O
Governo venezuelano acusou hoje o advogado e deputado Roberto Marrero, chefe de
gabinete do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, de
dirigir uma célula terrorista que pretendia desestabilizar o país.
"Roberto
Marrero dirigia uma célula terrorista para desestabilizar o país", disse
aos jornalistas o ministro venezuelano das Relações Interiores, Justiça e Paz,
Néstor Reverol.
Segundo
o ministro, as autoridades confiscaram "um lote de armas de guerra e
dinheiro em divisas estrangeiras" durante uma rusga efetuada na manhã de
hoje à sua residência.
"Investigações
conjuntas com o Ministério Público conduziram à detenção de Roberto Marrero,
que era o responsável direto da organização de grupos criminosos",
afirmou.
O
governante confirmou que foi também detido Luís Alterno Páez Salazar,
guarda-costas do deputado, numa operação em que foram encontradas várias
"viaturas, telemóveis e provas" para a investigação.
Roberto
Marrero, advogado de profissão, foi detido hoje de madrugada na sua casa por
cerca de 50 membros dos serviços secretos venezuelanos (SEBIN).
A
detenção foi denunciada pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan
Guaidó, que se referiu ao acontecimento como uma violação da imunidade
parlamentar e um "sequestro".
Por
outro lado, o deputado Sérgio Vergara denunciou, através do Twitter, que "durante
a madrugada o regime usurpador [do Presidente Nicolás Maduro] realizou uma
rusga ilegalmente" na sua residência e na de Roberto Marrero, que
"foi sequestrado" e onde lhe colocaram armas intencionalmente.
Vários
países e organismos internacionais já questionaram a detenção do chefe de
gabinete do autoproclamado presidente interino da Venezuela, entre eles os
Estados Unidos, reclamando que seja "libertado" pelas autoridades
venezuelanas.
Lusa
| em Notícias ao Minuto | Foto Reuters
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