quinta-feira, 6 de junho de 2019

Estado Islâmico reivindica combate com exército em Moçambique. Polícia desmente


Nota do Estado Islâmico

O grupo radical Estado Islâmico reivindicou ter detido um ataque do exército moçambicano na segunda-feira, 3, em Metubi, no distrito de Mocímboa da Praia, na província moçambicana de Cabo Delgado, do qual diz resultaram vítimas sem, no entanto, dar mais detalhes.

“Com o sucesso dado por Alá Todo-Poderoso e no âmbito da ‘Batalha do Atrito’, ontem, os soldados do Califado, conseguiram repelir um ataque do exército cruzado de Moçambique na vila de Metubi, na área de Mocímboa, onde eles foram confrontados com uma variedade de armas, deixando mortos e feridos entre eles e Alá fê-los recuar”, diz um comunicado divulgado pelo Grupo de Inteligência Site, divulgado na terça-feira, 4.

Ainda de acordo com a nota, “os ‘mujahideen’ [combatentes islâmicos] apoderaram-se de armas, munições e ‘rockets’ que foram deixados para trás”.

É a primeira vez que um grupo reivindica um ataque em Moçambique, onde desde Outubro de 2017 registam-se ataques na província de Cabo Delgado e que deixaram até agora mais de 150 mortos e centenas de casas incendiadas.

Embora no terreno as pessoas chamem os atacantes de “al-Shabab”, vários observadores e o próprio Governo aponta outras causas para os ataques como a desestabilização da região, onde operam multinacionais que exploram gás natural.

Recorde-se que há um mês o Estado Islâmico também reivindicou o seu primeiro ataque noutro país do sul do continente, a República Democrática do Congo (RDC).

VOA – Voz da América



Polícia nega veracidade de ataque reivindicado pelo Estado Islâmico

Maputo, 05 jun 2019 (Lusa) -- A Polícia da República de Moçambique (PRM) negou hoje a ocorrência de um ataque na segunda-feira em Cabo Delgado, norte do país, reivindicado esta terça-feira pelo grupo "jihadista" Estado Islâmico.

"A polícia distancia-se desta informação e abstém-se de fazer quaisquer comentários. A informação para a Polícia não é verdadeira", disse Orlando Modumane, porta-voz da PRM em conferência de imprensa realizada em Maputo.

O grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) afirmou esta terça-feira em comunicado ter causado esta segunda-feira mortos e feridos entre militares moçambicanos, ao deter um ataque do Exército, na região de Cabo Delgado, norte do país.

Este comunicado, no qual não é especificado o número de vítimas, representa a primeira vez que aquele grupo terrorista reivindica um ataque no norte de Moçambique, região afetada desde outubro de 2017 por ataques armados levados a cabo por grupos criados em mesquitas da região e que eclodiram em Mocímboa da Praia.

A reivindicação em Moçambique acontece cerca de mês e meio depois de o EI ter anunciado o seu primeiro ataque noutro país do sul de África, a República Democrática do Congo (RDCongo).

De acordo com números oficiais, pelo menos 140 pessoas, entre residentes, supostos agressores e elementos das forças de segurança, morreram desde que a onda de violência começou em outubro de 2017 na província de Cabo Delgado.

Lusa | Diário de Notícias

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