terça-feira, 30 de julho de 2019

Fraca produção de petróleo faz Guiné Equatorial virar-se para o Golfo Pérsico


A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que a redução na produção de petróleo vai fazer a Guiné Equatorial aprofundar as relações com a Arábia Saudita e outros países do Golfo, para além dos vizinhos regionais.

A redução na produção de petróleo vai fazer a Guiné Equatorial aprofundar as relações com a Arábia Saudita e outros países do Golfo, para além dos vizinhos regionais, considera a Economist Intelligence Unit (EIU).

"Esperamos que as relações comerciais com a Arábia Saudita e outros estados do Golfo sejam aprofundadas, mas o difícil ambiente operacional na Guiné Equatorial vai impedir um aumento significativo nos fluxos de investimento ou de crédito externos", escrevem os peritos da unidade de análise da revista britânica The Economist.

Numa análise à economia equatoguineense, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas da Economist escrevem que "a China vai continuar a ser um aliado importante", mas salientam que "o facto de haver menos oportunidades no setor dos hidrocarbonetos significa que as ligações económicas vão diminuir" até meados desta década.

"Num contexto de pressões económicas intensas e descontentamento político, o regime vai procurar fortalecer as suas relações internacionais", a começar pelos países vizinhos regionais da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC), que separadamente procuram obter apoio do Fundo Monetário Internacional para relançar as economias.

"No entanto, reconstruir as relações com as instituições ocidentais vai ser um processo lento e a maioria dos governos europeus vai tentar manter distância", com a França, com quem a relação vai ser "particularmente tensa" devido ao processo judicial contra 'Teodorin' Obiang, um dos filhos do Presidente, e com os Estados Unidos da América, com um relacionamento "distante" devido à redução da procura de petróleo equatoguineense devido ao aumento da produção de petróleo e gás de xisto.

Na análise da EIU às prioridades das relações internacionais da Guiné Equatorial não é feita qualquer referência ao facto de o país ser um membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa desde 2014.

Jornal de Negócios | Lusa

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