As urnas para eleições
presidenciais na Guiné-Bissau abriram hoje às 07h00 em todo o país, disse à
Lusa fonte da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
A Comissão Nacional de Eleições (CNE)
da Guiné-Bissau garantiu na sexta-feira que estão reunidas as condições para
que a votação para as presidenciais decorra "com tranquilidade" e
"sem sobressaltos".
Segundo a CNE, estão
inscritos para votar 761.676 eleitores. As urnas abrem às 07h00 e encerram às
17h00 (mesma hora em Lisboa).
Durante o dia, 6.500 elementos
das forças de segurança e defesa vão garantir a segurança da votação.
A campanha foi marcada pela
nomeação, por parte do Presidente, de um novo Governo, que foi recusado pela
comunidade internacional e que exigiu a José Mário Vaz uma gestão mais limitada
sob a ameaça de imposição de sanções.
A Comunidade Económica dos
Estados de África Ocidental (CEDEAO) ordenou o reforço das forças
internacionais (Ecomib) destacadas num país que tem sido palco de grande
instabilidade política nos últimos anos.
Esta decisão, bem como a pressão
internacional, acabou por marcar discursos de alguns candidatos durante a campanha,
que tentaram exacerbar um sentimento anti-comunidade internacional, incluindo
ameaças de expulsar do país as forças estrangeiras e acusações de ingerência
nos assuntos internos do país.
A campanha ficou ainda marcada na reta final
pelo anúncio de um acordo entre vários candidatos contra Domingos Simões
Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo
Verde (PAIGC), no poder.
Esse acordo foi anunciado à Lusa
pelo Presidente cessante, José Mário Vaz, que se candidata como independente, e
confirmado por Umaro Sissoco Embaló, apoiado do Movimento para a Alternância Democrática
(Madem G15, principal partido da oposição), em declarações aos jornalistas
em Cabo Verde e prevê o apoio ao candidato que passe a uma eventual segunda volta,
prevista para 29 de dezembro, contra Domingos Simões Pereira.
Além destes três candidatos
concorrem ainda a estas eleições Nuno Nabian, apoiado pela Assembleia do
Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e pelo Partido da
Renovação Social (PRS) e o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, como
independente.
Os restantes candidatos são Mutaro Intai Djabi,
independente, Baciro Djá, da Frente Patriótica de Salvação Nacional (Frepasna),
Vicente Fernandes, do Partido de Convergência Democrática (PCD), António Afonso
Té, do Partido República da Independência para o Desenvolvimento (PRID),
Gabriel Fernando Indi, do Partido Unido Social Democrático (PUSD), Iaia Djaló,
do Partido Nova Democracia (PND), e Idrissa Djaló, do Partido da
Unidade Nacional (PUN).
No país estão presentes 23
observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), 54 da União
Africana, 60 da CEDEAO e 47 dos Estados Unidos da América e várias
organizações da sociedade civil guineense lançaram também uma plataforma para monitorizar o
escrutínio.
Notícias ao Minuto | Lusa |
Imagem: © Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário