Responsáveis da SOS Méditerranée
admitem que se começa a viver uma situação de medo e incerteza a bordo do navio
Ocean Viking.
O navio Ocean Viking continua sem
autorização para o desembarque de quase 400 migrantes, em Itália. A bordo estão
103 menores, só 11 estão acompanhados, e há um caso de saúde que inspira mais
cuidados.
O barco foi recrutado pelos
Médicos Sem Fronteiras e pela SOS Méditerranée e está há 12 dias à espera do
'sim' para atracar num porto europeu.
Isabella Trombeta, da SOS
Méditerranée, explicou à TSF que até ao momento há medicamentos e alimentos,
mas que esse cenário se pode alterar nos próximos dias. A responsável recorda
que os imigrantes aguardam uma resposta dos países europeus para que o barco
não continue nesta situação.
"Estamos à espera que os
estados europeus ponham a mão na consciência e decidam o que fazer. Mas
sobretudo que seja encontrada uma solução permanente, um sistema de desembarques
repartidos e que não deixe o desfecho de cada desembarque ao acaso",
referiu.
"A situação está bloqueada à
espera que seja indicado um porto seguro onde possam desembarcar os 356
sobreviventes", frisou a responsável.
ONG "totalmente
transparente" sobre a situação
Marc Albone é membro da SOS
Méditerranée e está a bordo do navio. À TSF, o referiu que estão
"preparados para a assistência de questões médicas muito simples e que,
portanto, a situação não é a ideal".
"Grande parte destas
pessoas, como foi reconhecido pelos Médicos Sem Fronteiras, sofreram abusos
físicos e violência psicológica durante a estadia na Líbia", conta,
confirmando que "as pessoas começam a perguntar continuamente o que se
passa".
Marc Albone admite que são
"totalmente transparente" com os imigrantes, já que se está a
aguardar uma "solução por parte das autoridades e pode ser uma questão de
horas dias ou semanas".
Inês André de Figueiredo | TSF | Foto SOS
Méditerranée
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