJ? Sim, mas só na quarta-feira, depois da ponte e do ponto, saberão quais as medidas de coação que lhes serão aplicadas. A ex-diretora do DCIAP diz no julgamento do procurador Orlando Figueira que “não é normal” que documentos oficiais sejam destruídos ou que desapareçam e deixa no ar suspeitas contra um outro procurador? Sim, mas só na quarta-feira de cinzas irá continuar a depor. Porque hoje é ponte.
No Parlamento, a casa da democracia, não há plenário nem comissões. Só “trabalho de gabinete”. O que não é uma grande diferença em relação às segundas-feiras normais, normalmente dedicadas aos “contactos com eleitores”.
Na Autoeuropa não há ponte mas também não há trabalho. Faltam peças para a linha de produção e o sindicato argumenta que a decisão da administração de obrigar os trabalhadores a trabalhar ao sábado foi precipitada.
O Governo, a julgar pelas manchetes de hoje, aproveitou a ponte para mostrar serviço. Segundo o Público, “vai propor a criação de três novos impostos europeus”. As taxas, ou taxinhas, serão aplicadas às “plataformas digitais, empresas poluentes e transações financeiras internacionais”. Segundo o diário, a posição portuguesa já foi transmitida por António Costa à Comissão Europeia e será formalmente transmitida na reunião do conselho europeu de 23 de fevereiro. Portugal junta-se assim à posição de Jean-Claude Juncker, que defende o aumento da participação dos Estados-membros de 1% para 1,2%.
De acordo com o Correio da Manhã, o mesmo Governo “apresenta hoje em Bruxelas estratégia nacional para o lítio”. Trata-se de um mineral presente nas baterias dos telemóveis e carros elétricos e o jornal garante: “Portugal rico em novo petróleo”. Em setembro do ano passado o discreto ministro da Economia, Caldeira Cabral, tinha revelado que o Governo estava a preparar um plano para a extracção do lítio que previa a criação de uma indústria associada à sua exploração. Em janeiro deste ano, O Governo tinha aprovado em Conselho de Ministros as "linhas de orientação estratégica quanto à valorização do potencial de minerais de lítio em Portugal".
Em 2012, quando o Governo do PSD aboliu feriados a bem da recuperação económica e da felicidade da troika, o economista Luís Bento calculou em 37 milhões de euros o custo para o Estado de cada feriado e argumentou que era importante acabar com as pontes e as tolerâncias de ponto por causa dos “atrasos” que provocavam na vida das empresas. Mas a abolição dos feriados foi abolida, voltaram as pontes e a recuperação económica.
A vida é demasiado séria para a passarmos a trabalhar e hoje temos 37 milhões de razões (mais coisa menos coisa) para aproveitar bem o dia. Se gosta de Carnaval, há desfiles em Loures, Loulé, Estarreja e Torres Vedras. No Brasil, caso possa viajar, o pré-carnaval, já começou a 8 de fevereiro e prolonga-se, pelo menos, até dia 14. Lá é verão e não há pele de galinha.
OUTRAS NOTÍCIAS
O Aeroporto Cidade de Londres foi encerrado esta manhã. Não porque os funcionários tenham decidido fazer ponte, mas porque foi encontrada numa doca uma bomba da segunda guerra mundial por detonar.
A seleção portuguesa de futsal vai ser condecorada com a Ordem de mérito pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Os campeões da Europa foram recebidos em Belém, tiveram direito a uma selfie com o presidente e a uma receção apoteótica no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Ganhamos 3-2 à Espanha depois de Ricardinho, o melhor do mundo, se ter lesionado no prolongamento. Só faltaram as traças para a história do Euro 2016 de futebol se repetir.
Está marcada para hoje uma “sessão de esclarecimento” do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, com um grupo alargado de jornalistas e comentadores. Ontem, o líder sportinguista – que exige uma aprovação de 75 por cento dos sócios a uma alteração de estatutos do clube - tinha convidado mais de 40 “sportingados” para “esclarecer”, mas só cinco compareceram. Às 16h00 saberemos se há ponte à convocatória presidencial.
Um avião russo despenhou-se ontem a 40 quilómetros de Moscovo matando 77 pessoas – 71 passageiros e seis tripulantes. O aparelho desapareceu dos radares dois minutos depois de ter descolado do aeroporto de Domodedovo. O Antonov da Seratov Airlines foi visto em chamas antes de se despenhar e não são ainda conhecidas as razões para o acidente. O presidente Putin ordenou uma investigação imediata. As primeiras suspeitas apontam para erro humano.
A Operação Carnaval da GNR termina amanhã e já há cinco mortos a lamentar em mais de 600 acidentes. Em igual período do ano passado não houve acidentes mortais. O número não é exatamente surpreendente se tivermos em conta que em 2017 houve um aumento do número de mortos, algo que já não acontecia há mais 20 anos.
