domingo, 23 de dezembro de 2018

Analista chinês pondera criação de base militar indonésia no mar do Sul da China


Recentemente, a Indonésia abriu uma base militar na parte sul do mar do Sul da China, com a previsão de instalação de mil militares.

Considerada por cientistas políticos como um ponto de conflito, o mar do Sul da China é uma área estratégica de mútuos interesses de grandes potências regionais e extrafronteiriças.

As disputas territoriais de longa data, as tentativas ativas dos Estados Unidos e de outros países ocidentais de lidar com as contradições dos participantes de disputas, as reservas de hidrocarboneto e a passagem de rotas marítimas estratégicas pelo mar, tudo isso faz com que aumente seriamente a presença militar nesta região.

A militarização da área do mar do Sul da China obriga os Estados da Região a aumentar seus gastos militares e, consequentemente, os riscos de conflitos também crescem, dificultando ainda mais a solução do problema.

A Indonésia não participa de disputas territoriais do mar em questão, mas começaram a surgir preocupações em Jacarta sobre possíveis reivindicações da China em relação à zona econômica exclusiva perto do arquipélago de Natun.

O especialista chinês Shen Shishun, durante entrevista à Sputnik, disse que não vê razão para a Indonésia aumentar sua presença militar na região.

"Indonésia e China não são participantes das disputas no mar do Sul da China. Se a Indonésia cria uma base militar dentro do seu território soberano, então é necessário entender a necessidade dessa medida, ou seja, se existem de fato motivos para criar uma base militar especificamente nesta área. Se algo ameaça a segurança nacional, é claro que você precisa agir. No entanto, se não houver ameaça, e você toma medidas militares, isso poderá forçar outros países da região a fortalecer a militarização na região. Isso é claramente inadequado", ressaltou Shishun.

Para o especialista, é necessário analisar as ações indonésias, determinando se elas de fato são construtivas para a região e se contribuem para a paz e estabilidade do mar.

"Este é o ponto de partida para avaliar as decisões tomadas. A julgar pelas ações indonésias, não penso que elas sejam necessárias. Ninguém ameaça a Indonésia em todas as águas do mar do Sul da China. Ações militares em tal situação não contribuem para a paz e estabilidade na área", ressalta.

Quando perguntado sobre as perspectivas para o próximo ano, o analista chinês afirmou que, no momento, a situação geral da região do mar "está se desenvolvendo na direção da estabilidade e cooperação, e essa tendência está aumentando".

"Se uma situação turbulenta surge na região e a ameaça externa aumenta, então os países costeiros podem tomar suas próprias medidas preventivas […] Este ano, o status quo foi mantido na região, e um ambiente estável e pacífico foi mantido. Países localizados no mar do Sul da China são obrigados a manter conjuntamente a estabilidade regional."

O Código de Conduta (CC) no mar do Sul da China, que a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e a China vêm desenvolvendo em conjunto desde 2012, tem como objetivo evitar conflitos sobre disputas territoriais por ilhas e recursos marinhos na região. Durante a última cúpula da organização, realizada em Singapura em novembro de 2018, os países envolvidos acordaram manter a conduta por três anos.

Sputnik | Foto: AFP 2018

Tsunami na Indonésia faz 168 mortos, 745 feridos e 30 desaparecidos


As autoridades indonésias subiram de 62 para 168 o número mortos num tsunami que atingiu a Indonésia no sábado e que causou ainda pelo menos 745 feridos e 30 desaparecidos, de acordo Agência Nacional de Gestão de Desastres.O anterior balanço dava conta de 584 feridos e 20 desaparecidos.

As autoridades indonésias confundiram inicialmente o tsunami com uma maré crescente e chegaram a apelar à população para não entrar em pânico, noticiou a agência de notícias France-Presse. "Foi um erro, sentimos muito", escreveu na rede social Twitter o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho.

O tsunami foi desencadeado por uma maré anormal associada a um deslizamento submarino causado pela erupção do vulcão Anak Krakatoa. O tsunami atingiu Lampung, Samatra, e as regiões de Serang e Pandeglang, em Java.

"A combinação causou um tsunami repentino que atingiu a costa", segundo a agência. A área mais afetada foi a região de Pandeglang, na província de Banten, em Java, que abrange o Parque Nacional de Ujung Kulon e praias populares, de acordo com as autoridades.

O vulcão Anak Krakatau, no Estreito de Sunda, que liga o Oceano Índico ao Mar de Java, tem 305 metros de altura está localizado a cerca de 200 quilómetros a sudoeste da capital Jacarta, onde tem sido registada atividade desde junho. De resto, em julho, as autoridades ampliaram a proibição de acesso para uma área de dois quilómetros à volta da cratera.

O vulcão foi formado após a erupção do Krakatoa em 1883, que não só destruiu a ilha onde se erguia como também criou a atual ocupada pelo Anak Krakatoa, não sem que antes deixasse um rasto de devastação bem ilustrada nos mais de 36 mil mortos então registados.

O pior tsunami na Indonésia aconteceu a 26 de janeiro de 2004 no norte de Samatra e causou cerca de 230 mil mortes numa dezena de países banhados pelo Oceano Índico, dos quais 168 mil em território indonésio.

A Indonésia é o quarto país em número de habitantes e também um dos mais castigados por desastres naturais.

A localização geográfica da Indonésia, no Anel de Fogo do Pacífico, e o número de vulcões ativos no país, mais de cem, tornam a nação propensa a grande atividade sísmica, que habitualmente passa despercebida à população.

Só este ano, a Indonésia registou 11 terramotos com vítimas mortais:

- 23 de janeiro: Um terramoto de magnitude 6 causa duas mortes e 41 feridos na ilha de Java.
- 18 de março: Um terramoto de magnitude 4,5 causa três mortes e 21 feridos também em Java.
- 21 de julho: Um terramoto de magnitude 5,2 causa um morto e dois feridos na ilha de Samatra.
- 29 de julho: Um terramoto de magnitude 6,4 causa 20 mortes e 401 feridos na ilha de Lombok.
- 05 de agosto: Um terramoto de magnitude 6,9 causa 513 mortos e 1.353 feridos em Lombok.
- 09 de agosto: Um terramoto de magnitude 5,9 causa seis mortos e 24 feridos em Lombok.
- 19 de agosto: Um terramoto de magnitude 6,3 deixa dois mortos e três feridos em Lombok.
- 19 de agosto: Um terramoto de magnitude 6,9 causa 14 mortes e 24 feridos em Lombok.
- 28 de setembro: Um terramoto de magnitude 7,5 causa 2.256 mortos e 10.679 feridos na ilha de Celebes.
- 10 de outubro: Um terramoto de magnitude 6 causa quatro mortos e 36 feridos em Java.
- 14 de novembro: Um terramoto de magnitude 5,6 causa sete mortos e seis feridos nas Celebes.

Lusa | em Notícias ao Minuto

Timor-Leste | "Julgar crimes da ocupação indonésia é desafio da sociedade civil global" -- Comissão de Reconciliação


Paris, 19 mai (Lusa) -- O coordenador da Comissão de Acolhimento, Verdade e Reconciliação, criada em 2001 para investigar o período de ocupação de Timor-Leste pela Indonésia, disse hoje que "julgar os crimes" cometidos entre 1974 e 1999 é "um desafio da sociedade global".

Patrick Walsh, que falava em Paris na cerimónia evocativa da restauração da independência de Timor-Leste, há dez anos, que a Assembleia Nacional francesa acolheu, considerou que "conseguir que sejam que sejam levados a tribunal os crimes que foram cometidos durante a ocupação indonésia de Timor-Leste é um desafio da sociedade civil global porque em causa estão crimes contra a humanidade".

"O relatório que entregámos, e que tem 2.800 páginas, não deixa margem para dúvidas. E não é o único. Contaram-se, durante esse período, cerca de 100 mil civis mortos, verificou-se uma sistemática violação do direito internacional e também dos direitos humanos, nomeadamente violência sexual contra mulheres, detenções arbitrárias e deportações", afirmou.

O Governo indonésio e o seu poder militar, defendeu, "foram os responsáveis". Além disso, "há testemunhos de alguma cooperação de outros Estados, como a França ou a Austrália, quer porque fecharam os olhos à situação, quer porque venderam equipamento militar ou armas à Indonésia".

No entanto, acrescentou, "até aqui, nenhum desses atores pediu desculpa ou assumiu responsabilidades em relação ao que aconteceu".

Por outro lado, prosseguiu, "nem José Ramos-Horta, ex-Presidente da República de Timor-Leste, nem Taur Matan Ruak, que hoje tomou posse como chefe de Estado, entendem que deve pressionar-se a Indonésia a fazer justiça ou levar a questão a um tribunal internacional. 'É preciso olhar para o futuro porque não temos tempo para olhar para trás', disse o novo Presidente".

"Eu acho que a história tem tendência para se repetir. Por isso, as pessoas precisam de saber o que aconteceu. Os crimes precisam de ser julgados. Para isso, tem que criar-se uma base de apoio. E também para que continuemos vigilantes", concluiu.

Na cerimónia, interveio também Frederic Durand, geógrafo e presidente da Associação França-Timor, que mostrou retratos do país, dez anos depois da restauração da independência: um país "que levou a cabo um grande esforço de reconstrução", que tem "um povo com sede de aprender" e que "tem uma magia inexplicável".

A cerimónia, que juntou mais de 100 pessoas, foi organizada por iniciativa da Associação França-Timor, que assinalou hoje o seu 9.º aniversário, em colaboração com o grupo parlamentar de amizade França-Timor-Leste.

JYF

Oposição timorense contesta orçamento "despesista" e que compromete sustentabilidade


Díli, 22 dez (Lusa) - A oposição timorense considerou hoje que o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2019, aprovado no Parlamento Nacional, é "despesista" e compromete a economia e a estabilidade do fundo petrolífero, faltando estudos sobre a viabilidade dos grandes projetos.

Na declaração de voto depois da aprovação final e global do OGE, o chefe da bancada da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), Aniceto Guterres Lopes, criticou vários aspetos da proposta de gastos para o próximo ano.

"É despesista, compromete a economia e a sustentabilidade do fundo petrolífero. É um orçamento que não se traduz em benefícios máximos para o povo timorense. Estas são as razões principais do voto contra", disse.

O deputado questionou a capacidade do Governo em cumprir as suas promessas de garantir a segurança alimentar da população, de cumprir o propósito de "gerar crescimento económico de qualidade, inclusivo e sustentável, e diversificado" e a criação de 60 mil empregos por ano.

Ao mesmo tempo, disse, contas públicas tão elevadas "aumentam o risco de ineficiência, esbanjamento e corrupção", sendo essencial "fortalecer a capacidade e rigor na gestão".
Referindo-se ao maior investimento do OGE - a compra por 650 milhões de dólares de uma participação maioritária no consórcio do Greater Sunrise -, o deputado da oposição disse que faltam explicações mais claras do Governo e estudos mais precisos.

"A Fretilin não está contra o gasoduto para Timor-Leste. O gasoduto tem que vir para Timor-Leste. Mas a Fretilin não vive na ilusão de que um grande investimento não tem um risco grande associado", afirmou.

"Temos que compreender bem os riscos antes de assumir as decisões de investimento. Temos que assegurar interesse do povo. A Fretilin colocou dúvidas durante o debate, questões e perguntas, mas infelizmente não teve explicação em detalhe da parte do Governo", disse.

