O primeiro-ministro timorense
destacou a importância do novo Porto de Tibar, nos arredores de Díli, cujas
obras arrancaram esta quinta-feira, para reforçar a conectividade, as condições
logísticas e a economia de Timor-Leste.
"O transporte marítimo tem um
importante papel a cumprir no desenvolvimento do país. É um meio de transporte
seguro, menos dispendioso e com menor consumo de energia, o que o torna mais
benéfico para os negócios e para o meio ambiente. Por isso, o desenvolvimento
de infraestruturas portuárias é considerado como vital para o futuro de
Timor-Leste", disse Taur Matan Ruak.
Taur Matan Ruak falava esta
quinta-feira, em Tibar, a oeste de Díli, na cerimónia que marcou o arranque da
construção do novo porto, que é o primeiro grande projeto em modelo de parceria
público-privada e o maior projeto de infraestruturas de sempre em Timor-Leste.
"Estamos a dar um sinal a
outros investidores, de que Timor-Leste é um local atrativo para a
concretização de negócios", afirmou.
"Consideramos, por isso, que
o lançamento da construção do novo porto na baía de Tibar, que hoje celebramos,
é uma das maiores prioridades do nosso Governo para o setor infraestruturas e
irá certamente tornar-se um marco fundamental no desenvolvimento de
Timor-Leste", frisou ainda.
As obras, que têm um prazo de
conclusão de três anos, deveriam ter começado em 2017, mas o arranque foi
atrasado por várias questões relacionadas quer com o financiamento quer com a
subcontratação.
O porto, disse o governante,
permitirá melhorar não apenas as condições de movimento de mercadorias mas
servirá como "polo de desenvolvimento benéfico para os negócios e para a
criação de empregos", ajudando a impulsionar o crescimento da comunidade.
Para o chefe do Governo o porto
permitirá que Timor-Leste possa, no futuro, ser um "interface regional
para transportes de mercadorias e trânsitos de contentores, gerando assim
rendimentos adicionais para o país".
Apesar dos potenciais benefícios
Matan Ruak deixou um alerta para a necessidade de preservar "o grande
valor ambiental" da Baía de Tibar.
Localizado a cerca de 10
quilómetros a oeste de Díli, na baía de Tibar, o projeto contou com a
participação do IFC O porto terá uma capacidade inicial de 226 mil contentores
(TEU), a qual será ampliada até uma capacidade para um milhão por ano, com um
cais de 330 metros e outro de 300 metros, devendo as primeiras
operações portuárias ser conduzidas já em 2020.
A primeira fase do projeto
(construção, equipamento e operação do porto) está avaliada em 278,3 milhões de
dólares (238 milhões de euros), com o Governo timorense a financiar com 129,45
milhões de dólares (110,7 milhões de euros), e o parceiro privado os restantes
148,85 milhões (127,3 milhões de euros).
Na segunda fase, já de
exploração, a Bolloré prevê investir cerca de 211,7 milhões de dólares (181,1
milhões de euros), em grande parte provenientes das receitas da atividade
portuária.
Intervindo na cerimónia de hoje
Phillip Jullien e Cyrill Dumon, do grupo Bolloré, concessionária do projeto,
destacaram a importância estratégica da infraestrutura que será o maior projeto
da empresa na região da Ásia.
Na cerimónia participou ainda
Kong Qi, vice-presidente diretor da China Harbour, empresa que a Bolloré contratou
para a construção do projeto, que se comprometeu a criar mais de 500 empregos e
a trabalhar com pequenas e médias empresas locais para o fornecimento de
materiais e equipamentos para a obra.
Lusa em SAPO TL
- em Timor Agora
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