Em conformidade com o Expresso de
ontem, sexta-feira, Ricardo Salgado foi constituído arguido no “caso EDP”,
notícia que pode ver transcrita a seguir no PG.
Também hoje o Expresso faz corpo
ao título “Suíça arresta Ricardo Salgado por causa de José Guilherme”, artigo
de Micael Pereira, que nos deixa saber sobre este outro caso: “Ex-presidente do
BES está a ser investigado no caso em que Tomás Correia, antigo CEO do
Montepio, é arguido por corrupção. Em causa estão dois milhões de euros que
Ricardo Salgado recebeu do construtor José Guilherme quando o BES estava a
financiar a meias com o Montepio uma operação imobiliária na Amadora. Suspeitas
levaram as autoridades suíças a arrestar-lhe várias contas no UBS em Genebra.”
Se
quiser saber mais terá de pagar para isso. No Expresso não existem almoços grátis,
como em tantos outros jornais online.
Ricardo Salgado, pelo visto,
passou de DDT (dono disto tudo) a DMS (dono de muitos segredos) o que o
conserva aparentemente a contas com a justiça mas envolto numa impunidade
impressionante que lhe conserva a liberdade. A tal característica da justiça
para os ricos, bastante diferente da justiça aplicada aos pobres. Não sendo
infundadas as suspeitas de que se essa impunidade não existir e o remeterem em prisão preventiva ele poderá começar a apontar muitos outros que com ele são
corroborantes em prováveis crimes. Outros, da política, da alta-finança e afins. Segredos que
estão na posse do ex-dono disto tudo que agora se adivinha ser dono desses
muitos segredos. Sim, porque é de supor que as trafulhices e crimes que
provavelmente foram cometidos não o têm só a ele por personagem.
Mais uma, a seguir, notícia de
ontem. Que se espera ter efeitos inconsequentes (ou coisa muito leve), como
manda o manual de Justiça Para Ricos a que já estamos tão mansamente habituados. (MM | PG)
Ricardo Salgado constituído
arguido no caso EDP
Ministério Público constituiu
Salgado como arguido no caso EDP, suspeito de ter corrompido Manuel Pinho,
ex-ministro da Economia, com pagamentos de mais de um milhão de euros.
Os procuradores do Departamento
Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Carlos Casimiro e Hugo Neto,
queriam que a Polícia Judiciária (PJ) constituísse como arguido o antigo
presidente do BES, Ricardo Salgado, noticiou quinta-feira o Observador. E isso
acabou por acontecer esta sexta-feira, confirmou o advogado de Salgado,
Francisco Proença de Carvalho.
“Depois de ter sido
“pré-constituído arguido” pelo Observador entre quarta-feira e quinta-feira, o
Dr. Ricardo Salgado confirma que foi esta sexta-feira formalmente constituído
arguido no denominado caso “EDP””, esclarece Francisco Proença de Carvalho.
De acordo com o Observador, os
procuradores emitiram um despacho em que dão instruções à PJ para que constitua
Ricardo Salgado como arguido no caso EDP. A investigação diz respeito a
benefícios de mais de 1,2 mil milhões de euros alegadamente concedidos à
principal elétrica nacional por parte de Manuel Pinho, ex-ministro da Economia
do Governo de José Sócrates.
Em causa estão pagamentos no
valor de mais de um milhão de euros que terão sido realizados entre 18 de
outubro de 2006 e 20 de junho 2012 a uma nova sociedade offshore de Manuel
Pinho, a Tartaruga Foundation, com sede no Panamá, por parte da Espírito Santo
(ES) Enterprises, outra offshore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas
(habitualmente designada como “saco azul” do GES).
Os procuradores Carlos Casimiro e
Hugo Neto consideram que as transferências foram realizadas por ordem de
Ricardo Salgado para beneficiar o Banco Espírito Santo, o Grupo Espírito Santo
e a EDP enquanto Manuel Pinho exerceu funções públicas no Governo de Sócrates.
Francisco Proença de Carvalho
indica que “é falsa e despropositada a tese agora fabricada pelo Ministério
Público de que o Dr. Ricardo Salgado teria participado num suposto acto de
corrupção do Dr. Manuel Pinho, em benefício do GES e da EDP”.
“No acto formal de constituição de arguido realizado no processo, apenas foi transmitida ao Dr. Ricardo Salgado uma indiciação parca e repleta de generalidades. Até agora, o Observador teve uma maior deferência pela Defesa, porque já transmitiu mais detalhes quanto às intenções do M.P., no inquérito”, comentou ainda o advogado de Ricardo Salgado.
“No acto formal de constituição de arguido realizado no processo, apenas foi transmitida ao Dr. Ricardo Salgado uma indiciação parca e repleta de generalidades. Até agora, o Observador teve uma maior deferência pela Defesa, porque já transmitiu mais detalhes quanto às intenções do M.P., no inquérito”, comentou ainda o advogado de Ricardo Salgado.
“O Dr. Ricardo Salgado não
contribuirá para o triste espectáculo público a que se tem assistido sobre
casos judiciais e que nada tem credibilizado a Justiça”, conclui Francisco
Proença de Carvalho.
Expresso | Foto: M\303\201RIO
CRUZ
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