A votação mostrou também divisão na bancada do Partido Democrático (PD), com dois dos cinco deputados a chumbarem o diploma e os restantes - incluindo os dois principais líderes do partido - a apoiarem a proposta do Governo.

Na sua declaração de voto, o presidente do PD, Mariano Sabino, disse que as contas para 2019 são "cruciais" e que é essencial "diálogo e consenso nacional para uma boa diversificação e planificação económica".

Sabino, um dos deputados do PD que votou a favor, disse que se exige "unidade nacional" e mais trabalho para conseguir melhorar a situação de emprego dos jovens, com apostas renovadas na diversificação económica, especialmente para os setores de agricultura e pesca.

O parlamento timorense aprovou hoje, com os votos contra da Fretilin e de dois deputados do PD, o maior orçamento anual de sempre, no valor de 2,13 mil milhões de dólares (cerca de 1,87 mil milhões de euros).

Com este valor, o OGE torna-se no mais elevado de sempre, acima dos 1,9 mil milhões de dólares das contas públicas (retificativas) de 2016 e representa um aumento de mais de 853 milhões de dólares face aos 1,279 mil milhões de 2018.

Um dos aspetos que suscitou mais debates e que mais fortemente dividiu o parlamento foi a questão das despesas nas operações de compra das ações da ConocoPhillips e da Shell no consórcio do Greater Sunrise, num valor total de 650 milhões de dólares.

A operação da participação da ConocoPhillips, no valor de 350 milhões de dólares, já tinha sido contabilizada nas contas quando estas entraram no parlamento, mas os 300 milhões de dólares para a compra das ações da Shell foram incluídos no debate na especialidade.

As bancadas dos três partidos da coligação do Governo - CNRT, PLP e KHUNTO -, três deputados do PD e ainda os deputados do PUDD, FM e UDT votaram a favor.

Tendo em conta o aumento para 2,13 mil milhões de dólares, o Governo timorense vai levantar cerca de 1.846 milhões de dólares do Fundo Petrolífero em 2019, o que representa mais de 1,3 mil milhões acima do rendimento sustentável.

ASP // JMC

Moçambique | De que falamos, quando falamos que o estado da Nação é estável?


@Verdade | Editorial

Os discursos do Presidente da República, Filipe Nyusi, sobretudo quando se dirige a Nação moçambicana, já começam a provocar náusea, devido ao excesso de nada. Como sempre, o Chefe de Estado brindou- -nos mais uma vez com um informe que foi, na verdade, um documento cheio de parra e uva nenhuma. Aliás, o que ficou claro é que o Presidente reconhece que em Moçambique está tudo na mesma, os moçambicanos continuam a viver na mesma desgrenhada miséria, continua a faltar unidades sanitárias, o acesso à água potável continua uma miragem, sem falar do esclarecimento das dívidas legais que se encontra engavetado na secretária da Procuradora-Geral da República.

Desde o primeiro ano do seu mandato, Nyusi tem vindo a demonstrar que vive com a cabeça nas nuvens e não faz ideia do que se passa no nosso país, facto esse também é fruto da bajulação que tem merecido. Os moçambicanos, sobretudo aqueles que leva a vida honestamente, vivem sufocados com o custo de vida, que agudizou com a descoberta das dívidas ilegais das empresas Proindicus, EMATUM e MAM. Mas mesmo assim o Presidente da República, que começou por dizer que o estado da Nação não era “satisfatório, mas também não era mau”, passando por “firme” e agora “estável”, continua a lançar areia para os olhos do povo.

No seu discurso enfadonho e demagógico, o Chefe de Estado ignorou uma série de aspectos que clamorosamente preocupam os moçambicanos. Nyusi perdeu a oportunidade de explicar aos moçambicanos os frequentes ataques às populações de Cabo Delgado. Deveria falar o que está a ser feito para o esclarecimento das dívidas ilegais, que ele mesmo é parte do problema. Esperava-se que o Presidente da República explicasse o que o seu Governo está fazer para acabar com a fome e a pobreza que continua a castigar milhares de moçambicanos.

