A lista de governantes angolanos
exonerados não cessa de aumentar. Agora foi a vez de seis governadores
provinciais.
O Presidente angolano, João
Lourenço, exonerou esta quarta-feira (12.09) os governadores das
províncias do Bié, Lunda Sul, Cunene, Huambo, Huíla e Zaire, alguns dos quais
líderes históricos ao longo dos 39 anos de liderança em Angola de José Eduardo
dos Santos.
A informação consta de uma nota
da Casa Civil do Presidente da República, referindo que as
exonerações, por decreto, ocorrem por "conveniência de serviço".
Noutro decreto, João Lourenço,
Presidente desde setembro de 2017 e que, no passado sábado (08.09) foi eleito
líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder) no VI
Congresso Extraordinário do partido, nomeou os novos governadores.
Álvaro Boavida Neto, eleito no
sábado como secretário-geral do MPLA, deixa o governo provincial do Bié, sendo
substituído por Pereira Alfredo, enquanto o antigo ministro da Defesa Kundi
Paihama, um dos históricos generais angolanos, deixa o executivo provincial do
Cunene, passando a liderança para as mãos de Virgílio da Ressurreição Adriano
Tyova.
Ernesto Fernando Kiteculo foi
exonerado do cargo de governador da Lunda Sul, para o que foi nomeado Daniel
Félix Neto, enquanto João Baptista Kussumua, outro histórico do partido e
antigo ministro, sai do Huambo, sendo substituído por Joana Lina Ramos Baptista
Cândido.
O governo provincial da Huíla
deixa de ser liderado por João Marcelino Tyipinge, no cargo desde 2012, e passa
para Luís Manuel da Fonseca Nunes, enquanto no do Zaire é afastado José Joanes
André, também no cargo desde 2012 (entre outras funções governamentais), que
fica nas mãos de Pedro Makita Armando Júlia.
As exonerações dos seis
governadores sucedem-se à recente reformulação do Secretariado do Bureau
Político do MPLA, em que a nova direção mudou, na segunda-feira (10.09), todos
os dez nomes que até então integravam aquele órgão do partido.
Recorde-se, que José
Eduardo dos Santos deixou no sábado a liderança do MPLA, após 39 anos,
depois de já não ter concorrido às eleições gerais de agosto de 2017, que
colocaram João Lourenço no poder em Angola.
Agência Lusa, ar | em Deutsche Welle
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