A informação é avançada pela SIC
Notícias, numa altura em que se espera que Rui Rio reaja às declarações de
António Costa, que ameaçou demitir-se.
Depois de António Costa ter
ameaçado, ao final da tarde desta sexta-feira, que se demite caso seja aprovada
em votação final global a lei que prevê a contabilização total do tempo de
serviço dos professores, os partidos com assento no Parlamento reagiram em
catadupa, incluindo o PSD, embora pela voz de Paulo Rangel. No entanto, de
acordo com a SIC Notícias, os sociais-democratas estão a ponderar uma
mudança de posição.
Rui Rio, o líder social-democrata
deveria ter estado hoje numa iniciativa de pré-campanha das eleições europeias,
em Gondomar, mas a sua presença foi cancelada durante a tarde. Está então prevista para este domingo a reação de Rui Rio.
Em declarações aos jornalistas na
iniciativa, o cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, acusou o primeiro-ministro de criar uma
"crise artificial" e assegurou que a direção nacional responderá
"no momento certo" à ameaça de demissão de António Costa.
De acordo com a SIC Notícias,
está a ser equacionado pelo partido de Rui Rio um recuo. O PSD estará a
ponderar mudar de posição na votação final global do diploma que contabiliza o
tempo total de carreira.
Este sábado, na comissão
permanente do partido, foi discutida a hipótese de levar ao Parlamento o artigo
que prevê a sustentabilidade das contas públicas, mas que tinha ficado fora do
texto final, aprovado entre PSD, CDS, Bloco de Esquerda e PCP, indica ainda a estação
de Paços de Arcos.
A respeito do tema, o ministro
dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse esperar "bons resultados"
da reflexão "profunda" que o líder do PSD estará a fazer
sobre a ameaça de demissão do primeiro-ministro, caso o diploma dos professores
seja aprovado.
"Neste momento, é claro que
toda a gente está a pensar duas vezes antes de tomar decisões que o país não
percebe e que o Governo não pode aceitar", referiu, assegurando que o
Executivo numa tomará "medidas que possam pôr em causa a consolidação
orçamental", nem alinhará com "qualquer decisão que se tome hoje e
que signifique encargos insuportáveis para o país no futuro próximo".
Filipa Matias Pereira | Notícias
ao Minuto
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