"O tempo da greve
terminou", diz Pedro Nuno Santos
Liliana Valente
À saída da reunião entre a Antram
e a Fectrans, o ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, apelou aos
sindicatos que acabem com a greve para que haja negociação entre as partes:
"O tempo da greve terminou, é tempo de parar a greve para garantir boas
relações de trabalho", disse.
Na conversa com os jornalistas, o
ministro insistiu na ideia que "há mecanismos na lei para promover
negociação" que "devem ser explorados até ao seu limite" e por
isso apela a que os dois sindicatos em greve a cancelem e que "explorem a
via do diálogo".
"O nosso desejo é que a
greve termine o mais depressa possível", acrescentou Pedro Nuno Santos que
referiu que o Governo "fez tudo para evitar a greve" e foi
"sempre dizendo que as negociações eram fundamentais".
Acordo entre patrões e Fectrans
melhora salário dos motoristas e altera clausula 61
Luísa Pinto
Muitas das questões nucleares que
estão no braço-de-ferro entre trabalhadores e empresas de transporte na actual
greve de camonistas foram debatidas – e ficaram resolvidas - no pré-acordo
fechado esta tarde entre a Antram e a Fectrans.
A saída da reunião onde foi
apresentar o acordo ao Ministro das Infra-estruturas, José Manuel Oliveira,
coordenador da Fectrans, diz que houve alterações “no conceito da cláusula 61,
nas regras de pagamento às ajudas de custo aos motoristas que fazem trabalho
ibérico e internacional”, exemplificou.
Sobre a remuneração do salário
base, José Manuel Oliveira diz que ficou acordado que o salário mínimo destes
trabalhadores – que soma o trabalho base, complemento salariais, diuturnidade,
a clausula 61 e subsidio nocturno – vai crescer 120 euros face ao que estava
protocolado no acordo assinado a 17 de Maio.
O protocolo de 17 de Maio está
assinado também pelos dois sindicatos que estão actualmente em greve, mas que
depois afastaram-se das negociações, alegando que a Antram não estava a cumprir
os termos do acordo.
José Manuel Oliveira recusa-se,
no entanto, a dizer que este acordo esvazia os argumentos dos sindicatos que
estão em greve.:“Quem convocou a greve é que tem de ver isso”
Patrões recusam negociar com
greve a decorrer
Público
"Não podemos, infelizmente,
reunir com a espada na cabeça". Foi esta a resposta da Antram ao
desafio do sindicato para que haja esta quinta-feira uma reunião na
Direcção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho.
"Reunimos com quem se quer sentar à mesa de uma forma franca
e transparente. Neste momento essas condições
não estão reunidas nem com o SIMM nem com o SNMMP.
Bem gostaríamos que as greves fossem levantadas", disse o
vice-presidente da Antram, Pedro Polónio, depois de uma reunião no
Ministério das Infra-estruturas, onde foi assinado o memorando com
a Fectrans, federação sindical afecta à CGTP.
Já sobre o acordo alcançado com a
Fectrans, Pedro Polónio considerou "muito relevante para o sector que vive
dias difíceis" e que os patrões foram "muito longe nas
negociações". "Vamos ter de fazer sacrifícios, mas quisemos fazer uma
aposta forte na manutenção de uma boa relação laboral".
*Apanhado de notícias publicadas
no Público no final da noite de ontem, quarta-feira, 14.
Ler mais no Público
Pardal Henriques está mesmo a ser investigado por burla, confirma PGR -- Advogado que lidera greve dos motoristas
negou há uma semana existência de inquérito no DIAP de Lisboa. A investigação,
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