Segundo fonte ouvida pela agência
de notícias Lusa, desta vez o alvo foi a aldeia de Maganja, na província de
Cabo Delgado. Ataque terá provocado a morte de pelo menos cinco pessoas e
destruído cerca de 120 casas.
Um grupo armado atacou na noite
da última sexta-feira (22.06) uma aldeia remota do norte de Moçambique,
Maganja, onde matou cinco pessoas e incendiou 120 casas ao mesmo tempo em que
saqueava a povoação, disse à agência de notícias Lusa uma fonte das
autoridades.
A aldeia fica situada no distrito
de Palma, a cerca de cinco quilómetros do perímetro atribuído à construção de
empreendimentos ligados à exploração de gás natural.
Ainda de acordo com a fonte
ouvida pela Lusa, o grupo entrou na aldeia de Maganja pelas 23h de
sexta-feira, roubou arroz, outros produtos alimentares e alguns animais, como
cabritos. As vítimas foram assassinadas com golpes de catana e disparos de
armas de fogo.
Rede de ataques
Suspeita-se que os autores fazem
parte do mesmo movimento, composto por diferentes células, que tem atacado
residentes de povoações no meio do mato, sem eletricidade nem infraestruturas,
da província de Cabo Delgado, desde outubro de 2017.
Só na mais recente vaga de
violência, desde 27 de maio, morreram pelo menos 29 habitantes, 11 supostos
agressores e dois elementos das forças de segurança, segundo números das
autoridades e testemunhos da população recolhidos pela Lusa.
Antes da incursão na noite de
sexta-feira, em Maganja, o ataque anterior tinha acontecido na noite de
terça-feira na aldeia remota de Litandakua, posto administrativo de Chai,
distrito de Macomia - mais de 100 quilómetros em linha reta a sudoeste, na
mesma província, Cabo Delgado.
Agência Lusa | em Deutsche Welle
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