Nyusi optou por um discurso triunfalista e cheio de frases feitas. Diga-se em abono da verdade, Nyusi usou o seu informe para fazer a sua propaganda barata, antevendo eleições presidenciais no próximo ano. Falar de que o Estado vai pagar o 13º salário dos funcionários públicos e agentes de Estado foi o cúmulo. Isso não é mais do que obrigação do Estado, e assim como um direito do próprio cidadão. E, como quem anunciava uma grande novidade, o Presidente, fazendo um aproveitamento político, disse que a escolaridade passa a ser gratuita até 9ª classe. Para quem esteve atento, claramente se apercebeu de que se trata de mais uma das alterações na Lei do Sistema do Ensino Nacional de Educação, e não uma inovação do Presidente.

Portanto, o Chefe de Estado devia preocupar-se em apresentar aos moçambicanos, por sinal, segundo as suas próprias palavras, o seu patrão, um discurso mais próximo da realidade.

São Tomé | “TOMATXO” e a Baronesa que sonha ser a mulher de branco


Autonomia e In_Dependência versus Corrupção com Democracia

Isabel de Santiago* | Téla Nón | opinião

Reza a história – é importante  – recordar que São Tomé e Príncipe, contrariamente ao que alguns dizem, eram ilhas desertas. E o 1º Barão de Água Izé, um mulato, originário do Brasil, além de um grande trabalhador, foi um grande percursor na produção de cacau nas terras tão férteis de São Tomé e Príncipe.

Hoje pouco ou nada se trabalha para desenvolver o país e continuamos encostados ao mastro do Porto, sem águas profundas, prometido em inúmeros governos, sempre à espera dos contentores de importação.

O cacau exportado para a Europa, já tem chocolate internacional, e nacional, mas a preços incomportáveis para a dieta dos nacionais. Não se desenvolve riqueza com o Povo. Produz-se (apenas) riqueza para aumentar a riqueza de quem vai e vem explorar a nossa terra, legitimamente (ou não), o nosso chão e nós, e continuamos estúpidos, a ver o que os outros produzem, enriquecendo,  e levando de São Tomé para fora. Existem dois grande exemplos. O problema ou empresa mais recente vem com o nosso amigo Trovoada vs. seu amigo das águas e que agora é produtor de chocolate,  tendo-lhe concedido a Roça Diogo Vaz, onde se “produzem” outras coisas, em vez de empregar – com dignidade – os santomenses. Continua a exploração quase esclavagista. Com ordenados inaceitáveis para o elevado custo de vida no País.

A Dama de branco, matou os sonhos do Barão, conta a lenda que do alto do penhasco da Ilha do Príncipe – a alegada sombra da Baronesa – de origem portuguesa, se perdeu por amores por um negro espadaúdo, mas respeitador, consumando tal amor. E hoje, numa tortura, voa entre o ilhéu Bom-Bom e a ponta sul do Príncipe. 

Todos temos as nossas damas brancas na vida. Perseguem-nos uns e nós perseguimos outros.

Nas últimas semanas, no rescaldo das eleições, continuo atenta às movimentações – não esqueçam que o Povo votou Bom Jesus e não (apenas) no MLSTP PSD, carregado de cromos sem valor político, de tão velhos que estão e tão associados a elevados esquemas de corrupção. Neste artigo não me alongarei, mas os dados existem e documentos também. Dois deles ex primeiros ministros.

Deixemo-nos de doutores e secretárias com cargos sem que a produção agrícola, grande fonte de riqueza, e do Mar, possam aumentar o crescimento económico do país. É preciso um ministério,  com grande conhecedor dos temas agrícolas e do mar, e que saiba gerir a pasta, sem aumentar os seus, bolsos pessoais.

