sexta-feira, 30 de agosto de 2019

EUA são advertidos pela China para evitarem 'incidentes inesperados' em região disputada


Um porta-voz do Exército Popular de Libertação (PLA) advertiu que as "provocações" dos EUA no mar do Sul da China poderiam resultar em "incidentes inesperados".

destróier norte-americano de mísseis guiados USS Wayne E. Meyer, de classe Arleigh Burke, passou a 22 quilómetros dos recifes Fiery Cross e Mischief, as duas maiores ilhas que a China construiu como postos avançados no arquipélago Spratly, território disputado por diversos países do sudeste asiático.

Uma porta-voz da 7ª Frota dos EUA informou que foi uma das chamadas operações de liberdade de navegação em resposta às "reivindicações excessivas" de Pequim no mar do Sul da China.

"Advertimos a parte norte-americana a parar imediatamente esse tipo de ações provocativas para evitar que haja incidentes inesperados", comentou o coronel Li Huamin.
Segundo o jornal South China Morning Post, o coronel acusou os EUA de ignorar as leis internacionais e afirmou que foram tomadas "todas as medidas necessárias para defender com determinação a soberania e a segurança nacional e preservar firmemente a paz e a estabilidade no mar do Sul da China".


Ilhas disputadas

Pequim reivindica o direito de construir instalações militares no arquipélago de Spratly, uma centena de ilhéus e recifes espalhados em uma área de mais de 400 mil quilómetros quadrados.

O arquipélago é objeto de disputa entre China, Filipinas, Malásia, Taiwan e Vietname que ocuparam algumas ilhas e reivindicam partes ou a totalidade do território. Além dos países citados, Brunei também tem estado presente em alguns recifes, contudo, não os reclamou de maneira formal.

O Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia decidiu, em julho de 2016, que não há base legal para as reivindicações apresentadas por Pequim na região compreendida dentro da "linha de nove pontos" no mar do Sul da China.

Além disso, ele determinou que Spratly não são ilhas e não constituem uma zona económica exclusiva, porém a China respondeu que não reconhece a determinação de Haia.

Sputnik | Foto: © REUTERS / Danny Kelley/Courtesy U.S. Navy

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