Os transportes públicos são tema
da TSF no Fórum em que Manuel Acácio vai gerindo o descontentamento maioritário
dos ouvintes que participam. O espelho daquilo que é Portugal, de como
sobrevivemos neste inferno à beira mar plantado, sobre a tal doentia e
falsamente propagandeada mobilidade está a ser ali escarrapachada para mal das
táticas governamentais. Quem sofre não se cala, mas só falar e exigir condições
decentes e humanas, verificando sistematicamente que quase tudo cai em saco
roto, conduz a que se avance para outro estádio. Simplesmente tem de se agir.
Não existem
condições para sermos transportados decentemente neste país, assim como as
falhas a imensos níveis também são flagrantes, não ouvem os portugueses com ações
passivas, orais e democráticas, então só resta não pagar onde nos
transportamos, principalmente na grande cidade de Lisboa. Dir-se-á que é uma
ilegalidade. Pois será. Mas o que está a dar força a esta opinião, cada vez
mais generalizada, são as condições horríveis em que somos transportados.
Nos transportes públicos já não
conta ser criança, doente, velho, incapacitado, porque a certeza é ir para o
monte dos que são transportados como gado. De nada vale um autocarro indicar no
painel de destino para onde vai porque a qualquer momento a central ordena ao
motorista que tem de encurtar o destino. Que tem de mudar o destino. Que tem de
esvaziar a mole do “gado” que transporta porque de tal parte não passa e os
utentes têm de se amanhar… Isto acontece em Lisboa. Isto revolta os maltratados
utilizadores de transportes públicos, neste caso, concretamente, os
utilizadores da Carris. Explicações plausíveis não existem e as que são
prestadas por funcionários da empresa não são de fiar porque logo de seguida são
desmentidas, principalmente quando alegam que a viatura se avariou. Logo de
seguida lá vai ela normalmente a rodar. “Questões de gestão de serviço”,
responderam do outro lado do telefonema que só queria entender porque assim
tanto acontece. A carreira X que vai de A a Z, normalmente, afinal basta-se por
ir somente até P, quase só até metade do percurso.
São estes os transportes públicos
que existem na Grande Lisboa, transportes de gado… e às vezes nem isso mas
muito pior. Carris, Metro, Linha de Cascais, Linha Curta do Norte, Linha de
Sintra, etc., etc. Assim é por todo o país.
Vergonha na cara e mordidelas na
língua não se vê que seja prática dos altos responsáveis de empresas e muito
menos de governantes da área correspondente. O que da boca deles sai é somente
conversa de chacha (treta; léria) e 31 de boca (desonestidades intelectuais)
peculiar de políticos. Ainda mais em situações préeleitorais.
O panorama é exatamente este
acerca de transportes públicos e mobilidade apregoada mas não cumprida
convenientemente, decentemente. Não só neste setor mas englobar sobre outros
seria muito fastidioso. Certo é que o trato dos pagantes portugueses, dos cidadãos,
é abaixo de gado. E certo é que os poderes responsáveis e decisórios se estão
nas “tintas”. Usam de demagogia a torto e a direito e provavelmente não há quem
lhes diga que são uns grandessíssimos aldrabões. No caso e no momento o governo
é do PS. Anteriormente foi do PSD/CDS. São principalmente esses os responsáveis
pela degradação dos transportes públicos. Assim como não dar ouvidos às
reclamações dos que são vítimas transportadas como gado e terem trato de polé,
desprezados.
Dirão: mas temos um passe que
facilita a mobilidade e é muito mais barato. Sim, é verdade. Os portugueses têm
de experimentar a montarem no tal passe e transportarem-se ao estilo das bruxas
que usam o cabo de vassoura. É para isso que serve o tal passe milagroso?
No tempo decorrido no Fórum TSF - cerca de uma hora e meia - podemos ver a votação acerca das questões propostas. O resultado é o seguinte: 93%
NÃO – 6% SIM.
A pergunta TSF:
Fórum TSF: Livro de reclamações
sobre a qualidade dos transportes públicos
Que problema é urgente resolver?
Os transportes públicos têm perdido qualidade? O Governo fez o investimento
necessário nesta área? Houve resposta ao aumento da procura causada pelos
passes mais baratos?
Redação PG
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