sexta-feira, 5 de abril de 2019

May pede adiamento do Brexit até 30 de junho


Primeira-ministra britânica volta a pedir aos líderes dos demais países-membros que concedam prazo até o fim de junho para que o Reino Unido possa sair ordenadamente da União Europeia.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, formalizou nesta sexta-feira (05/04) um segundo pedido de adiamento da data de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), novamente até 30 de junho, e indicou estar se preparando para participar das eleições europeias de maio.

May enviou uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em que afirma não ser do interesse do Reino Unido nem da UE que o país participe das eleições para o Parlamento Europeu, que serão realizadas entre 23 e 26 de maio, mantendo ainda a esperança de poder aprovar a lei para o Brexit a tempo de não participar do escrutínio.



Porém, May afirma que o Reino Unido aceita a opinião do Conselho Europeu de que, se o Reino Unido ainda for membro da União Europeia em 23 de maio, teria a obrigação legal de realizar eleições.

"O governo está assim a avançar com os preparativos legais e responsáveis para essa situação, incluindo fazer o edital que determina a data das eleições", afirmou May na carta.

May já havia solicitado a data de 30 de junho no mês passado, mas o pedido fora então rejeitado pelos líderes dos demais países-membros. Em vez disso, eles ofereceram o dia 22 de maio caso o acordo para um Brexit ordenado, acertado entre Bruxelas e Londres, fosse aprovado pelo Parlamento britânico, ou 12 de abril se não houver acordo. Até o momento, o Parlamento já rejeitou o acordo três vezes.

O dia 12 de abril é também a data limite para o Reino Unido manifestar se pretende ou não participar das eleições.

Segundo a emissora britânica BBC, Tusk é a favor de conceder ao Reino Unido um adiamento flexível do Brexit por 12 meses. A solução permitiria ao Reino Unido sair da UE antes do final desse período se o Parlamento em Londres conseguir ratificar um acordo sobre a saída.

Há temores de que uma saída abrupta do bloco europeu, sem acordo, possa levar a uma desaceleração econômica e comprometer o fornecimento de suprimentos médicos e alimentares devido à introdução de controles de fronteira e tarifas de um dia para o outro. O Parlamento britânico deve retomar o debate sobre o assunto na segunda-feira.

AS/lusa/ap/efe/ap | em Deutsche Welle

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