Os Beatles acabaram. Não os de Liverpool, mas os da Síria. Falo de um grupo de terroristas britânicos que se juntaram ao daesh e se destacaram pelo sotaque “brit” e pela brutalidade dos seus atos. Serão responsáveis pela morte e decapitação de 27 prisioneiros e do grupo fariam parte Jihadi John, morto em 2015 e Aine Davis, também morto. Alexanda Kotey e El Shafee Elsheikh foram recentemente capturados pelas forças regulares sírias. O Independent sintetiza aqui o que sabe sobre eles, agora que chegaram ao fim.
O procurador-geral de Nova Iorque abriu um processo judicial contra Harvey Weinstein por assédio sexual de várias funcionárias da empresa que dirigia com o irmão, a Weinstein Company, ainda um dos estúdios mais poderosos do pais. O processo também é dirigido à empresa. É a primeira vez que o escândalo sexual atinge a companhia, que mal o escândalo rebentou apressou-se a demitir o sócio fundador.
O FC Porto fez mais uma demonstração de poder desmantelando por 4 -0 o Chaves, uma das melhores equipas do campeonato. Vai à frente do campeonato com meio jogo a menos (estão a perder 0-1 com o Estoril, jogo interrompido por causa de umas rachas na bancada do estádio Manuel Coimbra da Mota). O Sporting também ganhou, em casa, ao Feirense e colou-se ao Benfica que tinha vencido o Portimonense no sábado. Temos campeonato.
Frases
“Orgulho-me muito de tê-lo como vice-presidente”
Assunção Cristas, presidente do
CDS, a respeito de Adolfo Mesquita Nunes, que em entrevista ao Expresso assumiu
ser homossexual.
“Parabéns malta”
“Parabéns malta”
Cristiano Ronaldo, numa mensagem
de felicitações à seleção de futsal que este sábado se sagrou campeã da Europa
“Mais uma vez os portugueses demonstraram que quando são bons são os melhores”
“Mais uma vez os portugueses demonstraram que quando são bons são os melhores”
"Eu disse logo: Genial.
Ponto de exclamação"
Marcelo Rebelo de Sousa,
Presidente da República, nos parabéns à seleção
“O futsal conseguiu tocar o céu”
“O futsal conseguiu tocar o céu”
Ricardinho, capitão da seleção e
melhor jogador do euro, para Marcelo. Tal como Ronaldo também se lesionou na
final.
"A alta velocidade é um tema tabu na política portuguesa e vai sê-lo por muito tempo"
"A alta velocidade é um tema tabu na política portuguesa e vai sê-lo por muito tempo"
António Costa, em entrevista ao
jornal espanhol ABC, sobre o TGV
“Não tiveram qualquer hipótese de sobreviver”
“Não tiveram qualquer hipótese de sobreviver”
Fonte do Ministério de Emergência
russo sobre a queda do Antonov que matou 77 pessoas
“Fico surpreendido com esta disponibilidade revolucionária em participar numa greve”
“Fico surpreendido com esta disponibilidade revolucionária em participar numa greve”
Jerónimo de Sousa,líder do PCP
“Parece estar a correr razoavelmente bem, contrastando com muito do que vai acontecendo no resto da Europa”
Noam Chomsky, filósofo e
linguista americano, sobre a geringonça portuguesa
O QUE EU ANDO A LER
Cartas de Casanova. Lisboa 1757, António Mega Ferreira
É mais o que eu ando a ouvir. O
teatro Nacional D.Maria II organizou no salão Nobre decorado com trabalhos de
Vilhs uma leitura de excertos do livro de Mega Ferreira. A obra, que
desconhecia, ficciona a viagem do filósofo libertino italiano a Portugal na
altura do terramoto que devastou Lisboa. O ator Manuel Coelho leu e músicos da
Orquestra Metropolitana de Lisboa executaram dois quintetos de Mozart, um para
trompa e outro para violino. Dia 5 de março a iniciativa repete-se, desta vez
com música de Nikolai Rimsky-Korsakov e do sueco Franz Berwald. São nomes longe
do mediatismo do compositor austríaco mas vale a pena ouvi-los. Berwald, por
exemplo, não teve muito sucesso em vida e teve de se dedicar a outras
profissões como cirurgião ortopédico e gerente de uma fundição de vidro. Hoje é
nome de uma das salas de concertos mais importantes da Suécia e é considerado o
maior compositor sueco do século XIX.
O QUE EU ANDO A VER
O QUE EU ANDO A VER
The End of the F**king World
Série da netflix, é uma espécie
de Thelma & Louise britânica para adolescentes. James tem 17 anos, uma faca
de mato e a certeza de que é psicopata. Alyssa é da mesma idade, quer fugir ao
padrasto abusador e à mãe inexistente. Os dois fogem à vida e à polícia ao som
de um rock’n’roll decente e entram de cabeça no mundo real. Ou muito me engano
ou os dois putos que interpretam as personagens principais – Jessica Barden e
Alex Lawther – serão estrelas do futuro.
Por hoje é tudo. E nem de propósito: Martinho da Vila nasceu há oitenta anos e é homenageado no Carnaval de São Paulo. Festeje-o também aqui.
Por hoje é tudo. E nem de propósito: Martinho da Vila nasceu há oitenta anos e é homenageado no Carnaval de São Paulo. Festeje-o também aqui.
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