Depois de uma coima de 31 mil
euros, por assédio moral sobre a trabalhadora Cristina Tavares, a corticeira
Fernando Couto-Cortiças, Paços de Brandão, Feira, foi alvo de uma nova coima,
agora de seis mil euros.
A Autoridade para as Condições do
Trabalho (ACT) terá detetado irregularidades relacionadas com Segurança e Saúde
no Trabalho no caso concreto da trabalhadora.
"Além do assédio, a
Autoridade veio confirmar que a empresa a colocou a exercer funções que não se
enquadram nos seus problemas físicos e na função para a qual tinha sido
admitida", explicou Alírio Martins, coordenador do Sindicato dos Operários
Corticeiros do Norte, explicando que a nova coima foi aplicada pela ACT, numa
decisão tomada a 14 de janeiro por esta entidade. "Reconhece que, do ponto
de vista de saúde e trabalho, a empresa não estava a cumprir a lei",
acrescenta Alírio Martins.
Os novos dados foram já anexados
ao processo-crime que está a decorrer no Ministério Público, do Tribunal da
Feira.
Cristina Tavares foi despedida
pela empresa, que argumentou justa causa por esta ter, alegadamente, denegrido
a imagem da corticeira. No próximo sábado, pelas 15 horas, no arraial em frente
à igreja matriz de Lourosa, Feira, o Sindicato promove uma "Tribuna
Pública", em solidariedade com a trabalhadora.
Salomão Rodrigues | Jornal de Notícias
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