Ana Alexandra Gonçalves* | opinião
António Costa não tem razões de
queixa, na precisa medida em que consegue governar amiúde longe da esquerda e
ainda assim conservar os acordos com os partidos à sua esquerda e no outro lado
do espectro político simplesmente não existe oposição, sobretudo no que toca ao
PSD. O CDS é uma perfeita nulidade e o PSD não sossega enquanto não se livrar
da actual liderança.
De resto, Luís Montenegro ataca a
liderança e nas distritais tudo se faz para convocar um conselho nacional
extraordinário.
Já se sabia que Rio estava a
prazo, mas o que não se sabia é que o prazo é manifestamente curto, ao ponto do
actual Presidente nem chegar às próximas legislativas. Rio representa um
partido que já não existe, o que por lá prolifera são acólitos de Passos
Coelho, munidos da sua cartilha neoliberal de pacotilha. Aquela gente não
descansa enquanto não assistir ao regresso da tal cartilha que tão bem casa com
a mediocridade reinante.
Entretanto, perde a democracia
que conta sempre com partidos que governam e com partidos que fazem oposição.
Neste momento há um partido que governa, outros que permitem que esse partido
governe e toda uma oposição ou com lideranças em estado terminal (PSD) ou sem
conseguir fazer qualquer espécie de oposição digna desse nome, como é o caso do
CDS.
*Ana Alexandra Gonçalves |
Triunfo da Razão | em 11.01.2019
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