domingo, 8 de julho de 2018

Portugal | Alentejo e Lisboa em cultura para todos


O cante alentejano em casa. A cultura que vem de tempos ancestrais revela-se em festival nas cidades do Alentejo. O alentejo das planícies e das montanhas, o abandono a que tem sido votado. O desconhecimento dos lugares, usos, costumes e das gentes do antigo "celeiro de Portugal". 

A resistência ao fascismo salazarista que nunca foi devidamente enaltecida. As histórias infindas das ações de repressão e dos sofrimentos e mortes causadas pela besta fascista. O alentejo que ainda hoje tantas vezes é relegado para último e para o esquecimento. O cante também é a sua válvula de escape. Acompanhe e use todos os seus sentidos para o absorver. A não perder, até ao dia 29 de Julho. 

Em Lisboa tem a fotografia por vedeta. Claro que há muitas manifestações culturais em Lisboa nestes tempos de verão. Apontamos para “imagens de esculturas do Padrão Descobrimentos”. Podia ser outro evento mas achamos que este é relevante e provavelmente passam-lhe ao lado. Vão lá e gozem um bom domingo, também com um “saltinho” aos Pasteis de Belém, uma iguaria inigualável. (PG)

Cante, chocalhos e dança de "mãos dadas" em festival no Alentejo

O cante alentejano, as sonoridades dos chocalhos e a dança contemporânea vão "andar de mãos dadas" na 2.ª edição do Alentejo -- Festival Internacional de Artes, que abre hoje em Évora, Estremoz e Castro Verde.

Ocertame, que decorre até ao dia 29 deste mês e abrange outras localidades da região, como Redondo e Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, e Vila Verde de Ficalho (Serpa), no distrito de Beja, é promovido pela Companhia de Dança Contemporânea de Évora (CDCE).

"O festival fomenta o cruzamento da linguagem do cante e dos chocalhos", dois patrimónios imateriais do Alentejo classificados pela UNESCO, com "as artes performativas e visuais contemporâneas e os patrimónios do Alentejo", segundo a CDCE.

A programação apresenta percursos com cante e chocalhos, espetáculos de música tradicional e contemporânea, dança contemporânea, expressões de rua, exposição de fotografia, conversas, oficinas e propostas artísticas dirigidas a vários escalões etários.

Inspiradas no cante alentejano e nas sonoridades dos chocalhos, indicou a organização, as atividades vão levar ao público da região "obras originais criadas ou remontadas a partir da temática do festival".

O cartaz para hoje, primeiro dia do evento, inclui, em Évora, uma oficina de fabrico de chocalhos e uma mostra de chocalhos de Alcáçovas, assim como a iniciativa "Cante na Praça", com a atuação do Grupo de Cantares de Évora, na Praça do Giraldo.

Para a Igreja dos Remédios, nesta cidade, está previsto um concerto original com Chocalhofone, instrumento musical composto por 32 chocalhos de Alcáçovas, criado pelo maestro Christopher Bochmann, e, na Praça do Giraldo, vai decorrer o concerto 'Campaniça do Despique', com o músico Pedro Mestre, violas campaniças e o Grupo de Cantares da Aldeia Nova de S. Bento.

A primeira jornada do festival também integra um workshop de dança contemporânea em Estremoz (Évora) e outro de dança contemporânea e chocalhos em Castro Verde (Beja).

"Chocalhando" é o título do espetáculo de dança contemporânea que a CDCE apresenta em Estremoz, no domingo, e que "explora as potencialidades sonoras dos chocalhos em confronto com sonoridades da música eletrónica, criada ao vivo", pelo DJ FatInch.

Na Praça do Sertório, em Évora, nesse dia, a dança contemporânea volta a "brilhar", com a Companhia Radar 360.º a apresentar a sua criação 'Baile dos Candeeiros', em que "candeeiros humanos" vão estar "espalhados por pontos estratégicos" e "ganham características dos espaços que habitam".

Ao longo do festival, vão realizar-se workshops de dança contemporânea, cante alentejano e viola campaniça, uma exposição de fotografia de Telmo Rocha e Diogo Castela, espetáculos de marionetas e atuações de Pedro Mestre e Cantadeiras, Moços D'Uma Cana e diversos grupos de cante.

