Nota do Estado Islâmico
O grupo radical Estado Islâmico
reivindicou ter detido um ataque do exército moçambicano na segunda-feira, 3,
em Metubi, no distrito de Mocímboa da Praia, na província moçambicana de Cabo
Delgado, do qual diz resultaram vítimas sem, no entanto, dar mais detalhes.
“Com o sucesso dado por Alá
Todo-Poderoso e no âmbito da ‘Batalha do Atrito’, ontem, os soldados do
Califado, conseguiram repelir um ataque do exército cruzado de Moçambique na
vila de Metubi, na área de Mocímboa, onde eles foram confrontados com uma
variedade de armas, deixando mortos e feridos entre eles e Alá fê-los recuar”,
diz um comunicado divulgado pelo Grupo de Inteligência Site, divulgado na
terça-feira, 4.
Ainda de acordo com a nota, “os
‘mujahideen’ [combatentes islâmicos] apoderaram-se de armas, munições e
‘rockets’ que foram deixados para trás”.
É a primeira vez que um grupo
reivindica um ataque em Moçambique, onde desde Outubro de 2017 registam-se
ataques na província de Cabo Delgado e que deixaram até agora mais de 150
mortos e centenas de casas incendiadas.
Embora no terreno as pessoas
chamem os atacantes de “al-Shabab”, vários observadores e o próprio Governo
aponta outras causas para os ataques como a desestabilização da região, onde
operam multinacionais que exploram gás natural.
Recorde-se que há um mês o Estado
Islâmico também reivindicou o seu primeiro ataque noutro país do sul do
continente, a República Democrática do Congo (RDC).
VOA – Voz da América
Polícia nega
veracidade de ataque reivindicado pelo Estado Islâmico
Maputo, 05 jun 2019 (Lusa) -- A
Polícia da República de Moçambique (PRM) negou hoje a ocorrência de um ataque
na segunda-feira em Cabo Delgado, norte do país, reivindicado esta terça-feira
pelo grupo "jihadista" Estado Islâmico.
"A polícia distancia-se desta
informação e abstém-se de fazer quaisquer comentários. A informação para a
Polícia não é verdadeira", disse Orlando Modumane, porta-voz da PRM em
conferência de imprensa realizada em Maputo.
O grupo 'jihadista' Estado
Islâmico (EI) afirmou esta terça-feira em comunicado ter causado esta
segunda-feira mortos e feridos entre militares moçambicanos, ao deter um ataque
do Exército, na região de Cabo Delgado, norte do país.
Este comunicado, no qual não é
especificado o número de vítimas, representa a primeira vez que aquele grupo
terrorista reivindica um ataque no norte de Moçambique, região afetada desde
outubro de 2017 por ataques armados levados a cabo por grupos criados em
mesquitas da região e que eclodiram em Mocímboa da Praia.
A reivindicação em Moçambique
acontece cerca de mês e meio depois de o EI ter anunciado o seu primeiro ataque
noutro país do sul de África, a República Democrática do Congo (RDCongo).
De acordo com números oficiais,
pelo menos 140 pessoas, entre residentes, supostos agressores e elementos das
forças de segurança, morreram desde que a onda de violência começou em outubro
de 2017 na província de Cabo Delgado.
Lusa | Diário de Notícias
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