Precisamos de diplomacia externa – com rigor e dignidade – e forte aposta na diplomacia económica, capaz de atrair investimentos que não passem pela tragédia do ouro negro, a qual já nos hipotecou por mais de 50 anos, mas  nunca uma chefe de diplomacia que não é gostada nas Embaixadas de Europa – soube recentemente, que se julga (sem ser) como a última coca-cola do deserto. Criticou os do passado, pelos usos (indevidos de verbas públicas) abusos, mas prepara-se para vôos e saídas, quando o país nem tem dinheiro para mandar cantar um cego.

No mistério da Estrada de Sintra – para quem lê a história dos grandes autores portugueses – todos descendemos deles (no bom e no mau) – a história começa com o sequestro de um médico – Dr.*** – e de seu amigo escritor – F… O rapto, realizado por quatro mascarados, ocorre na estrada de Sintra. O Dr.*** e o seu companheiro são levados para uma misteriosa casa, onde se encontrava o cadáver estrangeiro. Sabendo que um deles era médico, os raptores pretendiam verificar se, de facto, o homem estava morto.

Entretanto, são surpreendidos pela entrada de um jovem – A.M.C., que viria a esclarecer todo o mistério. Rytmel era, afinal, um oficial britânico que morreu vítima de uma dose excessiva de ópio que lhe dera a amante – condessa de W., prima do mascarado alto. Esta desejava apenas adormecê-lo para confirmar nos seus papéis se ele era ou não amante de uma irlandesa.

Nos últimos dias vários lideres de vários partidos políticos de São Tomé e Príncipe contataram-me. Não adianta. Fui, sou e serei independente. Não deixo que me anestesiem com o ópio da política nem tampouco como o TOMATXO ou a cacharamba que destrói vidas. Apoiei o Homem, Jorge Bom Jesus. E fá-lo-ia, de novo, pela Democracia e neutralização do líder do anterior Governo. Acordem. Democracia, não é, e nunca mais voltará a ser forma de abuso de direitos pelos políticos enquanto eu for viva.

As ameaças que me foram dirigidas caíram em saco roto. Hoje,  um alto quadro de um meio de comunicação social português, cognominou-me, de um misto de Joana d’Arc e Madre Teresa de Calcutá. Defendo os pobres para que tenham dignidade e valor humano e trabalhem por isso. E de defesa de democracia contra formas autoritárias de exercício de poder ou de abuso em forma de corrupção via exercício de poder. Em suma, sou a IN_ i de independência. N de defesa da Nação, Dependência dos Direitos,  Liberdades e Garantias.

Enquanto uns e umas se preparam para passeios, à custa do (inexistente) erário público, mas eu vigio – outros angariam (e meu Deus, como é duro!!)  – apoios para ajudar santomenses cadenciados, em situação débil de saúde, a viver em Portugal. Não existem mais tachos. As panelas ficaram rotas.

Feliz Natal e até já

*Public Health Communication Researcher and Invited Professor
Institute of Preventive Medicine and Public Health
Faculty of Medicine, University of LISBOA

Angola | OS ABUTRES DA RE(I)PÚBICA


Dizem que Tchauzé (nome com que ficou conhecida depois de ser exonerada por JLo) diz que anda a ser perseguida por um homem. Que calamidade, um homem a perseguir quem demonstra tanta futilidade nas suas aberrações intelectuais nas redes sociais?!

Domingos Kambunji | Folha 8 | opinião

O pai da Tchauzé pagou a homens para perseguirem, espancarem, prenderem e matarem homens e mulheres de Angola, apenas porque defendiam a liberdade de pensamento e expressão, maior justiça social e democracia. Essas acções tinham por objectivo proteger o ninho de marimbondos-abutres onde enriqueciam a Tchauzé, o actual presidente da re(i)pública, João Lourenço, e outras aves e insectos de comportamentos e verticalidade abjectos.