'Transportadores', pela Companhia Radar 360.º, 'Ooups!', pela companhia belga Jordi Vidal, e 'Terra Chã', pela CDCE e pelo grupo 'Os Ganhões' de Castro Verde, são mais alguns dos espetáculos programados.

O festival é cofinanciado pelos programas comunitários Alentejo 2020 e Portugal 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, com o apoio da Câmara de Évora, assim como de outras entidades dos concelhos abrangidos.

Lusa em Notícias ao Minuto | Foto: Global Imagens


 Inaugurada exposição de imagens de esculturas do Padrão Descobrimentos

Uma exposição com fotografias de Luís Pavão, que captam pormenores do restauro das 33 esculturas dos navegadores que rodeia o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, vai ser hoje inaugurada, às 18:00, no monumento.

Acaravela portuguesa nas mãos do Infante D. Henrique, o olhar de Camões e uma esfera armilar de Pedro Nunes são alguns dos pormenores captados em fotografias que serão expostas, a partir de hoje, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.

A exposição resulta de um levantamento fotográfico realizado por Luís Pavão às obras de restauro - realizadas em 2016 - das 33 esculturas que rodeiam o monumento.

Margarida Kol de Carvalho, diretora do monumento, disse na sexta-feira à agência Lusa, numa visita à exposição, que a ideia inicial era fazer apenas o levantamento fotográfico do conjunto escultório emblemático dos Descobrimentos nesta "primeira grande intervenção de restauro nas esculturas", num investimento de 264 mil euros.

A monumentalidade das figuras - com sete metros cada uma, exceto a do Infante Dom Henrique, que lidera o conjunto, com nove metros - não permite, do nível do chão, aceder a pormenores que as fotografias revelam na exposição 'Na ponta dos dedos'. Luís Pavão visitou oito vezes as esculturas, de dia e de noite, para captar 408 imagens, e selecionou 28 que o público poderá ver na mostra.

Gonçalves Zarco, Gomes Eanes de Zurara, Gil Eanes, Vasco da Gama, Diogo Cão, ou Pedro Nunes são algumas das figuras históricas dos Descobrimentos que surgem em grande plano nas fotografias.

"Foi muito comovente ver todas estas figuras ao perto, de uma forma impossível de ver de terra", comentou Luís Pavão em declarações à agência Lusa. "Eu decidi explorar essa proximidade e entusiasmei-me bastante", relatou.

A exposição vai incluir 'Visitas Conversadas' para todos os públicos, aos domingos, às 11:00, com a conservadora/restauradora Alice Alves e Luís Pavão.

Também contará com 'Visitas Conversadas Acessíveis' a pensar nos públicos com necessidades especiais, com interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP) e com audiodescrição, nos sábados, às 11:00.

O monumento desenhado pelo arquiteto Cottinelli Telmo (1897-1948) e concretizado pelo escultor Leopoldo de Almeida (1898-1975), recebeu 351.592 visitantes em 2017, indicou à agência Lusa a diretora.

Lusa em Notícias ao Minuto | Foto: Global Imagens

1 comentário:

Jorge da Costa - Harrison New Jersey, U.S.A. disse...

O Alentejo é uma região Espanhola que foi roubada pelos Portugueses séculos atrás. Encheram a região de portugueses para suprimir todos os espanhóis que lá vivem. Um dos maiores e mais sofisticados enredos para suplantar outra cultura da história portuguesa.

Mas um que não funcionou. Hoje, os povos da região Alentejana clamam pela liberdade da opressão do regime autoritário que existe no país fraca de portugal. Até os povos Mirandes clamam pela liberdade da gema corrupta do país, e as suas vozes são mais altas todos os dias até alcançarem a liberdade que tão desesperadamente desejam.

Estas minorias mantiveram as suas tradições espanholas e a sua língua espanhola, o que constitui um bom sinal de respeito pelas raízes espanholas das regiões.

Viva Alentejo sempre espanhois e para baixo com portugal corrupto, sempre.


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