Primeira-ministra britânica volta
a pedir aos líderes dos demais países-membros que concedam prazo até o fim de
junho para que o Reino Unido possa sair ordenadamente da União Europeia.
A primeira-ministra britânica,
Theresa May, formalizou nesta sexta-feira (05/04) um segundo pedido de
adiamento da data de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), novamente até
30 de junho, e indicou estar se preparando para participar das eleições europeias
de maio.
May enviou uma carta ao
presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em que afirma não ser do interesse
do Reino Unido nem da UE que o país participe das eleições para o Parlamento
Europeu, que serão realizadas entre 23 e 26 de maio, mantendo ainda a
esperança de poder aprovar a lei para o Brexit a tempo de não participar do
escrutínio.
Porém, May afirma que o Reino
Unido aceita a opinião do Conselho Europeu de que, se o Reino Unido ainda for
membro da União Europeia em 23 de maio, teria a obrigação legal de realizar
eleições.
"O governo está assim a
avançar com os preparativos legais e responsáveis para essa situação, incluindo
fazer o edital que determina a data das eleições", afirmou May na carta.
May já havia solicitado a data de
30 de junho no mês passado, mas o pedido fora então rejeitado pelos
líderes dos demais países-membros. Em vez disso, eles ofereceram o dia 22 de
maio caso o acordo para um Brexit ordenado, acertado entre Bruxelas e
Londres, fosse aprovado pelo Parlamento britânico, ou 12 de abril se
não houver acordo. Até o momento, o Parlamento já rejeitou o acordo três
vezes.
O dia 12 de abril é também a data
limite para o Reino Unido manifestar se pretende ou não participar das
eleições.
Segundo a emissora britânica BBC,
Tusk é a favor de conceder ao Reino Unido um adiamento flexível do Brexit por
12 meses. A solução permitiria ao Reino Unido sair da UE antes do final desse
período se o Parlamento em Londres conseguir ratificar um acordo sobre a saída.
Há temores de que uma saída
abrupta do bloco europeu, sem acordo, possa levar a uma desaceleração econômica
e comprometer o fornecimento de suprimentos médicos e alimentares devido à
introdução de controles de fronteira e tarifas de um dia para o outro. O
Parlamento britânico deve retomar o debate sobre o assunto na segunda-feira.
AS/lusa/ap/efe/ap | em Deutsche Welle
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