A China apelou hoje aos
estudantes para que "reforcem a sua avaliação dos riscos" antes de
decidirem ir estudar para os Estados Unidos, na sequência de recentes
restrições e recusa de vistos a cidadãos chineses.
O ministério chinês da Educação
pediu, em comunicado hoje divulgado, aos estudantes que "pensem bem na
necessidade de tomar precauções e fazer preparativos adequados" antes de
irem para os Estados Unidos.
O apelo surge num contexto de
guerra comercial entre Pequim e Washington e de crescente desconfiança dos EUA
face à entrada de estudantes e investigadores chineses.
No mês passado, os republicanos
apresentaram ao Congresso um projeto de lei para impedir a obtenção de um visto
de estudante para entrada no país a qualquer pessoa ligada ao exército chinês,
o que suscitou de imediato protestos da China.
O ministério chinês da Educação
denunciou ainda várias dificuldades colocadas pelos Estados Unidos perante a
apresentação de um pedido de visa, como o aumento do tempo de processamento, a
redução do prazo de validade e o aumento do número de recusas.
"Isto afeta todos os
chineses que estudam nos Estados Unidos e também os que aí terminaram com
sucesso os seus estudos", refere o ministério no seu site.
A proposta de lei apresentada ao
Congresso pede a Washington que estabeleça uma lista de instituições científicas
e de engenharia ligadas ao exército chinês cujos empregados ou investigadores
patrocinados não podem obter visa de estudante ou investigador.
O jornal norte-americano The New
York Times já tinha avançado, em abril, que as autoridades americanas tinham
começado a recusar acesso ao país a alguns chineses suspeitos de terem ligações
aos serviços de informações do seu país.
Cerca de 360 mil chineses estão
atualmente a estudar nos Estados Unidos, de acordo com estatísticas citadas em
março pela agência oficial de notícias chinesa.
Lusa | em Notícias ao Minuto |
Foto: Reuters
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