A Tchauzé nunca se manifestou contra a corrupção e violação dos mais elementares direitos humanos, porque era empresária do MPLA com o dinheiro abifado pelo papá. Dava demasiado jeito enriquecer com a maior facilidade, apesar de revelar demasiada opacidade mental.

No ano de 1991, Rodney King, um trabalhador da construção civil na Califórnia, foi violentamente espancado pela polícia de Los Angels. Essa violência foi filmada e divulgada por um cidadão dos Estados Unidos, George Holliday, e provocou uma revolta social muito violenta. Após alguns retrocessos e avanços, essa brutalidade conduziu à condenação criminal dos polícias e a uma indemnização elevada para o violentado, pelos danos físicos e psicológicos que sofreu.

Na Re(i)pública da Angola do MPLA, os fuzilamentos de dezenas de milhar de angolanos no 27 de Maio de 1977, pelo MPLA, são considerados pelo actual governo do MPLA apenas como “excessos cometidos”! Acerca do tal “repatriamento de capital”… agora o JLo diz que irá demorar 10 ou 20 anos… O repatriamento será assim arquivado no esquecimento!

Na Re(i)pública da Angola do MPLA são muitíssimo numerosos os acontecimentos semelhantes, ou muito piores, ao espancamento de Rodney King, praticados pelos kapangas que protegiam e protegem o, sempre cobarde ditador, agora reformado por grande invalidez, papá da Tchauzé.

A Tchauzé calou-se e aconchegou-se ainda mais no berço dourado da cleptocracia que a protegia. JLo, actual Rei-Presidente, não soltou “faladura” contra a ditadura. O nojentamente famoso Rui, mangueira que apenas serviu para irrigar o crescimento nas plantações da roubalheira, ministro da injustiça e dos direitos desumanos, meteu o rabo entre as pernas, curvou-se perante a prepotência e foi todos os meses receber o gordo salário de monangambé da obediência.

Voltamos a recordar aqui que a Laurinda Gouveia foi brutalmente espancada pela “pulhícia” do MPLA. A OMA (Organização das Meretrizes de Angola), onde milita a Tchauzé, não fez banzé.

Os jovens adultos Cassule, Camulingue, Ganga, o miúdo Rufino António… foram fuzilados pelos kapangas do papá da Tchauzé. A Tchauzé não fez banzé e guardou o chulé para agora o usar nas campanhas de alucinações gritando que está a ser vítima de perseguições.

Nas Lundas são normais os fuzilamentos praticados por “pulhíciais” da Re(i)pública da Angola do MPLA. A Tchauzé acha normal que os familiares das vítimas dessa actividade criminal sejam indemnizados com um caixão, sacos de fuba e litros de óleo vegetal?… Depois continua tudo normal até aos próximos fuzilamentos pela “pulhícia”.

A Tchauzé frequenta botequins da Victoria’s Secret onde se podem comprar cuecas e outros acessórios muito rendilhados e caros. Enquanto a Tchauzé se vai passeando pelos hipermercados da vaidade e da futilidade, 86% das crianças angolanas, dos 0 aos 23 meses, não têm uma alimentação adequada. Dessas crianças, 75% não vivem em habitações com a qualidade mínima exigida. Nesta faixa etária, 71% das crianças não têm cuidados de saúde e 53.8% não bebem água potável.

A mãe da Tchauzé, uma pessoa que em declarações públicas balança entre o disparate e a estupidez, afirmou que o Zédu viveu sempre rodeado por abutres. Neste aspecto tem toda a razão. Ele era o comandante-chefe desse bando de aves saprófitas, onde parasitavam faustosamente as mulheres e ex-esposas do Zédu, os seus filhos e generais e o actual Presidente da Re(i)pública da Angola do MPLA.

Haverá maior hipocrisia? Não, não há! São estes os camaleões que dizem agora defender a democracia do MPLA… Dizem que os abutres não têm nojo de usar na alimentação carne em avançado estado de putrefacção!

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