Os mesmos de sempre, em pelo
menos 40 anos, continuam na atualidade e a emitir as suas opiniões e críticas
como se não tivessem responsabilidades pelos disparates governativos que
fizeram no passado. Hoje, aqui, trazemos uma peça sobre a dívida e a cavaquista Manuela
Ferreira Leite, mas recordando que tanto assim é - que os do passado não assumem
as suas responsabilidades nos prejuízos que trazem ao país e às populações - que
temos ex-ministros e ex-ministras do anterior governo de Passos/Portas/Cavaco
que continuam no ativo da política, que com a maior da desfaçatez opinam sem que
assumam a má governação que desempenharam quando nos citados governos. Assunção
Cristas é um exemplo flagrante do descaramento, Mota Soares também, ambos
ministros do governo de Passos/Portas/Cavaco. Como esses outros vão sobressaindo,
mostrando quanto são pantomineiros.
Esses e essas falam, falam, em
constante ato de enganar. Apesar de tudo continuam portugueses a cair nas
esparrelas, nas mentiras, e a acreditar naqueles bandos de salafrários.
Segue-se a palavra de Manuela,
sobre a dívida. Vá-se atrás no tempo e vejamos das suas responsabilidades na dívida,
assim como nas responsabilidades dos seus colegas de partido (PSD), assim como
nas negociatas e vigarices que datam do tempo de Cavaco Silva e em que ela também
teve responsabilidades governativas. E o PS também está nesta lista negra que nos põe à mingua. Bando de sicários, esses tais cavaquistas e xuxalistas. Bandos de sicários e vigaristas que durante 40 anos foram e são os responsáveis pela dívida.
E assim continuarão até que os portugueses o permitam. (MM | PG)
"Não é possível pagar a
dívida", avisa Ferreira Leite
A antiga ministra das Finanças do
PSD Manuela Ferreira Leite considerou hoje que a dívida pública portuguesa não
é possível de pagar tal como está e disse que voltaria a assinar o manifesto
que, em 2014, pedia uma reestruturação.
"A minha posição é de que não
é possível pagá-la, todos os cálculos [de redução da dívida pública] se baseiam
em determinados níveis de taxas de juro, défices orçamentais primários, taxas
de crescimento que não se vão verificar sempre", afirmou Ferreira Leite,
no grupo de trabalho sobre endividamento público e privado, no Parlamento.
Além disso, acrescentou, mesmo
que as condições atuais se continuassem a verificar - o que é muito improvável
-, demoraria mais de 30 anos até Portugal pagar a dívida pública acumulada.
"Trinta e tal anos não é um
projeto que se pode apresentar a um país e a uma sociedade", frisou a
ministra das Finanças no governo de Durão Barroso (PSD).
É que, considerou, ter uma
situação orçamental equilibrada e não geradora de dívida é importante, mas
também "tem custos importantes para a sociedade e para as pessoas", como
já se assiste na "degradação dos serviços públicos".
A também economista e
ex-presidente do PSD disse que hoje voltaria a assinar o 'Manifesto dos 74', de
2014, que defendia a reestruturação da dívida (por redução significativa da
taxa média de juro do 'stock' da dívida, extensão de maturidades e
reestruturação da dívida acima de 60% do PIB), apesar do "barulho"
que então provocou e que considerou "mais político do que de
conteúdo".
A antiga ministra explicou que
não defende que não se pague a dívida, mas, sim, "a reestruturação da
dívida, negociações de determinada espécie e, especialmente, menos rigidez das
instituições europeias".
Segundo os últimos dados do Banco
de Portugal, a dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para
Bruxelas, atingiu em abril 126,3% do Produto Interno Bruto (PIB), acima do
valor de dezembro de 2017 (125,7%).
Sobre as causas do endividamento
excessivo, Ferreira Leite disse que contribuiu o custo barato do dinheiro após
a entrada de Portugal na zona euro (devido às baixas taxas de juro) e o
investimento em projetos de infraestruturas que considerou "muitos
discutíveis".
"Num concelho com 13
freguesias, que haja 13 piscinas é discutível", afirmou, referindo ainda
que nos custos de então não se contabilizou o custo de manter esses
equipamentos, que é elevado.
Ferreira Leite disse que já
quando era ministra, no início da década de 2000, e a dívida pública rondava
nos 60% do PIB, já se discutia no Ministério das Finanças que o que havia ia
levar a endividamento.
A economista recusou, contudo,
apontar o dedo a executivos específicos, afirmando que "há um conjunto de
factos que ocorreram ao longo dos anos e que afetaram muitos governos", e
criticou também as instâncias europeias que, aquando do início da última crise,
pediram aumento da despesa e depois se tornaram rígidos nesse tema.
Ferreira Leite mostrou-se ainda
preocupada com a arquitetura da zona euro por ser pouco adaptável a crises.
Lusa | em Notícias ao Minuto
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