A sua explicação da
"presidência interina" de Guaidó
Tribuna Popular [*]
O tristemente célebre Elliott
Abrams, enviado especial dos EUA para a Venezuela, deu uma involuntária
demonstração do falar cantinflesco quando, de "maneira disparatada e
incongruente" – conforme definição do Diccionario de la lengua
española da palavra "cantinflérico" – tentou responder a
perguntas de jornalistas acerca de se já haviam terminado os 30 dias da suposta
"presidência interina" de Juan Guaidó.
Durante a conferência de imprensa que deu na Casa Branca, em 15 de Março último, este funcionário da administração Trump deixou claro seu desconhecimento da Constituição da Venezuela e também a falta de sustentação constitucional do autoproclamado "presidente encarregado".
Nas respostas balbuciadas de Abrams evidenciaram-se as incongruências que há entre o inválido "Estatuto de Transição" aprovado pela Assembleia Nacional em desacato – que começa a contabilizar os tempos a parte do tão cacarejado "fim de usurpação", mas que além disso leva de 30 dias para um ano o lapso de tempo para a realização de "eleições livres" – e os discursos do governo dos EUA, seus aliados europeus, seus subordinados presidentes latino-americanos e a direita apátrida da Venezuela – que declararam o início do período da "presidência interina" de Guaidó a partir de 11 de Janeiro e com máxima força a partir de 23 de Janeiro.
Durante a conferência de imprensa que deu na Casa Branca, em 15 de Março último, este funcionário da administração Trump deixou claro seu desconhecimento da Constituição da Venezuela e também a falta de sustentação constitucional do autoproclamado "presidente encarregado".
Nas respostas balbuciadas de Abrams evidenciaram-se as incongruências que há entre o inválido "Estatuto de Transição" aprovado pela Assembleia Nacional em desacato – que começa a contabilizar os tempos a parte do tão cacarejado "fim de usurpação", mas que além disso leva de 30 dias para um ano o lapso de tempo para a realização de "eleições livres" – e os discursos do governo dos EUA, seus aliados europeus, seus subordinados presidentes latino-americanos e a direita apátrida da Venezuela – que declararam o início do período da "presidência interina" de Guaidó a partir de 11 de Janeiro e com máxima força a partir de 23 de Janeiro.
Em breves minutos – que para Abrams devem ter parecido horas – ficou claro quem está na Presidência da República a exercer as funções assinaladas pela Constituição. Além disso, demonstrou-se que o imperialismo estado-unidense mais uma vez fez mal as suas contas ao confiar na direita nacional pró imperialista que financiou e treinou:
– Poderia explicar-nos o artigo
pelo qual Juan Guaidó autroproclamou-se Presidente? Diz que o seu mandato
expirou no mês passado, pode nos explicar?
Quanto à Constituição da Venezuela... ahhh... a Assembleia Nacional aprovou uma resolução segundo a qual o período de 30 dias de presidência provisória... ammm... não começará a ser contado até que Nicolás Maduro deixe o poder. Assim, o período de 30 dias não começou. Começará depois da saída de Maduro. Esta é a resolução da Assembleia Nacional.
– Quando a fizeram? Depois de que ele...?
Eles fizeram isso... há cerca de um mês atrás. Podemos tentar encontrar o dia para o senhor.
– Quando ele (Juan Guaidó) assumiu o cargo de presidente interino isso não estava ali...
Isso é correcto…
– Pode-se fazer post facto?
Quando a gente pergunta…
– É como se eu tiver sido eleito por quatro anos para ser Presidente e a seguir, aos dois anos do meu mandato, mude as regras para que o término, que já começou, ainda não tenha sido começado. (risos)
Não terá o voto porque o senhor não é membro da Assembleia Nacional.
– O senhor tampouco é membro da Assembleia Nacional.
Quanto à Constituição da Venezuela... ahhh... a Assembleia Nacional aprovou uma resolução segundo a qual o período de 30 dias de presidência provisória... ammm... não começará a ser contado até que Nicolás Maduro deixe o poder. Assim, o período de 30 dias não começou. Começará depois da saída de Maduro. Esta é a resolução da Assembleia Nacional.
– Quando a fizeram? Depois de que ele...?
Eles fizeram isso... há cerca de um mês atrás. Podemos tentar encontrar o dia para o senhor.
– Quando ele (Juan Guaidó) assumiu o cargo de presidente interino isso não estava ali...
Isso é correcto…
– Pode-se fazer post facto?
Quando a gente pergunta…
– É como se eu tiver sido eleito por quatro anos para ser Presidente e a seguir, aos dois anos do meu mandato, mude as regras para que o término, que já começou, ainda não tenha sido começado. (risos)
Não terá o voto porque o senhor não é membro da Assembleia Nacional.
– O senhor tampouco é membro da Assembleia Nacional.
– Os Estados Unidos vêem isso como constitucional, sob a sua assistência?
Sim. A Assembleia Nacional é a única instituição legítima e democrática que resta na Venezuela... ahhh... e sua interpretação da Constituição, como já se sabe, é que desde que começou este suposto mandato de Maduro, a cadeira de Presidente está vaga... ahhh... mas também dizem que esse período de 30 dias começa quando Maduro se for.
– Então Juan Guaidó é o presidente interino de um mandato que não existe? (risos)
O fim dos 30 dias da sua presidência interina começa a contar... ahhh... porque não está ainda no poder. Esse é o problema. Maduro ainda está aí. Então eles decidiram que começarão a contar esse período quando ele (Juan Guaidó) realmente assuma esse período e Maduro se for. Creio que é lógico.
– Então Guaidó não é presidente interino.
Sim, é presidente interino, mas não está com capacidade para exercer esse papel porque Maduro ainda está aí.
20/Março/2019
Ver também:
Elliott
Abrams, o homem que dedicou a sua vida a destruir a democracia
O original encontra-se em prensapcv.wordpress.com/...
Esta notícia encontra-se em http://resistir.info/
O original encontra-se em prensapcv.wordpress.com/...
Esta notícia encontra-se em http://resistir.info/
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