Arsénio Bano (esq) e Mari Alkatiri (dir) |
Pante Macassar, Timor-Leste, 29
jul 2019 (Lusa) -- O primeiro secretário da Região Administrativa Especial de
Oecusse-Ambeno (RAEOA), Arsénio Bano, foi hoje indicado para liderar
interinamente a região depois do final do mandato do atual responsável, Mari
Alkatiri, que termina na terça-feira.
A decisão, que carece ainda de
aprovação por parte do primeiro-ministro, foi tomada durante a última reunião,
hoje, da Autoridade da RAEOA, encabeçada pelo presidente regional Mari
Alkatiri, segundo comunicado da região.
Recorde-se que na semana passada
Alkatiri comunicou ao primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, e ao Presidente da
República, Francisco Guterres Lu-Olo, a "cessação definitiva das suas
funções no termo do seu mandato, por não se rever na proposta de alteração à
Lei da Criação da RAEOA" que foi aprovada no Parlamento e está agora a ser
analisada na Presidência.
Durante a reunião de hoje, e
segundo comunicado da RAEO, foi ainda analisado "o grau de implementação
das deliberações da Autoridade e das Recomendações da Auditoria, aprovado o
Regulamento de Toponímia de Oecusse e discutida a implementação da Política de
Saneamento".
No final do encontro, cada um dos
secretários regionais fez um balanço dos últimos cinco anos, num "momento
emotivo, em que recordaram a evolução da Região e o trabalho que permitiu
retirá-la do isolamento crónico e elevá-la a exemplo nacional".
Saudando Mari Alkatiri pela
liderança do projeto, os secretários destacaram algumas as obras concluídas,
incluindo estradas e pontes, centros e postos de saúde, melhoramentos no
hospital e construção da Clínica do Coração, o novo aeroporto e a central
elétrica, entre outros.
Intervindo na reunião, Arsénio
Bano lamentou que "o sucesso de uma gestão inovadora, criativa e rigorosa
em Oecusse não tenha sido nem compreendido nem acompanhado por Díli, antes
dando azo a invejas e a medidas políticas desfavoráveis".
Em declarações hoje, o
primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, disse que ainda não foi tomada a decisão
sobre quem vai suceder a Mari Alkatiri na liderança da região, recordando que a
lei dá um prazo de até 120 dias para que essa decisão seja anunciada.
ASP // VM
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