Mário
Motta, Lisboa
A ponte a pé e a pontapé
O Laboratório Nacional de
Engenharia Civil constatou que a Ponte 25 de Abril tem fissuras e parafusos
soltos, outros afirmam que assim pode colapsar, a oposição sedenta, PSD e CDS,
bradaram “aqui del rei”. Mais o CDS, parece.
Já foi referido que é provável fecharem
o trânsito a viaturas da classe pesados (carga e passageiros). Alarmistas (ou não)
referem que os comboios vão ser suspensos de circulação na ponte. Transitarão só
os veículos ligeiros, ou talvez não. Simples, depois de tanta pancada que os
portugueses levam por parte dos governos e de certos e incertos mamões dos
orçamentos e respetivas ilhargas, passaremos a atravessar a ponte a pé e a
pontapé – o que significa uma grande sova, antes e depois de um dia de
trabalho.
Entretanto o governo reagiu à polémica,
segundo nos informa o DN. A seguir disponha dos títulos no centenário jornal diário.
Que a ponte tem falhas de
manutenção não é de agora… Mas há uma “coisa” que absorve milhões de euros dos
passantes e pagantes nas pontes sobre o Tejo, chamada Lusoponte… E cadê o
dinheiro e as obrigações que tem? Ou agora já não tem nada que ver com isso?
Vamos ver se não vai ser o “mexilhão”
a tramar-se, como de costume. Pois.
Temer o que ainda possa estar
debaixo dos panos
Também do DN mais um título: Operação
E-Toupeira | Ministra garante segurança de plataforma informática Citius
“Está bên dêxa”, é o que apetece
exclamar. Eles dizem quase sempre que o que acaba de falhar é seguro mas a
realidade mostra exatamente o contrário em imensos exemplos. É de admitir que
as violações continuarão apesar de não serem divulgadas publicamente, como a
deste caso escabroso do Benfica. Essa probalidade estará em alta enquanto no “enclave”
da Justiça forem admitidos funcionários – de alto a baixo – com tendências para
a criminalidade, para o pular da cerca das leis. Um setor da Justiça de rastos é
o que estamos a ver… E o que estará
ainda por debaixo dos panos nem sabemos. É de temer.
Dia da quê?
Dizem e fala-se na comunicação
social das mulheres, porque este é o seu dia. Assim foi destinado. Pois. As
mulheres em Portugal continuam a ver passar o dia e também as injustiças e
trabalho escravo que lhes cai em cima. Exceptuando umas quantas mulheres as
restantes são carne para canhão, nas desigualdades e paridades, na porrada que
levam a torto e a direito, nas mortes causadas por energúmenos, na Justiça que
tantas vezes não é feita, havendo juízes que citam a bíblia nas partes que lhes
convém… porra, senhoras, revoltem-se e parem! Sigam o exemplo das islandesas do
século passado ou das mulheres espanholas de hoje. Ora leiam no DN:
É certo que em Portugal já há
umas quantas felizardas fugidas do domínio dos homens… Mas são tão poucas. Sem
independência financeira não têm hipótese, muito menos se não tiverem vontade e
força para lutarem pelos seus direitos. Comecemos pelas senhoras legisladoras
que tantas vezes armam verdadeiras ratoeiras aos milhões das outras suas congéneres
no género.
Não. Sabem o que isso significa? Só
vos resta agirem nesse sentido para se libertarem da canga do machismo e da
discriminação. Quanto ao resto… aprendam artes marciais em vez de andarem a
gastar os parcos euros nos “fitenesses” da treta e nas “aeróbicas” dos xarás do
dá-cá-o-meu, que não será tão útil quanto as defesas (judo, etc.) necessárias
para “arrumarem” comprovados agressores. Claro que para isso é preciso
dinheiro. E para tal têm de saber bater o pé com os patrões. Os empresários
gulosos, feios, porcos, maus e esclavagistas. Para além de machistas.
Sejam mulheres de tintins, é preciso. Dito.
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