terça-feira, 16 de outubro de 2018

Cristas | Os que mais ‘ladram’ contra os incêndios puseram em prática políticas incendiárias


PSD e CDS continuam na atualidade a tomarem por “cavalo de protesto” os incêndios de 2017 e também os de 2018, em Monchique (por exemplo). Encenaram sem vergonha o ar de santos e de preocupados durante e depois da tragédia na zona centro do país que em 2017 foi um inferno de chamas e que agora mesmo lembram a data passado um ano. Assumindo o ar de nojeira política, pretendendo esquecer as suas responsabilidades por cortes de 20 milhões nos serviços que combatem fogos e outras calamidades quando eram governo, o PSD e o CDS mostraram-se e mostram-se na oposição “revoltados” com as políticas do atual governo – surpreendido que foi pelas carências dos serviços de socorro às populações. 

Mas quem fez os cortes? Passos Coelho e Cristas quando foram governo pró fascista (a que chamam neoliberal). Cristas, deputada e maioral do CDS, no lugar de Paulo Portas, faz de conta que nada tem de responsabilidades nas sangrias que fez quando ministra e nas hiperlimitações infligidas aos portugueses, ao país. Passos dá aulas, aparentemente afastado da política mas pronto para saltar sobre Rui Rio ou outro que lhe pretenda ocupar o lugar de chefe do PSD neotudo de direita dentro de alguns anos, após o período de defeso e de falta de memória que ataca imensos portugueses. 

Afinal, eles, Passos e Cristas/Portas, foram os principais incendiários do que aconteceu em Pedrogão e pelo país. Não acenderam fósforos nem isqueiros mas foram autores de bombas retardadoras que explodiram após terem deixado de serem governo de uma política de cortes orçamentais que também causaram muita fome aos portugueses e os levaram a perderem os seus empregos, as suas casas, as suas famílias - que se desagregaram porque “casa onde não há pão todos ralham e todos têm razão”. E é essa gentalha do PSD e do PSD que agora critica, reclama, fazendo-se honestos e potenciais patriotas e humanistas… Cristas, por que não te calas?!

Alguns pormenores no texto que apresentamos a seguir, de Abril Abril.  (MM | PG)

Passos e Cristas fizeram sangria financeira no ICNF

PSD e CDS-PP cortaram mais de 20 milhões na defesa da floresta

O anterior governo, com Passos Coelho como primeiro-ministro e Assunção Cristas como ministra das Florestas, cortou o orçamento do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) em um quarto, entre 2011 e 2015.

O orçamento de despesa da entidade pública responsável pela gestão do património florestal do Estado e das áreas protegidas foi altamente afectado pelos cortes orçamentais do anterior governo. Entre 2011 e 2015, o orçamento caiu mais de 25%, passando de mais de 82 milhões de euros para pouco mais de 61 milhões durante esse período.

A fusão da Autoridade Florestal Nacional e do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade em 2012, que criou o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), resultou num corte de 10 milhões de euros no seu financiamento, logo no primeiro ano completo do governo do PSD e do CDS-PP, com Passos como primeiro-ministro e Cristas como ministra da tutela.

Até à derrota eleitoral de 2015, o orçamento do ICNF foi sofrendo cortes sucessivos, perdendo outros 10 milhões de euros até ao final da legislatura. O orçamento para investimento foi o que mais sofreu a partir de 2013: nesse ano passa de 9 para 3 milhões de euros; em 2014 é praticamente obliterado, passando para 500 mil euros.

Foi a queda do anterior governo que permitiu aumentar, ainda que de forma muito insuficiente, o investimento na defesa da floresta contra incêndios e, particularmente, no funcionamento das equipas de sapadores florestais. Os cerca de 14 milhões de euros anuais reservados para a defesa da floresta contra incêndios durante os anos do PSD e do CDS-PP passaram a 32 milhões em 2016 e, no caso das equipas de sapadores florestais, o compromisso financeiro para o seu funcionamento passou de 9 para 26 milhões de euros.

Mas aqui fica também evidente a falha na concretização das medidas, já que este reforço das equipas de sapadores florestais, apesar de prevista nos plano do Fundo Florestal Permanente do ICNF de 2016 ainda não foi concretizada.

AbrilAbril | Foto: em Aventar (artigo AbrilAbril em outubro de 2017)

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