quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

A OTAN prepara uma vaga de atentados na Europa


Várias fontes, situadas em diferentes países, indicam-nos que a OTAN prepara atentados em países da União Europeia.

Durante os «anos de chumbo» (isto é, do fim dos anos 60 até aos anos 80), os Serviços Secretos da OTAN lançaram a «estratégia da tensão». Tratava-se de organizar atentados sangrentos, atribuídos aos extremistas, a fim de instaurar um clima de medo e impedir a constituição de governos de aliança nacional incluindo os comunistas. Simultaneamente, a OTAN (pretensamente defensora da «democracia») organizou golpes de Estado ou tentativas de golpe na Grécia, na Itália e em Portugal.

Os Serviços Secretos da OTAN haviam sido montados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido a partir do Gabinete de Coordenação Política da CIA. Eles apenas prestavam contas a Washington e a Berlim, e não aos outros membros da Aliança Atlântica. Estes serviços eram chamados stay-behind (forças de retaguarda- ndT), já que podiam actuar em caso de ocupação pela URSS, e integravam os melhores especialistas da luta anti-comunista do Reich nazi.

Serviços similares haviam sido criados pelos Anglo-Saxões em todo o mundo, seja como conselheiros de governos pró-EUA, seja clandestinamente na URSS e nos Estados que lhe estavam associados. Eram coordenados através da Liga Mundial Anti-Comunista. Em 1975, três comissões dos EUA levantaram o véu sobre essas práticas —a Comissão Church no Senado, Pike na Câmara e Rockfeller na Casa Branca—. Em 1977, o Presidente Jimmy Carter nomeou o Almirante Stansfield Turner como cabeça da CIA para limpar os Serviços Secretos. Em 1990, o Presidente do Conselho italiano, Giulio Andreotti, revelou a existência do ramo dos Serviços Secretos da OTAN em Itália, o Gladio. Seguiu-se uma gigantesca revelação e comissões de inquérito parlamentares na Alemanha, Bélgica e Itália. O conjunto teria então sido dissolvido.

No entanto, anos mais tarde encontramos indícios probatórios da responsabilidade da OTAN nos atentados de Madrid, de 11 de Março de 2004, e de Londres, de 7 de Julho de 2005.

É neste contexto que em França, um gendarme móvel, e antigo legionário, foi preso a 23 de Dezembro de 2018, na gare de Lyon (Paris), quando transportava explosivos. Após 96 horas sob custódia, foi indiciado.

Nós publicamos inúmeros documentos e estudos sobre o stay-behind, nomeadamente:
- « Stay-behind : les réseaux d’ingérence américains » (Stay-Behind: as redes da ingerência americanas»- ndT), par Thierry Meyssan, Réseau Voltaire, 20 août 2001.
- Em 16 episódios, o livro do Professor Daniele Ganser Les Armées secrètes de l’OTAN, que é taxativo.
- «La Ligue anti-communiste mondiale, une internationale du crime» («A Liga Anti-comunista Mundial, uma internacional do crime»- ndT), par Thierry Meyssan, Réseau Voltaire, 12 mai 2004.

Voltaire.net.org | Tradução Alva

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